quinta-feira, dezembro 29, 2011

Directora-Geral do Orçamento demite-se !

Por discordar do abandono do regime trimestral do controlo orçamental outrora implementado pelo anterior Governo, mas que este brilhante Vitor Gaspar mandou substituir por um extraordinário sistema de controlo por duodécimos, acabando por mandar às malvas o OE2012, acabadinho de ser aprovado..., a Directora-Geral achou chegado o momento para ela passar também de imediato a um regime de defesa do bom senso e da seriedade orçamental em vez de aventuras com compromissos assumidos...
"
A diretora-geral do orçamento, apresentou a demissão ao ministro das Finanças, invocando discordâncias com algumas das políticas orçamentais do executivo. A notícia foi dada em primeira mão na edição online do Diário Económico, que adianta que Maria Eugénia Pires já se despediu da sua equipa e vai abandonar o cargo na próxima semana."

Semanário Douro Hoje, um desabafo!



domingo, dezembro 25, 2011

Conversa de café - 20

- Em Boliqueime levaram o multibanco à hora da consoada!
- Devem estar a juntar a meia-hora diária de trabalho ...em regime de utilização aos domingos e feriados...
- ...!

sábado, dezembro 24, 2011

Conversa de café - 19

- Ouviste o comunicado do PS sobre a venda da EDP ós chinocas?
- ...?
- "Eu que saiba que não está a correr violentamente bem!"

FIM

sexta-feira, dezembro 23, 2011

A declaração do PS sobre o investimento chinês deve estar a ser terminada...

Esquecendo que parece haver por aí, uma globalização - aliás iniciada aqui atrasado por um certo povo de esfarrapados, apertados que estavam entre a Espanha e o Mar - oiço e leio as mais descabeladas opiniões, e muito azedume, sobre o recente investimento chinês em Portugal. Tem uma certa graça este tipo de memória selectiva, muitísimo intelectual, que os faz gritar "vamos ser invadidos" e esquecer que, por acaso, este mini-povo conseguiu ocupar território da gigantesca China, durante apenas 450 anos. Ou de que este investimento nos pode aliviar do garrote da UE e do FMI...


E já nem se lembram que ainda há menos de um mês a própria UE foi à China solicitar apoio financeiro para o BCE, que aliás lhes foi liminarmente recusado.


Percebe-se bem o despeito e a raiva desses tantos que do alto da sua sabedoria e orientalismo esclarecido, escarnecem dos factos e cospem nos investimentos da impopular China, uma vez que vem apoiar uma das empresas que seguiu as políticas bandeiras do governo de José Sócrates, que investiu nas energias renováveis e na internacionalização. Estou com eles! Também era escusado serem os chineses - a mais vibrante das economias mundiais - a vir dizer ao governo da direita em Lisboa que apreciam, e de que maneira!, as políticas de José Sócrates e que até pagam para ver! Quem disse que a vingança não é um prato frio?

quinta-feira, dezembro 22, 2011

E o novo-PS nada diz?

Back to basics!: A notícia da venda dos 21% da EDP aos chineses é de uma importância igual à chegada do Gama à Índia! E é irónico que àqueles que combateram, e combatem, as energias limpas, lhes caia no regaço uma prenda deste tamanho! José Sócrates estava certo, e o PS deste novo-ciclo , ou lá como se chama, devia sair hoje mesmo com um comunicado a agradecer ao seu anterior líder ter conduzido a EDP no sentido correto que consegue atrair a participação da maior potência mundial em termos demográficos, financeiros e de crescimento sustentado do maior mercado mundial!
Estará este governo de ideólogos da desgraça ao nível do desafio e da gigantesca oportunidade que uma e outra vez desperdiçámos ao longo da História? Como eu gostava de ter uma resposta positiva, e como lamento que à frente desta composição não esteja - como devia estar! - o Homem que teve a visão de apostar nas renováveis e na energia limpa, custasse o que custasse!
Só este povo ignaro para ser capaz de retirar a si próprio o tapete das oportunidades!

quarta-feira, dezembro 21, 2011

Conversa de café - 18

- Não percebes nada de economia...
- ...?
- O Álvaro até tem razão! Se metade da população emigrar...o Rendimento per Capita passa pro dobro, tás a ver?

Conversa de café - 17

- Isto é o que chamo de democracia mesmo!
- ...?
- Agora não são só os ricos que mandam o cacau prós paraísos! Nós também podemos ir!

FIM

Foi nestes que votaram? Foi para não se preocupar mais?

Pois se no 2º País mais idoso da UE, que acumula défices atrás de défices, que apesar disso tem 75% da sua população a viver em 20% do território, que está por isso transformado numa caricatura populacional, mas que tem o maior número de rotundas e de museus por milhar de habitante..., que tem apenas 35% da população com mais do que 11º ano de escolaridade, que há muito abandonou a Agricultura digna desse nome, não renovou a indústria ou as pescas, que não tem dimensão de mercado para manter um mínimo de Centros de Decisão em Portugal, que há gerações exporta gente desqualificada e aculturada para as cinco partidas do Mundo, que foi incapaz de reformar o seu colonialismo - como todos os outros fizeram - e se tornou um pária da comunidade internacional, que, quando alguém quis mandar que os professores, os médicos e os juizes, trabalhassem mais e melhor, lhes deu com a porta na cara, esse País onde a disparidade de rendimentos nos coloca na Ásia ou na África...não sai para a rua a partir tudo, quando um desses seus escolhidos governantes propõe que emigrem ordeiramente, agora a custo zero, os mais qualificados dos nossos filhos que nos custaram os olhos da cara a criar, este País foi inventado num brain-storm de um hospital psiquiátrico. Isto não existe!

Vocês vivem numa coisa que não existe e votaram maioritariamente numa comissão liquidatária para deixar de ter preocupações! Foi?

