sexta-feira, março 11, 2011

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Via Carta a Garcia,

"A Comissão Europeia saudou o reforço das medidas de consolidação orçamental para os próximos três anos hoje anunciadas pelo Governo português, que considera que serão “suficientes” para atingir as metas de défice estabelecidas até 2013.

Pouco depois de o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, anunciar em Lisboa medidas adicionais já para este ano, para poupar 0,8 por cento do PIB, bem como para 2012 e 2013, cortando custos na ordem dos 2,4 por cento do PIB na despesa e 1,3 por cento de aumento da receita, o comissário dos Económicos, Olli Rehn, elogiou o “conjunto significativo de novos compromissos” assumidos por Portugal.

“As medidas adicionais de consolidação orçamental imediatas ascendem a 0,8 por cento do PIB em 2011. As medidas anunciadas para 2012 e 2013 atingem respetivamente 2,5 por cento e 1,2 por cento do PIB. Isto deverá ser suficiente para alcançar as metas ambiciosas de défice de 4,6 por cento do PIB em 2011, 3 por cento em 2012 e 2 por cento em 2013”, declarou.

De acordo com Rehn, as medidas hoje anunciadas “testemunham o empenho” das autoridades portuguesas em “assegurar a sustentabilidade orçamental, reforçar o sistema financeiro e aumentar o potencial de crescimento e a flexibilidade da economia" portuguesa.

“Saúdo e apoio este pacote de medidas abrangentes e concretas. É um fortalecimento importante das políticas macroeconómicas portuguesas”, comentou.

O comissário europeu saudou igualmente “o compromisso de reformas estruturais abrangentes, designadamente com vista a mais reformas do mercado de trabalho e do setor financeiro”, que deverão “impulsionar o crescimento económico e corrigir outros desequilíbrios”.

Para Olli Rehn, o pacote de medidas anunciado hoje por Portugal, num dia em que os líderes da Zona Euro se reúnem em Bruxelas para discutir medidas para contrariar futuros ataques à dívida soberana, ajudará o país a “ganhar de novo controlo sobre a dinâmica da dívida e a pôr fim a determinadas incertezas”.

A terminar, o comissário concluiu que os compromissos do Governo português contribuem de forma importante para a “necessária resposta global à crise da dívida soberana”.

ACC/FPB/Lusa

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