sexta-feira, agosto 20, 2010

Da substituição de um exército "regular", por um outro, de mercenários ...

E acrescento, muitos deles judeus e sionistas, agora alistados nas empresas privadas americanas, que irão continuar a ocupação do Iraque.
Como muito bem diz o Eduardo Pita:
O estardalhaço à volta da retirada americana do Iraque é simplesmente ridículo. Desde logo por não haver retirada. O que se passa foi que começou anteontem a desmobilização de alguns efectivos militares, operação que decorrerá até 31 de Dezembro de 2011. Mas nos próximos 16 meses tudo pode acontecer.


(E quem foi que me veio insultar àcerca de Direitos Humanos?)

A partir do próximo dia 30, a ocupação americana do Iraque deixa de chamar-se Operação Liberdade Iraquiana para passar a chamar-se Operação Nova Madrugada. Muito excitante. Christopher Hill, o antigo embaixador, diz o óbvio: Fica tudo na mesma. Se isto fosse com Bush, andava tudo aos pinotes. Como é com Obama, os media internacionais fingem que acreditam.

A partida dos soldados agora iniciada não significa sair do Iraque. Pelo contrário. Segundo o NYT, sete mil seguranças privados vão treinar (a partir do próximo ano) a polícia iraquiana e garantir a segurança das embaixadas, consulados e outras instalações diplomáticas. Estes seguranças têm carta branca para operar com radares e todo o tipo de armamento, fazer voos de reconhecimento e, em caso de necessidade, apoiar civis. Estamos a falar de um exército informal.

Como disse alguém, isto ainda só agora começou." (In Da Literatura)

Mas, em simultâneo, prepara-se militar e psicologicamente a invasão do Irão e o derrube do actual poder que apenas não tem o direito de existir...pelo pecado de se opôr a Israel.

E os americanos de Obama continuam comprometidos com outros talibãs e com toda a espécie de fundamentalistas-narco-regimes desde que sirvam os interesses do sionismo, se mantenham "calmos" e de preferência desarmados e desarticulados como é o caso do Líbano, dos EAU, Jordânia, ou da Arábia Saudita. Em todos estes lugares campeia a arbitrariedade, o império do capital, a desorganização do Estado ou, e o fundamentalismo religioso mais repugnante. Em especial contra as mulheres...

Todavia, há por aí muito boa gente, até muitas mulheres, de mistura com mais frios e perigosos agentes, com a direita mais descarada, e que servem de correias de transmissão desta imensa miséria que a "civilização do petróleo" engendrou.
As campanhas anti-Irão servem apenas de anestésico para o que se prepara.
Só espero que a próxima cimeira de Lisboa não seja a repetição de uma outra, tristemente célebre acontecida nos Açores, numa base americana, e que deu início à invasão e destruição do Iraque por falsas razões!
Como diz o Eduardo Pitta, isto apenas começou!

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