Para os mais curiosos e para memória futura

http://www.imf.org/external/pubs/ft/scr/2011/cr11363.pdf
© 2011 International Monetary Fund December 2011
IMF Country Report No. 11/363
Portugal: Second Review Under the Extended Arrangement
The following documents have been released and are included in this package:
 The staff report, prepared by a staff team of the IMF, following discussions that
ended on November 19, 2011 with Portuguese officials on economic developments
and policies. Based on information available at the time of these discussions, the
staff report was completed on December 7, 2011, and discussed by the IMF
Executive Board on December 19, 2011. The views expressed in the staff report are
those of the staff team and do not necessarily reflect the views of the Executive
Board of the IMF.
 Letter of Intent*
 Memorandum of Economic and Financial Policies*
 Technical Memorandum of Understanding*
 LOI & Memorandum of Understanding on specific Economic Policy Conditionality
(European Commission and European Central Bank)*
 A Press Release summarizing the views of the Executive Board as expressed during
its December 19, 2011 discussion of the Staff Report*
 A statement of the Executive Director for Portugal
* These documents will also be released separately and are also included in this report.
The policy of publication of staff reports and other documents allows for the deletion of
market-sensitive information.
Copies of this report are available to the public from
International Monetary Fund ● Publication Services
700 19th Street, N.W. ● Washington, D.C. 20431
Telephone: (202) 623-7430 ● Telefax: (202) 623-7201
E-mail: publications@imf.org ● Internet: http://www.imf.org
International Monetary Fund
Washington, D.C.
INTERNATIONAL MONETARY FUND
PORTUGAL
Second Review Under the Extended Arrangement
Prepared by the European Department in Consultation with Other Departments
Approved by Reza Moghadam and Martin Mühleisen
December 7, 2011
Executive Summary
Program status. On May 20, the IMF approved a SDR 23.742 billion (€26 billion) three-year
arrangement under the Extended Fund Facility (EFF) for Portugal as part of a joint financing
package with the European Union, worth €78 billion. The first and second purchases (total of
SDR 9.078 billion) under the heavily frontloaded arrangement were made on May 24 and
September 14, respectively. The third purchase, available upon completion of the second
review, amounts to SDR 2.425 billion (about €2.8 billion). All quantitative performance
criteria and all structural benchmarks for the second review were met, but the indicative target
on non-accumulation of domestic arrears was breached.
Recent developments and outlook. While the contraction in 2011 will be somewhat milder
than projected earlier, growth has been revised down to -3 percent in 2012, reflecting higher
fiscal adjustment and a weaker external environment. The 2011 fiscal target will likely be met
through the one-off partial transfer of banks’ pension funds, implying a smaller underlying
adjustment. Funding and credit conditions have tightened and additional bank recapitalization
needs will likely require recourse to the bank solvency support facility.
Program discussions and recommendations. The 2012 budget contains bold and concrete
measures, including significant wage cuts. Assuming stringent commitment control, it will
reverse the 2011 slippages. In the financial sector, close monitoring of bank’s deleveraging
plans remains essential to prevent an excessive contraction in private credit. Any public
recapitalization of banks needs to ensure that banks continue to be managed on a commercial
basis. On the structural side progress in reforming the labor market and opening up the
nontradable sector is off to a good start, but more effort is needed to improve competitiveness
in the absence of the previously agreed fiscal devaluation.
Risks. While progress against program targets has been good and there is strong commitment
to the program, headwinds are increasing, and perseverance is essential. The budget targets are
ambitious, putting a premium on strong program implementation; making serious headway in
improving prospects for growth requires concerted efforts to get past vested interest; and the
global market turmoil can potentially further weaken growth, funding conditions, and bank
credit. Overcoming these challenges require continued strong domestic political commitment
and euro-area wide efforts to address the broader sovereign debt crisis.
Mission. Discussions took place during November 7–18 with the Minister of Finance,
Governor of the Bank of Portugal (BdP), and other Cabinet Ministers; staff in the BdP,
ministries and government agencies, and banks. The staff team comprised P. Thomsen (head),
H. Samiei, P. Kunzel, S. Roudet, I. Vladkova Hollar (all EUR), S. Nardin (EXR),
A. Lemgruber (FAD), Y. Liu and D. Chew (LEG), A. Piris (SPR), and O. Frecaut and
C. Verkoren (MCM), and A. Jaeger and M. Souto (Res.Reps). Mr. Cardoso (OED) also
participated in most of the meetings.
2
Contents Page
I. Background .............................................................................................................................3
II. Recent Developments ............................................................................................................3
III. Outlook ................................................................................................................................9
IV. Policy Discussions .............................................................................................................12
A. Fiscal Policy ............................................................................................................12
B. Structural Fiscal Reform .........................................................................................13
C. Financial Sector Policies .........................................................................................15
D. Structural Reform ....................................................................................................17
V. Program Financing, New Measures, and Risks ..................................................................18
VI. Staff Appraisal ...................................................................................................................20
Figures
1.High Frequency Activity Indicators......................................................................................22
2. Balance of Payments ............................................................................................................23
3. Financial Indicators ..............................................................................................................24
4. External Debt Sustainability: Bound Tests ..........................................................................25
5. 􀀪􀁒􀁙􀁈􀁕􀁑􀁐􀁈􀁑􀁗 Debt Sustainability: Bound Tests ...................................................................26
Tables
1. Selected Economic Indicators—Program Baseline .............................................................27
2. General Government Accounts ............................................................................................28
3. General Government Stock Positions ..................................................................................30
4. Public Sector Financing Requirements and Sources ...........................................................31
5. Balance of Payments, 2008–16 ............................................................................................32
6. External financial Requirements and Sources, 2008–16 .....................................................33
7. Selected Financial Indicators of the Banking System, 2007–2011:Q2 ................................34
8. Monetary Survey, 2010–16 ..................................................................................................35
9. External Debt Sustainability Framework, 2006–16 .............................................................36
10. 􀀪􀁒􀁙􀁈􀁕􀁑􀁐􀁈􀁑􀁗 Debt Sustainability Framework, 2007–30 ...............􀀑􀀑􀀑􀀑􀀑􀀑................................37
11. Access and Phasing Under the Extended Arrangement, 2011–14 .....................................38
12. Indicators of Fund Credit ...................................................................................................39
Boxes
1. Transfer of Banks’ Pension Schemes ....................................................................................5
2. Progress with Structural Reform ..........................................................................................10
3. 2012 Budget—Key Measures ..............................................................................................13
Appendices
I. Debt Sustainability Analysis (DSA) .....................................................................................40
II. Letter of Intent .....................................................................................................................46
A1. Memorandum of Economic and Financial Policies...............................................48
A2. Technical Memorandum of Understanding...........................................................62
III. Letter of Intent (European Commission and European Central Bank) ..............................69
A1. Memorandum of Understanding on Specific Economic Policy Conditionality....71
3
-12
-10
-8
-6
-4
-2
0
2
4
6
8
10
2008Q1 2008Q3 2009Q1 2009Q3 2010Q1 2010Q3 2011Q1
Real GDP, Expenditure - Contribution to Growth (yoy percent change)
Consumtion (Public)
Consumption (Private)
Investment (fixed)
Changes in inventories
Exports
Imports
GDP grow th
92
94
96
98
100
102
104
106
108
110
112
92
94
96
98
100
102
104
106
108
110
112
1999Q1 2001Q1 2003Q1 2005Q1 2007Q1 2009Q1 2011Q1
Real harmonised competitiveness indicator:GDP deflators deflated
Real Effect Exchang Rate:ULC-deflated
Real Effect. Exchange Rate-CPI based
Source: European Commission Eurostat; European Central Bank; and IMF
International Financial Statistics.
I. BACKGROUND
1. Portugal’s program has remained broadly on track, but rising stress in Europe
is a serious risk.
 End-September performance criteria (on the fiscal deficit, general government debt,
and external arrears) and structural benchmarks for the second review were all met,
although the indicative target on non-accumulation of domestic arrears was breached.
While expenditure slippages have opened up a large fiscal gap in 2011 and the endyear
fiscal target is likely to be met only with the help of partial bank pension
transfers, the projected structural adjustment in the fiscal balance in 2011, at around
3½ percent of GDP, is still significant.
 The 2012 outlook for Europe has deteriorated substantially, with growth revised
down by 1¼ percentage points relative to spring forecasts. Substantially higher
capital requirements across Europe, coupled with cuts in exposure to the periphery,
are placing further pressure on banks and the flow of credit. Further negative
spillovers could significantly complicate domestic policy making.
II. RECENT DEVELOPMENTS
2. Economic adjustment has continued, but the contraction in output has been
milder than expected.
 Output developments have been
dominated by the large decline in
domestic demand, which subtracted
almost 6 percentage points from year-onyear
growth in the second quarter.
However, delayed fiscal adjustment,
continued strong growth in exports (8.5
percent in real terms in the first half of
2011) and a fall in imports buffered the
impact on overall activity, and the Q3
flash estimate for GDP once again
surprised on the upside. Staff’s revised
growth forecast for 2011, at
-1.6 percent, is now 0.6 percentage points
above projections at the time of the
program request.
 Unemployment rose to 12.4 percent in
Q3, from 12.1 in Q2, with youth
unemployment rising from 27 percent to
30 percent. The share of long-term
unemployed stands at 44 percent ( continua)

Conversa de café - 16

- O Cavaco agora quer que a UE apoie o desenvolvimento da economia!
- Já o PSD quer exportar os nossos jovens quadros. Deve ser para os outros não se atrasarem!

FIM

terça-feira, dezembro 20, 2011

Conversa de café - 15







- Hás-de ver esse filme sobre eleições, o governo, essas coisas!
- Aquele que acaba com os comunistas presos? Prefiro comédias!
- ...?


FIM



segunda-feira, dezembro 19, 2011

Conversa de café - 14

- Isto anda mal nos transportes!
- ....?
- A CP nem paga os salários antes das greves!
- Olha que na TAP é ao contrário! Até ofereceram cota no negócio aos grevistas...

FIM

O fantasma de Paris

(…) José Sócrates começou a governar em 2004, recebendo um país com um défice de 6,2%, após dois governos PSD/CDS, numa altura em que não havia crise alguma nem problema algum na economia e nos mercados. Para mascarar um défice inexplicável, os ministros da Finanças desses governos, Manuela Ferreira Leite e Bagão Félix, foram pioneiros na descoberta de truques de engenharia orçamental para encobrir a verdadeira dimensão das coisas: despesas para o ano seguinte e receitas antecipadas, e nacionalização de fundos de pensões particulares, como agora.

Em 2008, quando terminou o seu primeiro mandato e se reapresentou a eleições, o governo de José Sócrates tinha baixado o défice para 2,8%, sendo o primeiro em muitos anos a cumprir as regras da moeda única. O consenso em roda da política orçamental prosseguida e do desempenho do ministro Teixeira dos Santos era tal que as únicas propostas e discordâncias, de direita e de esquerda, consistiam sistematicamente em propor mais despesa pública. E quando se chegou às eleições, o défice nem foi tema de campanha, substituído pelo da “ameaça às liberdades” (…)

Logo depois, rebentou a crise do subprime nos Estados Unidos e Sócrates e todos os primeiro-ministros da Europa receberam de Bruxelas ordens exactamente opostas às que dá agora a srª Merkel: era preciso e urgente acorrer à banca, retomar em força o investimento público e pôr fim à contenção de despesa, sob pena de se arrastar toda a União para uma recessão pior do que a de 1929. E assim ele fez, como fizeram todos os outros, até que, menos dum ano decorrido, os mercados e as agências se lembraram de questionar subitamente a capacidade de endividamento dos países: assim nasceu a crise das dívidas soberanas. Porém não me lembro de alguém ter questionado, nesse ano de 2009, a política despesista que Sócrates adoptou a conselho de Bruxelas. Pelo contrário, quando Teixeira dos Santos (…) começou a avançar com PEC, todo o país – partidário, autárquico, empresarial, corporativo e civil – se levantou, indignado, a protestar contra os “sacrifícios” e a suave subida de impostos. Passos Coelho quase chorou, a pedir desculpa aos portugueses por viabilizar o PEC 3 que subia as taxas máximas de IRS de 45 para 46,5% (que saudades!)

