segunda-feira, abril 12, 2010

A união monetária exige uma solidariedade entre os seus membros que os tratados não reconheceram

"Os países do Euro aproveitaram o domingo para anunciar a garantia de um empréstimo à Grécia. A retórica é a politicamente correcta, pois não se trata de um subsídio mas de um empréstimo. A face grega também está salva, pois o Eurogrupo anunciou um apoio que a Grécia disse ainda não ter pedido. Mas o efeito prático é simples, os países vão fazer aquilo que proibiram nos tratados que o BCE fizesse, vão salvar a Grécia de uma crise (o famoso "bailout"). Há dias, Paul Krugmann chamou "euromess" à ambição da UE de fazer uma moeda sem lhe dar mecanismos de absorção de choques assimétricos. Este domingo, o Eurogrupo, sem o dizer, deu-lhe razão."
( Continuar a ler o Banco Corrido)
Não podia estar mais de acordo, e sublinharia com imodéstia que se trata mais de uma garantia plafonada mas com indicação do nível de juro aplicável, "avisando" assim os especuladores dos níveis de ganância aceitáveis.
Por outro lado, e como escreve o Paulo Pedroso, trata-se da primeira medida de carácter verdadeiramente económico e não puramente financeiro: Um primeiro passo para um Governo Económico? Uma economia europeia verdadeiramente integrada?
E o reconhecimento de que o Euro não pode sobreviver a uma total desregulação económica dos mercados e onde as trocas entre os seus membros não resultem, afinal, no agravamento dos níveis de desenvolvimento entre os membros da União.
Paulo Pedroso tem razão: Impõe-se uma maior solidariedade!

2 comentários:

Ana Paula Fitas disse...

Caro MFerrer,
Vou fazer link.
Abraço.

MFerrer disse...

Obrigado pela visita!
Aqui pratica-se o pensamento. Umas vezes melhor. outras assim-assim ;))
Cumps!