segunda-feira, fevereiro 22, 2010

A insuportável intermitência do ser

Esta história da democracia, da verdade, do direito ao bom nome, do carácter do poder, da ideologia dos poderosos, do controlo das mentalidades e, por isso, das decisões do povoléu, tem imenso que se lhe diga!
Querem ver?
Se houver luto nacional, encerrem-se os forums, silêncio!
Caso haja eleições, suspenda-se a democracia,
Na eventualidade de cheia, fale-se baixo,
Tremor de terra? Reinstale-se a censura!
Não há dinheiro para luxos? Façam-se dívidas! Peça-se emprestado, mas sem muito alarde faz favor!
Que é isso de mostrar as condições em que os pobres vivem?
Acabe-se já com o dramatismo, com a aflição dos pais que procuram os filhos, com a agonia dos netos em busca dos avós velhos e desaparecidos!
Proíba-se a pobreza! Estes pobres são uns reincidentes!
Escondam-se as misérias debaixo da diáfana capa do poder.
A Direita em geral, é especialista nestas matérias.
O PSD (e aliados) deve ser empossado vitaliciamente, sine die, enquanto houver um pobre, um desempregado, uma desgraça.
É que, antes do mais, a verdade é uma coisa muito relativa. E no fundo, muito insuportável!

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