(…) O erro de Sócrates foi exactamente o de não ter tido a coragem de governar contra o facilitismo geral e a antiquíssima maldição de permitir que tudo em Portugal gire à volta do Estado(…). Quando ele, na senda dos seus antecessores desde Cavaco Silva (que foi o pai do sistema) se lançou na política de grandes empreitadas e obras públicas (…) o que me lembro de ter visto, então, foi toda a gente (…) explicar veementemente que não se podia parar com o “investimento público”, e vi todas as corporações do país (…) baterem-se com unhas e dentes e apoiados pelos partidos de direita e de esquerda contra qualquer tentativa de reforma que pusesse em causa os seus privilégios sustentados pelos dinheiros públicos. O erro de Sócrates foi ter desistido e cedido a essa unanimidade de interesses instalados, que confunde o crescimento económico com a habitual tratação entre o Estado e os seus protegidos. Mas ainda me lembro de um Governo presidido por Santana Lopes apresentar um projecto de TGV que propunha não uma linha Lisboa-Madrid, mas cinco linhas, incluindo a fantástica ligação Faro-Huelva em alta velocidade. E o país, embasbacado, a aplaudir!

Diferente disso é a crença actual de que a dívida virtuosa – a que é aplicada no crescimento sustentado da economia e assegura retorno – não é essencial e que a única coisa que agora interessa é poupar dinheiro seja como for, sufocando o país de impostos e abdicando de qualquer investimento público que garanta algum futuro. Doentia é esta crença de que governar bem é empobrecer o país. Doente é um governante que aconselha os jovens a largarem a “zona de conforto do desemprego” e emigrarem. Doente é um governo que, confrontado com mais de 700.000 desempregados e 16.000 novos cada mês, acha que o que importa é reduzir o montante, a duração e a cobertura do subsídio de desemprego. Doente é um governo que, tendo desistido do projecto de transformar Portugal num país pioneiro dos automóveis eléctricos, vê a Nissan abandonar, consequentemente, o projecto de fábrica de baterias de Aveiro, e encolhe os ombros, dizendo que era mais um dos “projectos no papel do engº Sócrates”. Doente é um governo que acredita poder salvar as finanças públicas matando a economia.

O fantasma do engº Sócrates pode servir para o prof. Freitas do Amaral mostrar mais uma vez de que massa é feito, pode servir para uns pobres secretários de Estado se armarem em estadistas ou para os jornais populistas instigarem a execução sumária do homem. Pode servir para reescrever a história de acordo com a urgência actual, pode servir para apagar o cadastro e as memórias inconvenientes e serve, certamente, para desresponsabilizar todos e cada um: somos uns coitadinhos, que subitamente nos achámos devedores de 160.000 milhões de euros que ninguém, excepto o engº Sócrates, sabe em que foram gastos. Ninguém sabe?”



Miguel Sousa Tavares

«Expresso», 17 de Dezembro de 2011

domingo, dezembro 18, 2011

Conversa de café - 13




( Ou o último adeus! )

- Os ingleses preparam a retirada dos seus cidadãos..., caso isto dê o berro!


- Então já sei o Governo fez no Forte de S. Julião da Barra! Depois somos nós!

Conversa de café - 12

O ELO MAIS FRACO


(Ou a prenda de Natal para os professores)

- Professores!...Vocês são o elo mais fraco! Adeus!

- ....???

quarta-feira, dezembro 14, 2011

E posso garantir: Esta merda vai mesmo acabar!

1 - No mesmo dia em que em Madrid, o Rei recebe os partidos políticos e ouve claramente as declarações de republicanismo e de independência da Catalunha, ou da oposição da maioria das restantes regiões de Espanha - incluindo da católica Galiza ! - ao programa da Direita espanhola contra o Estado Social e o descarado apoio aos Bancos e demais Financeiras;


2 - Concretiza-se a desqualificação da dívida francesa do nível AAA e o Euro atinge o seu nível mais baixo de sempre face ao dolar, ao mesmo tempo que a Itália bate todos os anteriores recordes de juros, para colocar apenas 5MM de dívida...;

3 - O Commerzebank, da toda poderosa Frankfurt e da não menos arrogante Alemanha, apela ao Estado que o salve da falência;

4 - As várias Direitas europeias combinam entre si a forma legal de assimilar e de integrar o sub-emprego, sub-pago, e a que querem chamar de mini-empregos ou de emprego "por amor de Deus", os irlandeses ameaçam com um referendo para decidir a saída do Euro;

5 - A central de notícias do imperialismo universal dos EUA, por delegação de Telavive, escolhe para exemplo dessa tal Liberdade um dos seus agentes, a que chama de "Protester", enquanto retira apressadamente as suas tropas dum Iraque devastado e arrasado como País e como Estado, ao mesmo tempo que os exércitos da Nato se afundam nas contradições e na miséria do Afeganistão e do Paquistão, aumentam as pressões contra a Síria e as ameaças ao Irão;



Mesmo sem os malefícios da randes tempos nos esperam, e até acho que temos o Governo adequado a estes tempos: Um grupo de incapazes e de oportunistas que nem disfarçam ao que andam!: Servir, servir o mais depressa possível, os interesses que ali os colocaram, uma vez que o tempo escasseia e antes que esta merda acabe mesmo! E desta vez têm razão! Isto dura pouco!

E antes que me esqueça: A Banca portuguesa vale tão pouco que pode comprar-se na Feira da Ladra! Ele há cada concidência!

sábado, dezembro 10, 2011

Conversa de café - 11

Para acabar de vez com o Estado Social e implantar a Lei da Selva


- Já sabes como se acaba com o Estado Social?

- ...?

- ... Absorvem-se os Fundos de Pensões da Banca, sejam boas ou más, e garante-se os pagamentos! Depois, diz-se que o negóco foi tão bom, tão bom, que em vez de reforçar a SS, se paga à mesma Banca as dívidas das Empresas e do próprio Estado...

FIM

quinta-feira, dezembro 08, 2011

A Direita em pânico, já mandou soltar os cães!



E o caso não é para menos...Suponham, just imagine, que um dia ele regressa com aquele péssimo hábito de ganhar eleições...dentro e fora do PS?
Que me lembre, a última no PS foi 98% a favor...Levantem as pontes, aqueçam o azeite, soltem os cães e rezem, rezem muito! Conférence « Quelques clés pour comprendre le Portugal actuel » from Sciences Po - Campus Poitiers on Vimeo.

quarta-feira, dezembro 07, 2011

Diz-me com quem andas...

Qual a razão por não termos ouvido ainda qualquer responsável actual do PS vir a terreiro explicar que, se o anterior governo tivesse feito a "chapelada" do Fundo de Pensões da Banca " e metido na ordem a bandalheira da Madeira, tinha cumprido um défice de 3% e seríamos ainda hoje um dos Países independentes da UE, a pagar juros inferiores aos da Espanha, da Itália da Irlanda e da Grécia. Como diz Sócrates, devíamos ser nós a gerir a nossa dívida....
Terão estes novos líderes feito algum voto de silêncio, um pacto secreto, ou andam apenas envergonhados com as suas companhias?

Conversa de café - 10

- Já se sabe a taxa moderadora que este governo nos tem de pagar ?
- ...por lá estar?

FIM

terça-feira, dezembro 06, 2011

Quem é que pediu para lhe tratarem da saúde?

Enquanto a taxa para uma consulta se aproxima perigosamente do preço da mensalidade duma seguradora médica privada, estes vão tomando conta dos novos hospitais, numa escalada contra o SNS que cada vez mais fica dedicado a tratar os mais pobres e os mais carenciados, que por sua exclusiva culpa não sabem conservar a saúde nem planificar as suas doenças, por exemplo para as suas férias...
Para quando é que os mais pobres vão ter de apresentar um calendário com os dias em que vão estar doentes?
Se se organizarem, talvez vos deixem adquirir um passe social...ou taxas moderadoras pré-compradas...
Os pobres, nem doentes sabem estar!

Conversa de café - 9

- Óh pra eles à rasca! A Standard & Poors ameaça o tripo AAA da França e da Alemanha!
- Ah! Ah! Ah!


FIM

segunda-feira, dezembro 05, 2011

Começa por ser crime fugir ao fisco...na Suiça, claro!

E é este o país que temos!!!

