quinta-feira, janeiro 06, 2011

A cor da memória, essa curta memória...

Lembra-nos Eduardo Pitta, e com razão:
"«Em 2004, Américo Duque Neto, o presidente da Faialense, foi condenado a cinco anos de prisão, reduzidos a dois por perdão judicial, bem como ao pagamento de 2,5 milhões de euros de indemnização a José Bairos Fernandes, emigrante açoriano no Canadá que perdeu todas as economias com a fraude. Uma reportagem da jornalista Isabel Horta, da SIC, dissecando o processo, trouxe à colação ministros dos governos Balsemão, como João Vaz Serra de Moura, ministro da Qualidade de Vida (VII gov), e Luís Morales, ministro do Trabalho (VIII gov), bem como vários notáveis do PSD. Outros tempos.



A fraude da Caixa Económica Faialense é exemplar. Em 1995, em Toronto, José Bairos Fernandes matou a tiro o gerente da agência da Faialense. Em França, outro emigrante suicidou-se. Os que vieram de França manifestar-se ao Terreiro do Paço, foram espancados pela polícia de choque, era Dias Loureiro ministro da Administração Interna de Cavaco (XII gov). Em visita oficial ao Canadá, Manuela Aguiar, secretária de Estado das Comunidades de Cavaco, recusou receber os emigrantes espoliados. Em 2004, o Supremo Tribunal Administrativo obrigou o Estado a pagar uma pensão mensal (vitalícia) de 1200 euros a José Bairos Fernandes.»
Nesses idos de 95 ainda havia uns idealistas que atiravam a matar...

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