Sobejam-nos testemunhas da preocupação nossa e do desvelo com que vimos seguindo cada passo, cada oscilação supraciliar do nosso Papa Benedito VI, também conhecido como Bento.
( Repararam como estou/estamos a escrever canonicamente? )
Ele tem sido missas com a juventude e apelos à presença nas ditas, um ror de curiosos despachos e não menos importantes promessas de novos santos e santas que a todos nós fazem muita falta.
Agora aí esta a reunião e a benção espargida sobre os ex-abomináveis e excomungados membros desse seita ímpia, malévola e cismática da Sociedade do Santo Pio X
A magnífica e pontifical justificação - se tal fosse necessário - é que se trata de procurar a reunião dos filhos cristãos.
A nós parece-nos bem!
Mesmo que seja com os seguidores do ultra conservador ( um neo-con, como agora se diz ) do Sr. bispo Lévèbvre, negador das directivas do "Vaticano II" e oportunamente excomungado.
Dizem-me que este nosso Bento VI até simpatiza com essas posições, até ontem heréticas!
Este Papa está para o Concílio Vaticano II assim como o nosso Jerónimo de Sousa está para a Glassnost.
Como o PC olha a perestroika!
Com a maior compreensão e desvelo. Amen.
1 comentário:
Eu perco-me na numeração dos Papas, por isso fui confirmar a um artigo da revista "Veja", de 27 de Abril de 2005, e é mesmo Bento XVI, como pensava, não Bento VI, como, por lapso, escreveu. Não resisto a transcrever parte desse ensaio de Roberto Pompeu de Toledo, intitulado "Fato extraordinário: um papa alemão". Segue-se a citação:
"Ratzinger não é só o ortodoxo dos ortodoxos, o imperador do 'não'- não ao divórcio, não aos anticoncepcionais, não ao casamento dos padres e à ordenação das mulheres. Também não é só o grande inquisidor, o homem que, com mão-de-ferro, comandou a Congregação para a Doutrina da Fé, o antigo Santo Ofício, por mais de duas décadas e ao longo de mais de 100 condenações por devio de linha justa. Ele é também alemão. Eis uma circunstância que, irrigada pelos clichês que cercam essa nacionalidade, lhe reforça o perfil de durão e inspira apelidos pouco carinhosos: ´Panzercardinal´, ´Rottweiller de Deus´.
A experiência do nazismo foi decisiva para firmar Ratzinger na fé e na estrita observância da doutrina católica, segundo seu biógrafo. Ele via no catolicismo um escudo contra a barbárie. O.k., dá para entender. A religiosidade tradicional da Baviera campônia onde nasceu e cresceu oferecia-lhe um contraponto à brutalidade triunfante. É surpreendente, no entanto, a conclusão que ele tira de tal experiência histórica e pessoal. 'Tendo visto o fascismo em ação, Ratzinger acredita que o melhor antídoto ao totalitarismo político é o totalitarismo eclesiástico', escreve o mesmo biógrafo. 'Em outras palavras, ele acredita que a Igreja Católica serve à causa da liberdade humana ao restringir a liberdade em suas fileiras, dessa forma mantendo-se clara a respeito do que ensina e do que acredita'. Qual seja: combate-se o totalitarismo com o totalitarismo, e serve-se à liberdade suprimindo-a." (fim de citação).
Eis umas achas para a sua bem preparada e ateada fogueira (NÃO dos autos-de-fé).Tarrenegosatanás!
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