Alice Ferreira:
«Concluí que a minha filha desempregada e o meu filho dentista com falta de clientes (ambos divorciados) têm de intentar acções judiciais contra mim, para eu ser CONDENADO a pagar "alimentos" (no sentido legal do termo) aos meus netos. Porque, com uma sentença judicial, eu posso descontar essas despesas no IRS e, se ajudar voluntariamente, não posso.
Se encontrar uma saída, transmito-a a todos os avós.»

Juiz-Conselheiro (Jubilado) Mário Araújo Ribeiro

Teixeira dos Santos, esse incapaz! ou Conversa de café - 8

- O Teixeira dos Santos nem se lembrou de ir buscar o dinheiro dos pensionistas da banca prá redondar o défice...
- Um incapaz!
- E voltou a dar aos bancos mais de metade, sem ser preciso essa coisa das pensões. Isso fica já tudo garantido! Parece que as futuras gerações não se importam...
- É o que te digo, um incapaz!

FIM

domingo, dezembro 04, 2011

Conversa de café - 7

- Este povo detesta optimistas pá!
- ...eu também prefiro gente que só diz as verdades!
- Põe-t'á tabela cainda telegem pr'alguma coisa...




FIM

sexta-feira, dezembro 02, 2011

Conversa de café - 6

- Olha, olha! O Sarko mais a Merkel vão fazer uma nova União europeia!

- E nós podemos ficar com a velha? Ou vêm aí mais uns PECs?


FIM

Lamento ter de participar a morte da UE....

Hoje quinta feira, 1º de Dezembro, Nicolas Sarkozy, tentando salvar a própria pele, comunicou em Toulon, que a UE tinha fenecido, e que ele e Angela Merkel, se reunirão na próxima semana para as indispensáveis formalidades processuais... Mas aproveitou a funesta ocasião para anunciar que os dois vão formar uma nova-Euro-zona, sob as suas tutelas e ordens directas!
TOULON, Var (Reuters) - Dans l'attente d'un accord avec l'Allemagne sur la crise de la zone euro et faute de décisions à annoncer, Nicolas Sarkozy a prononcé jeudi à Toulon un discours-programme dans lequel il a tenté de répondre aux inquiétudes des Français.
Le 25 septembre 2008, le président français avait lancé dans la même salle de spectacle du Zénith Oméga un vibrant appel à moraliser et refonder le capitalisme, en pleine tourmente financière internationale venue des Etats-Unis.
Cette fois, c'est à la refondation de l'Europe qu'il a appelé devant plus de 5.000 personnes - élus, chefs d'entreprises, responsables des services de l'Etat et simples citoyens, dont de nombreux militants de son parti, l'UMP - mais sans le même souffle qu'il y a trois ans.
L'assistance a surtout réservé ses applaudissements à ses piques contre ses rivaux pour l'élection présidentielle de 2012, achevant de donner à cette allocution l'allure d'un meeting électoral, malgré l'absence de banderoles et de pancartes.
La France et l'Allemagne s'efforcent de s'accorder sur un renforcement de la gouvernance de la zone euro pour remédier aux insuffisances qui ont conduit à la crise actuelle de la dette.

Nicolas Sarkozy et la chancelière Angela Merkel tenteront lundi à Paris de surmonter leurs divergences afin d'exposer des propositions communes jeudi prochain au Conseil européen.

En attendant, le président français n'a pu que réaffirmer le caractère stratégique à ses yeux de l'axe Paris-Berlin et du choix d'une "convergence" franco-allemande. "Revenir sur cette stratégie serait absolument impardonnable", a souligné le chef de l'Etat, qui n'a pas hésité à dramatiser la situation.

"LA PEUR EST REVENUE"

"Aujourd'hui, la peur est revenue", a-t-il lancé. Une peur paralysante pour les acteurs économiques et qui, pour la France, est celle de "perdre la maîtrise de son destin", a-t-il dit devant un drapeau français géant, ondulant sur un fond bleu.

"L'Europe peut être balayée par la crise si elle ne se ressaisit pas", la crise de l'euro "peut tout emporter" et la disparition de la monnaie unique aurait "des conséquences dramatiques pour les Français", a-t-il ajouté.

Nicolas Sarkozy a rappelé l'enjeu, pour la France, des négociations avec l'Allemagne : La Banque centrale européenne a un "rôle déterminant à jouer" et "nul ne doit douter" qu'elle assumera ses responsabilités, mais cette solidarité suppose une discipline budgétaire plus stricte au sein de la zone euro.

Il s'est efforcé de rassurer ceux qui, à droite comme à gauche l'accusent de céder à un diktat allemand ou de préparer des abandons de souveraineté au profit des institutions européennes.

"La souveraineté ne s'exerce qu'avec les autres", a-t-il dit. "L'Europe (...) c'est davantage de souveraineté parce que c'est davantage de capacité à agir."

Quant à la convergence franco-allemande, elle ne signifie pas qu'un des deux pays se mette "à la remorque de l'autre" ni que les deux renoncent à leur identité.

En matière de discipline budgétaire, chaque pays de la zone euro devra inscrire une "règle d'or" en matière d'équilibre de ses finances publiques dans sa Constitution.

Concernant la France, "l'idéal, si chacun faisait preuve de responsabilité, serait de le faire avant la présidentielle. Si tel n'était pas le cas, eh bien il faudrait le faire immédiatement après", a-t-il ajouté.

quarta-feira, novembro 30, 2011

Conversa de café - 5

- Ena pá, viste aquela bancada àrder?
- A que custa milhões de ordenados mínimos por ano, ...ou a que já está paga?

FIM

Conversa de café - 4

- Olha! O PS vai abster-se, mas com uma declaração de voto!...
- ...queriam votar a favor, era?

FIM

segunda-feira, novembro 28, 2011

Para os que acham que a minha opinião pode ser esta, ou outra...

Enquanto por cá, uns patuscos querem saber se a crise é constitucional, ou se sou eu que acho isto ou aquilo, mas que nos devemos unir em volta de um qualquer totem que represente a nossa tribo, e porque não, o nosso próprio fado que nos espera, alguém não muito afastado, pode de repente oferecer-nos um monte de cacos incoláveis: O resultado da desintegração da UE, coisa que só os muito, mas mesmo muito, anti PS e anti- Sócrates, podiam sonhar nos seus mais risonhos e coloridos sonhos!
E entretanto a Espanha ri-se da Itália, e a realidade desmente ambas :
"Ma pure si muove!"

Tudo o resto tem a urgência e a importância duma discussão sobre o sexo de Angel...

quinta-feira, novembro 24, 2011

Mais um dia para (des)fazer Amizades?

Manifestações, acções directas, explicação da nossa situação e da dos mais frágeis da sociedade? Tudo bem! Contem comigo!

Denúncia de todas as opressões, das vergonhas e desvergonhices da chamada justiça de classe? Tou aí!

Para fazer greves contra a Direita, que a façam os que que votaram nela! Os desiludidos! Mais os que derrubaram o governo legítimamente eleito do PS! Que a façam os que estão surpreendidos com a incompetência e avidez da Direita que levantaram do chão! Até os compreendo, tanto quanto lastimo! ...

Que a façam os que que objectivamente ainda continuam a servir essa mesma Direita, mas que fazem de conta que a combatem! Nessa não caio!

E os que forem arrastados para continuarem a não saber quem é o inimigo, que paguem do seu bolso a própria ignorância e seguidismo!

Porque raio, milhares de funcionários que levam para casa 700 euros, hão-de perder um dia de salário para manter este tal paradigma, que alguns dizem, outros defendem?

quarta-feira, novembro 23, 2011

Ainda se lembram do abanãozinho? Porque raio o Sócrates não evitou a crise? Patife!

Recordam-se de todos os dias nos massacrarem com a inoperância do Governo de Sócrates, que só por estupidez e incompetência não fez frente - a tempo! - à merda da crise? Lembram-se que ainda ontem no debate na especialidade(ou na vulgaridade?) do OE2012 as bancadas da Direita o terem repetido, vezes sem conta? Lembram-se da incompetência, maldade e até venalidade das decisões para salvar a nossa economia e independência? Eu lembro-me! E não confundo a importância de 500 acções douradas na PT, com a destruição do Estado Social, a venda de canais da RTP ou com a privartização da TAP ou da EDP. Meter tudo no mesmo saco é para confundir, e confundem!

Medo: crise da dívida bate à porta da Alemanha e França
"Primeiro, surgiu a notícia de que os governos da França e Bélgica estariam a negociar uma solução para o banco Dexia - que está em apuros - o que levou os juros da dívida da segunda maior economia do euro a ultrapassar os 3,6%, na maturidade a 10 anos. Isto na mesma semana em que a agência de notação Moody`s ameaçou baixar o rating do país, que se encontra em níveis máximos.

Depois, foi a vez de sair o resultado do leilão de dívida da Alemanha, que não correu como se esperava. O Tesouro alemão apenas conseguiu colocar 60% das obrigações do Tesouro - a 10 anos - que pretendia, o que mostra que não são só os países periféricos a revelar dificuldades em emitir dívida no mercado obrigacionista."

O Álvaro, esse ex-sem abrigo,

Finalmente fez-se justiça! O Estado não tem casas, nem há casas para alugar ..., por isso...


"O primeiro-ministro decidiu conceder subsídio de alojamento a Álvaro Santos Pereira e a três secretários de Estado, lê-se num despacho de Pedro Passos Coelho hoje publicado no Diário da República.
Assim, por não terem "residência permanente na cidade de Lisboa ou numa área circundante de 100 quilómetros", receberão subsídio de alojamento o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, o secretário de Estado da Defesa, Paulo Braga Lino, o secretário de Estado da Economia e Desenvolvimento Regional, Almeida Henriques, e o secretário de Estado do Empreendedorismo, Carlos Alves de Almeida.
O valor do subsídio é de 75% do valor das ajudas de custo a que têm direito e que são calculadas em função da remuneração que auferem, lê-se ainda no despacho assinado pelo primeiro-ministro."


Depois de autorizarem o Jardim a manter o regabofe e de nos deixar a pão e água, não só mantêm as mordomias, os almoços , os carros topo de gama e cartões de despesas para tudo o que é malandro, não iriam permitir que aquelas luminárias não tivessem os subsidiozinhos para arredondar o salário e permitir-lhes manter aquele ar rosadito de quem nunca apanhou o sol do Alentejo...

Um Novo Rumo, Precisa-se!

UM NOVO RUMO




Este é o momento de mobilizar os cidadãos de esquerda que se
revêem na justiça social e no aprofundamento democrático como
forma de combater a crise.
Não podemos assistir impávidos à escalada da anarquia financeira
internacional e ao desmantelamento dos estados que colocam em
causa a sobrevivência da União Europeia.
A UE acordou tarde para a resolução da crise monetária, financeira
e política em que está mergulhada. Porém, sem a resolução política
dos problemas europeus, dificilmente Portugal e os outros Estados
retomarão o caminho de progresso e coesão social. É preciso
encontrar um novo paradigma para a UE.
As correntes trabalhistas, socialistas e sociais-democratas adeptas
da 3ª via, bem como a democracia cristã, foram colonizadas na
viragem do século pelo situacionismo neo-liberal.
Num momento tão grave como este, é decisivo promover a
reconciliação dos cidadãos com a política, clarificar o papel dos
poderes públicos e do Estado que deverá estar ao serviço exclusivo
do interesse geral.
Os obscuros jogos do capital podem fazer desaparecer a própria
democracia, como reconheceu a Igreja. Com efeito, a destruição e o
caos que os mercados financeiros mundiais têm produzido nos
últimos tempos são inquietantes para a liberdade e a democracia. O
recente recurso a governos tecnocratas na Grécia e na Itália
exemplifica os perigos que alguns regimes democráticos podem
correr na actual emergência. Ora a UE só se pode fazer e refazer
assente na legitimidade e na força da soberania popular e do
regular funcionamento das instituições democráticas.
Não podemos saudar democraticamente a chamada “rua árabe” e
temer as nossas próprias ruas e praças. Até porque há muita gente
aflita entre nós: os desempregados desamparados, a velhice digna
ameaçada, os trabalhadores cada vez mais precários, a juventude
sem perspectivas e empurrada para emigrar. Toda essa multidão de
aflitos e de indignados espera uma alternativa inovadora que só a
esquerda democrática pode oferecer.
Em termos mais concretos, temos de denunciar a imposição da
política de privatizações a efectuar num calendário adverso e que
não percebe que certas empresas públicas têm uma importância
estratégica fundamental para a soberania. Da mesma maneira, o
recuo civilizacional na prestação de serviços públicos essenciais,
em particular na saúde, educação, protecção social e dignidade no
trabalho é inaceitável. Pugnamos ainda pela defesa do ambiente
que tanto tem sido descurado.
Os signatários opõem-se a políticas de austeridade que
acrescentem desemprego e recessão, sufocando a recuperação da
economia.
Nesse sentido, apelamos à participação política e cívica dos
cidadãos que se revêem nestes ideais, e à sua mobilização na
construção de um novo paradigma.
Mário Soares
Isabel Moreira
Joana Amaral Dias
José Medeiros Ferreira
Mário Ruivo
Pedro Adão e Silva
Pedro Delgado Alves
Vasco Vieira de Almeida
Vitor Ramalho
Lisboa, 23 de Novembro de 2011

quinta-feira, novembro 17, 2011

Adeus Escola Pública, ou a vingança é um prato frio!

Já não há como disfarçar. Não se trata de sinalizar intenções. Nem de opinar sobre a qualificação dos docentes. Isto é um retrocesso secular, um programa de destruição da Escola Pública, como de um local de vivência da democracia, mas o da prática da caridadezinha:
Direcção Regional de Educação do Norte
Agrupamento de Escolas de Canedo
Aviso n.º 22530/2011
Concurso de professores em regime de voluntariado
Em cumprimento do disposto no Decreto -Lei n.º 124/2009, de 21 de
Maio,
torna -se público que se encontra aberto concurso para recrutamento
de 4 docentes em Regime de Voluntariado
, para o grupo 110, no
Agrupamento de Escolas de Canedo, por um período de 10 (dez) dias
úteis, a contar da data de publicação.
10 de Novembro de 2011. — O Director, Dr. Paulo Alexandre Madeira
Carvalho Dias.
205339101




À parte o facto da redacção do anúncio fazer juz a quem o manda publicar...,resta-nos a consolação de poder assistir em directo, e em Diário da República, à destituição de professores e à sua substituição, sabe-se lá por quem, e pelas suas próprias mãos! Quem foi que disse que a vingança se deve servir fria?

Ora prá cabar de vez com esta brincadeira da Democracia e que cada um diga ao que vem!

Eu, para dizer a verdade, até acho bem:
"Se [o Governo] quiser manipular mais ou manipular menos, opinar, modificar, é da sua inteira responsabilidade, porque estamos convencidos [de] que o faz a Bem da Nação, porque foi sufragado e foi eleito para isso."
João Duque, professor de Economia, num texto encomendado pelo Relvas, essa luminária inadjectivável!

Acabe-se de vez com a palhaçada e com o faz de conta, e que cada um assuma a sua ideologia! Esta comédia de enganos tinha que acabar um dia!
Atentemos: O Governo, este !, foi eleito para manipular opinar e modificar a Informação a seu bel prazer e a Bem da Nação, que também é coisa que só ele está em condições de apreciar e decidir! E isto não é do Mossulini nem do Himler, nem sequer do António Ferro. Acho que esses amdores nunca tiveram a coragem de o dizer publicamente! Este é um estádio superior da absoluta falta de pudor!
Esta tirada pode constituir motivo de despedimento com justa causa de ministros em Cuba, Israel, Arábias, Coreia do Norte, e de quase todas as chamadas democracias burguesas...incluindo algumas séries de TV, género Yes Minister!....

Os PIIGS afinal são muitos e de todas as cores...

- Risco de França e Espanha dispara para máximos
http://economico.sapo.pt/noticias/risco-de-franca-e-espanha-dispara-para-maximos_131608.html
- Elevada dívida pública alemã é "preocupante"
http://economico.sapo.pt/noticias/elevada-divida-publica-alema-e-preocupante_131607.html
- Espanha paga quase 7% para vender dívida a 10 anos
http://economico.sapo.pt/noticias/espanha-paga-quase-7-para-vender-divida-a-10-anos_131610.html
- Bancos dos EUA podem ser afectados se crise europeia alastrar
http://economico.sapo.pt/noticias/bancos-dos-eua-podem-ser-afectados-se-crise-europeia-alastrar_131601.html

Conversa de café - 3

- Olha!, o gajo afinal foi hoje preso...por fraude fiscal !
- ... Nã sabia que matar velhas era fraude....

FIM

quarta-feira, novembro 16, 2011

Tenho que pedir ajuda,

Aos meus benévolos leitores , aos mais impacientes e aos mais tranquilos,
Tenho que pedir ajuda.
Já tinha ouvido falar de assaltos a Bancos, ourivesarias, e farmácias, e até mesmo alguns vendedores de castanhas me têm merecido a maior solidariedade.
No entanto está a decorrer uma conferência de imprensa com o inimaginável Vitor e o inominável Moedas, e reconheço a minha incapacidade para pegar num fio da meada.
Suas Excelências estão ali há uma hora a tentar confundir qualquer tentativa de entendimento do que dizem, e do comum êxito que ultrapassa o Bojador, o Cabo Norte e os Himalaias.
Suas Excelências formulam, abordam, reconhecem a todos os níveis, falam das citações das cartas de intenções, da UE e das declarações, inclusivé sobre a, e em parte, da questão da execução das decisões já tomadas e das que ainda não o foram, Perceberam?
Então ajudem-me! Só sei que a nossa sorte se joga numa roleta russa com todas as balas no tambor...
Estou perdido, e os jornalistas dizem que não estão a perceber,... São uns estúpidos estes jornalistas: O Vitor explica-se que é uma maravilha! Só eu é que não entendo!

terça-feira, novembro 15, 2011

segunda-feira, novembro 14, 2011

A prática da cegueira...

"A troika descobriu na Grécia uma ilha turística onde há 700 falsos cegos que o Governo subsidiava anualmente com 6,4 milhões de euros.
Em Portugal descobrirá... 10 milhões de cegos que subsidiam anualmente, com muitos mais milhões de euros, o Governo turístico de uma ilha. "
(Manuel António Pina - JN)

Conversa de café - 2

- Golo! Viste que violento remate?
- Mas foi na própria baliza, pá!
FIM

domingo, novembro 13, 2011

O capitalismo afinal não se suicidou!

Reconheço: Manuela Ferreira Leite nem falou demais, só mostrou o jogo! Ela sabia as regras. Bastava suspender a Democracia, essa imensa maçada!

Após os séculos de acumulação colonial e da apressada descolonização, trataram, ora, de nomear ditadores dispensados de escrúpulos, cultura, ou ponta de legalidade, ora de "permitir" a outorga dos poderes a iluminados que, num dia se apoderavam do poder em defesa do povo, e no dia seguinte, tratavam de negociar as matérias primas com os antigos colonizadores ou directamente com a cabeça da hidra: O centro do Império. Ao mais pequeno incómodo, mobilizaram-se os mais poderosos exércitos e as mais refinadas armas. Bombardeou-se a eito sempre que necessário, se o alvo fosse de segunda classe. Perdão, do terceiro mundo...,substituiu-se o prevaricador e regressou o saque das matérias primas mais apetitosos, e a acumulação mais descarada.

Restabelecida a ordem periférica, e esgotadas as fontes ou já em poder da hidra, passou-se ao estágio superior da acumulação: Começou a colocar-se na ordem os peões de brega que serviram as fases anteriores e que se perfilavam a cantar o hino e a desfilar a tal Democracia, umas vezes mais popular, outras mais descaradamente! Essa fase durou pouco, bastou derrubar um muro, e apostar na falência de meia dúzia de antigos aliados, para que a besta começasse a devorar as próprias crias. É da sua natureza!

O centro do Império, ele também gravemente ferido em múltiplas frentes, tenta estancar as hemorragias, bebendo do sangue dos aliados de ontem. Substituiram-se as guerras por tratados, e de seguida desfizeram-se deles e nomearam-se comissões administrativas... Nem que para isso fosse preciso trocar a Liberdade, por qualquer efémera segurança, e deitar fora esse empecilho a que chamavam Democracia...

sexta-feira, novembro 11, 2011

segunda-feira, novembro 07, 2011

O Pânico da UE vem do grego...antigo!

Clik para aumentar.

Como é que eles sabem que somos ricos em Portugal...?

Podem ter assitido de cadeira aos desmandos das Agências Imobiliárias americanas, aos roubos dos Lemman Brothers, ao refinanciamento da banca capitalista por todo o Mundo...EUA, UK, França, Espanha ... Podem ver em directo como se afunda a Itália e se culpa a Grécia pelo "contágio", mas do que estes gurus do óbvio e da maior ignorância, percebem é como se justifica a substituição de Governos legítimos por comissões de agentes dos que povocaram os desastres...para irem em socorro das suas próprias vítimas:
De Fareed Zakarias,(CNN)
Um naco de prosa, que pelo apelido nem deve ser de um judeu nem nada...:
”Many argue that Germany should come up with a dramatic solution to the debt problem. Chancellor Angela Merkel is not leading, critics charge. I disagree. Germany has a good reason for being sluggish. (...) The German concern is that if they come up with some dramatic solution to the euro crisis, such as guaranteeing everybody’s debt, financial panic would end but countries like Greece and Portugal would feel no pressure to undertake necessary reforms"

Negritos meus!


Ora se o cavalheiro fosse intoxicar economias parasitas como Israel ou a dos próprios EUA, não faria melhor figura? Espanta-me este conhecimento menos que livresco, estas encomendas, que tanto sabem dos disparatados salários que a maioria dos portugueses leva para casa, da coragem e iniciativa dos investidores em Portugal, do condicionamento industrial e agrícola que nos foi imposto durante décadas antes e depois do do 25A, pela meia dúzia de famílias e de bancos que nos controlam e governam!!!


Temos é que empobrecer e depressa!


Andamos nitidamente a viver acima da necessária pobreza!


Onde é que já ouvimos isto?

domingo, novembro 06, 2011

Excelente texto de Renato Sampaio no Facebook

Resumo da análise do OE para 2012
Em democracia devemos respeitar as decisões dos órgãos do Partido eu sou um democrata por convicção e eu sou um militante disciplinado que respeitarei integralmente as decisões da Comissão Politica Nacional e corresponderei ao apelo do Secretário-geral do PS.
A direita elogia hoje a decisão responsável do PS e congratula-se por nós não juntarmos os nossos votos aos da esquerda radical, do PCP e BE no bota abaixismo.
Aqui está a diferença de um partido responsável, que ao contrário da direita não hesitou em juntar os seus votos aos da esquerda radical para derrotar o Governo do PS na Assembleia da Republica, até finalmente se constituir uma maioria negativa para derrubar o Governo legitimo da Republica no chumbo do PEC IV.
A esquerda radical bem pode agora proclamar contra as medidas do Governo, mas não está isenta de responsabilidades, porque se hoje temos a direita a governar Portugal, essa esquerda contribui decisivamente para isso.
O que importa agora é analisarmos o OE para 1012.
O Governo apresentou um Orçamento de Estado para 2012 assente em preconceitos ideológicos, com o propósito de atacar o PS e direccionado para aniquilar a classe média e liquidar o estado social, que não serve Portugal e os Portugueses.
É um orçamento com preconceitos ideológicos, assente numa matriz neoliberal de desmembramento do Estado, com um programa de privatizações muito para além do previsto no memorando de entendimento da troika, como sejam a RTP- televisão pública e as Águas de Portugal ou a CP.
Uma opção ideológica porque se pretende provocar uma recessão imediata, com um aumento significativo do desemprego, sem uma estratégia voltada para o crescimento e por isso não se vislumbra nenhuma medida dedicada à economia e ao crescimento.
É um orçamento que introduz tudo o que o Governo do PS liderado por José Sócrates rejeitou na negociação com a Troika e não consta do memorando estabelecido.
• Não mexia no 13º mês, nem no 14º mês, nem os substitui por nenhum título de poupança;
• Não mexia no 13º mês, nem no 14º mês dos reformados;
• Não tinha mais cortes nos salários da função pública;
• Não previa a redução do salário mínimo;
• Não cortava nas pensões mais baixas, apenas nas pensões mais altas, acima dos 1500 euros, como se fez este ano de 2011 nos salários e como estava previsto no PEC. Mais: Estava expressamente admitido o aumento das pensões mínimas, tal como o Governo sempre pretendeu.
Com este orçamento para 2012, este Governo tem um propósito e uma prioridade, - liquidar o Estado Social. O ataque ao Serviço Nacional de Saúde, com o maior corte de todos os ministérios, pondo em causa a qualidade do serviço público de saúde, o atraso nos pagamento às IPSS e Misericórdias pelos serviço prestados na área da saúde, mas com os pagamentos em dia aos grupos privados, são a prova da asfixia do SNS para privilegiar do sector privado.
Os cortes brutais no Ministério da Educação e na Educação Publica, quer seja nos recursos humanos, nos equipamentos ou em infra-estruturas, e quando o ministro Crato acaba de aumentar em 5 mil euros por turma o subsidio aos colégios particulares, evidencia as opções deste Governo, - aniquilação da escola publica e o favorecimento do ensino privado.
Se a tudo isto, acrescentarmos os cortes significativos nas prestações sociais, verificamos que a agenda política deste Governo assenta fortemente numa redução ao mínimo a protecção social.
Uma estratégia para fazer todo o mal no inicio e apresentar benesses no fim da legislatura.
Um estratégia eleitoralista a Governar para as eleições de 2015.
É um orçamento contra o PS.
O PS foi totalmente ignorado na sua elaboração, quanto tínhamos nós subscrito o memorando de entendimento com a troika e não participamos na primeira revisão do memorando e caminhamos para não participar na segunda.
É um OE que tem com o objectivo de branquear as malfeitorias deste Governo e desculpando-se com o passado e atacando o PS com um pseudo colossal desvio orçamental no 1º semestre.
O PS jamais poderá pactuar com comportamentos desta natureza e muito menos com os silêncios cúmplices de alguns, que permitem julgamentos na praça pública.
Os silêncios cúmplices podem ser mais cruéis que a mentira.
Esta campanha do desvio colossal, iniciada num Conselho Nacional do PSD, que tem tido avanços e recuos, comporta uma enorme mentira que nos pode comprometer e comprometer o futuro do PS, se não a soubermos desmontar enérgica e atempadamente.
Nós sabemos bem onde está o desvio.
O desvio tem justificação e importa descriminar e afirmar que se trata de 650M de ocultação de deficit da Madeira e cerca de 800M de quebra de receita devido à decisão do actual governo em não concessionar já; as licenças de jogo e de não abrir concurso para a 4ª geração da rede de telecomunicações móveis, hídricas, mini hídricas, centrais de bombagens, etc.
Estes concursos podem ser lançados a todo o momento porque o anterior Governo deixou os concursos praticamente prontos a serem lançados e assim poder-se-á recuperar e encaixar um valor significativo.
Estão ainda em falta 350M, porque o Governo decidiu que a CGD e o BP não distribuíssem dividendos, quando poderia ter feito abatendo ao deficit e em seguida promover um aumento de capital e este sim sem qualquer efeito nas contas públicas.
Existe ainda uma outra rubrica que aumenta a despesa, que são os juros, que com o chumbo do PEC IV disparam de uma forma significativa – os juros a 2 anos passaram de 6,6% em Março para 17,51% em Outubro; a 5 anos de 8,18% para 14,67% e a 10 anos de 7,63% para 11,89%.
Devemos acrescentar ainda 335M de pagamento de taxas de serviço à Troika.
Ora, não podemos apelidar de desvios, matérias que resultaram de opções da política deste Governo, que tem toda a legitimidade de as tomar, o que não pode é responsabilizar outros pelas suas próprias opções e por uma mudança de política que quis operar. E aqui existe mais uma vez uma estratégia, - não tomar estas decisões agora, para ganhar folga mais tarde e assim tapar os seus próprios buracos.
Por último, o OE para 2012 está direccionado para aniquilar a classe média e liquidar o estado social.
As famílias são injustamente penalizadas, nesta proposta de OE 2012, basta verificar que as famílias contribuem para esta consolidação orçamental em 65%, o Estado com 28% e as empresas com 8%, atingindo um total de redução de cerca de 9000 milhões de €, muito acima do que a troika nos exige, e apenas por precaução.
Ora, por precaução ou calculismo político é criminoso pôr o Povo Português a pão e água. E nós que temos o slogan AS PESSOAS ESTÃO PRIMEIRO , assim o PS não pode pactuar com esta estratégia.
E neste violento ataque às famílias não escapam os pensionistas, mesmo aqueles que recebem 585€/mês.
Em 2 anos os funcionários públicos perdem mais de um quarto do seu vencimento, sem Em 2 anos os funcionários públicos perdem mais de um quarto do seu vencimento, sempre com a promessa de ser algo temporário, mas a ser prosseguida esta politica e com este Governo estamos em crer que passará a definitivo.
Toda a politica fiscal, de aumento de todos os impostos, - IVA, IRS e IRC e deduções no IRS – atinge sobretudo a classe média.
Em 2012, um dos principais impactos fiscais decorre da limitação das deduções à colecta do imposto, tanto ao nível dos limites individuais de algumas despesas (nomeadamente despesas de saúde, educação e a encargos com imóveis) como dos limites globais às deduções à colecta e as alterações ao IRS constantes da proposta de OE2012, que só beneficiam os rendimentos mais elevados.
Esta austeridade em cima de austeridade conduz-nos a uma recessão acentuada que destruirá por muitos anos a nossa economia e nunca sabemos quando nos livraremos desta crise.
Este é um OE, de excessos nos cortes dos serviços públicos e onde se exagera ainda mais na cobrança de impostos.
Para termos um estado mínimo na prestação de serviços e um estado máximo na cobrança de impostos.
Esta é a política dos excessos que temos de evitar, porque a loucura dos excessos conduz-nos a uma única saída – AO ABISMO.
Por ultimo este OE nada tem a haver com o nosso Programa eleitoral, que nós devemos ter sempre presente.
Este não é, por tudo isto o Orçamento do PS.
Mas podemos estar aqui a iniciar uma nova ordem económica e social, uma nova ordem de relação do Estado com os cidadãos, como prestador de serviços públicos e um novo relacionamento laboral, com um pendor desequilibrador en desfavor dos trabalhadores. Uma nova ordem que mais não é que uma ditadura económica dos mercados.
E assim os grandes responsáveis desta crise – os mercados e os especuladores financeiros – serão os seus maiores beneficiários.
O PS não pode ficar colado a esta nova ordem e tem que se distanciar deste caminho.
Temos de continuar a defender Portugal e os Portugueses.

Cai o pano sobre este Acto da tragédia Grega

Seguindo rigorosamente os passos dados em Portugal para fazer cair o Governo Socialista, a Direita grega, sem apresentar qualquer solução para a crise, mas apenas o ódio ao chefe do Governo, recusou igualmente qualquer acordo, e por fim exigiu e conseguiu a demissão de Papandreu. Com a ligeira nuance de que em Atenas o PR ainda tentou a formação de um Governo de Salvação Nacional, coisa que aqui Cavaco Silva se absteve de fazer, ou de tentar, o "caso" grego, em tudo semelhante ao que se desenrolou em Portugal, está terminado e o pano caiu para os socialistas que, lembremos, tudo tentaram para salvar a Grécia...incluindo até a tentativa de devolver a palavra ao povo e saber se este desejava a continuação da Tragédia ou outra coisa qualquer em cena...
Mas a Direita, de olhos postos nas mordomias que para si acumulou ao longo de muitos anos de governação, e de toda a espécie de vigarices que aplicou à UE, tal não permitiu, conluiada com a extrema esquerda - tal como em Portugal! - a continuação da governação socialista.

E o pano caiu sobre Atenas! O que é que disto pensará agora a UE que só pode temer a chantagem dos seu novos aliados?...

E entretanto a performance já tem uma versão muito mais importante. Em Itália. Estreia em breve!

Pátria ou Morte?

Se o voto do PS, com a violência brutal da abstenção(?), minorada por alguns balidos de clemência para com os funcionários públicos, é justificado por um nacionalismo inquebrável, e só para alemão ver, qual a razão porque AJS anda por aí a fazer fitas, e não vota "patrioticamente" a favor do OE e, de corda ao pescoço, se apresenta em S. Bento com um pacote de reivindicações socialistas a mendicar os favores do guardador de rebanhos?

Dispensavam-se os jogos florais, as comédias de enganos e a... abestenção do pessoal !

Se é para ser Pátria ou Morte...escolha Pátria. Porra!

sexta-feira, novembro 04, 2011

Vamo-nos ver gregos com este Programa de Governo. Todos nós menos o AJS que esse já disse que grego não era !

Como é que um Programa de Governo da Direita teria que ser, mesmo sem as Grandes Opções de Plano..., para que o PS do Seguro o reprovasse? Teria cornos? Daria couces? Venderia as mulheres? Mandaria as crianças de volta para o trabalho nos campos aos 12 anos? Invadiríamos a Grécia ( ele tem pouco, ou quase nada, de grego...)?

Olha o que fazem as más companhias!

quinta-feira, novembro 03, 2011

Pedradas na Lama ou como não somos todos iguais!

Explico. Tenho um blogue. Este. Vai para 7 anos. Só aqui escrevi aquilo que me apeteceu e o que a puta da vida me ensinou. Ali ao canto está a realidade da minha biografia, os muitos desencantos. Os amigos que tive. Os que julguei poderem sê-lo, e os que jamais serão, não estão lá. Nem os que tendo sido já cá não estão. Outros por mero pudor. Não preciso disso! Nunca precisei. Servi a Frelimo durante o tempo que eles quiseram e nunca escolhi o que fazer. O trabalho a realizar...Quando foi preciso criar galinhas para matar a muita fome à população, não fiz outras coisas...
Mas voltando ao blogue que já teve inesperadas relevâncias e destaques, sofreu também muitas dissonâncias como agora soi dizer-se, e isto porque fui corrido da lista, até das referências e das leituras, do Banco Corrido do Paulo Pedroso, que jamais me lembro de ter hostilizado. Ele está no seu direito e eu reservo também o meu de o considerar um ser pensante e de o ter mantido ali, até agora, na minha lista a Bombordo, (esquerda, para quem não tenha navegado muito) E nada esperei em troca. Nem quando o apoiei, sentindo-o tantas vezes insultado e denegrido. Mas cada um escolhe as solidadriedades, e assim farei!
Lamentávelmente vou ter de o passar para estibordo, onde abunda a lama onde lançam as pedras os amigos que prefere e que escrevem coisas, que a custo leio:
"ma-schamba": (Cuja própria grafia é suficientemente "bem" e de intelectualidade indiscutível...), (se alguém precisar da tradução, faça o favor!)
- "Agora leio que António José Seguro, titubeante candidato a mártir no “Mediterrâneo” Norte (?*), acaba de indicar Ricardo Rodrigues para o conselho geral do Centro de Estudos Judiciários. Um bloguista que se preze não bota sobre o diz-que-diz(?*). Como tal sobre este traste Ricardo Rodrigues, que o engenheiro Sócrates – um macro-traste – nomeou vice-presidente do grupo parlamentar, não se pode ecoar o que um batalhão de conhecidos açorianos vem repetindo entre-dentes. Assim sendo um bloguista que se preze só pode dizer deste traste Ricardo Rodrigues que é o traste-deputado que rouba os gravadores aos jornalistas. E que António José Seguro, e seu séquito, escolhe para este tipo de funções – no Centro de Estudos Judiciários! E que os restantes deputados, vindos de outras áreas, pelos vistos tão enlouquecidas como esta, aceitam." (negritos meus!), ou ainda:
- “Hoje [Qadaffi] foi finalmente caçado no cano de esgoto em que se escondia” … “Assads, Salehs e ratos quejandos, não perdereis pela demora!” diz Ana Gomes, eufórica com o linchamento a que assistimos na televisão [a ligação é para o Cachimbo de Magritte que a cita, pois como saberão os leitores veteranos do ma-schamba aqui recuso-me a ligar blogs explicitamente anti-semitas como o é o blog da nossa eurodeputada socialista e antiga embaixadora portuguesa (esta senhora, racista e homofóbica, para além dos outros atributos que vem ululando, carregou a bandeira nacional, literalmente falando, convém não esquecer isso para nossa vergonha e fastio)].

Tudo devidamente assinado por um tal "jpt: José Flávio Taveira Pimentel Teixeira. Nascido em Lisboa em 1964, crescido no bairro dos Olivais. Actualmente Filho, Irmão, Primo, Tio, Casado, Tio-Avô, Pai. Também Padrinho e Afilhado. Antropólogo. Residente em Maputo."
* - As interrogações são minhas!
A vida não é cheia de surpresas? Pelo menos é cheia de "jpts" que vivem em Maputo em casa gradeada, com guardas armados à porta(?), ao bom estilo da nova elite residente para espalhar o bom nome de Portugal...e juntar uns USD!

terça-feira, novembro 01, 2011

Comunicado à população ainda empregada

Este blogue gaba-se de ser o primeiro que se adapta para se transformar na primeira Zona de Conforto pronta a acolher todos os futuros desempregados, uma vez que os actuais vão emigrar...

Diziam ir votar na Direita para castigar o PS? Foi?

Onde estão esses 200 mil manifestantes que desceram avenidas e insultaram a esmo a Ministra e o Sócrates?

Que tudo lhes chamaram? Que camuflados numa tal avaliação, não queriam era trabalhar? Bem queriam dedicar-se aos Alunos e à Escola Pública?Ainda há mais de 1800 profs com horário zero? Onde estão, agora que vão para a rua, aos milhares?

Escolheram passar da Avenida para a Rua e desta para a Viela e, muito provavelmente, para outra profissão mais conforme com a urbanização do local...Foi o que escolheram? É isso que vos vai ser servido!
Nada como a Direita para não estar com rodriguinhos nem com garantismos que MLR vos oferecia numa bandeja. E os que por cá ficarem não se preocupem com professores titulares, nem com avaliações supostamente burocráticas, vão estar mesmo congelados e sob a suspeita reafirmada da maior incompetência! Agora não são apenas madraços, são madraços desempregados! A vingança serve-se fria. Este Inverno promete!

Ver também:
http://daliteratura.blogspot.com/2011/10/o-limite-era-o-ceu.html

segunda-feira, outubro 31, 2011

Sei, não sou como esses letrados mesmo,

Que se desdobrem em citações das leituras que não fiz. Li outras. Aliás, todos lemos outras! Umas mais românticas, outras mais ideológicas, mas eu criei galinhas!, enquanto vós vos cultiváveis de autores indispensáveis e de cursos socialmente reconhecidos. Quem se pode gabar de ter criado galinhas, aos milhões? Quem se pode gabar de ter visto nascer milhões de pintainhos? De tudo ter feito para transformar um embrião num ser bípede, para assar no espeto?? Também não espero que me respondam, que a pergunta é uma sacanice. Um acto do mais puro snobismo. Percebo-vos! E nem se lembrem de me agradar! eu sou um deserdado do Antero!

O Palácio da Ventura

Sonho que sou um cavaleiro andante.
Por desertos, por sóis, por noite escura,
Paladino do amor, busco anelante
O palácio encantado da Ventura!

Mas já desmaio, exausto e vacilante,
Quebrada a espada já, rota a armadura...
E eis que súbito o avisto, fulgurante
Na sua pompa e aérea formosura!

Com grandes golpes bato à porta e brado:
Eu sou o Vagabundo, o Deserdado...
Abri-vos, portas de ouro, ante meus ais!

Abrem-se as portas d'ouro com fragor...
Mas dentro encontro só, cheio de dor,
Silêncio e escuridão - e nada mais!

Antero de Quental, in "Sonetos"

Meter os pés a caminho do desastre - 1

A caminho da insanidade, este governo que se gabava de ir libertar a iniciativa, de tornar o Estado mínimo e quase ausente, que garantia não ir aumentar Impostos, todos os dias faz o contrário. Se num dia aumenta os transportes públicos, no seguinte taxa o IMI em função da distância até à boca do Metro mais próxima. Agora são as motos de qq cilindrada e já taxadas por impostos municipais avulsos e variados. De escalão em escalão, de tamanho em tamanho, é sempre a confirmar os enganos, a descer nos direitos e a subir nas obrigações: Para quando um imposto sobre os próprios sapatos. independentemente de serem LV ou reciclados?: - "Caso a proposta do Governo não seja alterada, a partir de 1 de Janeiro de 2012, as motos com cilindrada superior a 120 cc vão passar a pagar um mínimo de 60 euros de ISV. Mas esta não é a única alteração que o Governo quer introduzir nesta matéria (...), o agravamento dos impostos sobre as motas será generalizado e afectará todos os escalões de cilindrada", in http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/motas-motos-motociclos-cilindrada-isv-impostos/1294079-1730.html

domingo, outubro 30, 2011

A vida é uma madrasta!

A Vida, essa Madrasta, acaba de lhes pregar talvez a mais das desonrosas derrotas: A única coisa que conseguiram vender neste périplo pela América, foram computadores Magalhães, ali muito apreciados! É verdade, esses odiosos Magalhães, que acabaram de tirar às nossas crianças, são por ali muito apreciados! Venezuela, México, Costa Rica, Paraguai, Perú, Colômbia e Brasil esperam ansiosos a chegada dos Computadores que foram uma das bandeiras da Educação e do Governo de José Sócrates! E esta gente não se vai embora? E o que irá dizer este PS em reconstrução? Estou curioso!

sábado, outubro 29, 2011

sexta-feira, outubro 28, 2011

Mais uma barbaridade para o fim de semana!

Sobre a nudez forte da verdade o manto diáfano da fantasia!

"Nós estamos num estado comparável somente à Grécia: mesma pobreza, mesma indignidade política, mesma trapalhada económica, mesmo abaixamento dos caracteres, mesma decadência de espírito", escreveu Eça nas "Farpas", em 1872

Desta vez não fui eu e tenho pena!

quarta-feira, outubro 26, 2011

Valerá a pena gastar tempo com energúmenos?

Perguntáva-me aqui há dias um descrente desta governação de Direita e dos seus sequazes.
Tentei acalmá-lo. Chamá-lo à razão: Mostrei-lhe os artigos sobre as Jaulas de Substituição/ Santana Carrilho/Público/ 2009, repassei os Planos Inclinados com as melhores tiradas do seu Crato: Nada! Citei largamente os saberes do Medina. Dei a volta à mesa e obriguei-o a ler Vasco Graça Moura, deitei as melhores cartas de intelectuais desassombrados. Ele foi o Pacheco, ele foi até o Alegre, em defesa dos ofendidos professores, e dali em diante, foi um rosário de penas e de lamentos entrançados em insultos de taberna à compita com o que de melhor( ou pior?) se escreveu sobre Educação e sobre a incompetência de vocês sabem quem! Não sabem?

Agora que já me insultaram, que me vergaram com fenomenais tiradas sobre os malefícios do tabaco, perdão, da Educação, não é que até os pasquins da Direita mais ortodoxa e furiosamente anti-PS, anti-Sócrates e anti-Maria de Lurdes Rodrigues, vêm, de rastos, joelhos em terra, postar em letra de forma, a sua inimaginável ignorância, mas reconhecimento! do que foi feito em Portugal em meia dúzia de anos, e que este Governo de pantomina se prepara para deitar no lixo?