quinta-feira, dezembro 29, 2011

Directora-Geral do Orçamento demite-se !

Por discordar do abandono do regime trimestral do controlo orçamental outrora implementado pelo anterior Governo, mas que este brilhante Vitor Gaspar mandou substituir por um extraordinário sistema de controlo por duodécimos, acabando por mandar às malvas o OE2012, acabadinho de ser aprovado..., a Directora-Geral achou chegado o momento para ela passar também de imediato a um regime de defesa do bom senso e da seriedade orçamental em vez de aventuras com compromissos assumidos...
"
A diretora-geral do orçamento, apresentou a demissão ao ministro das Finanças, invocando discordâncias com algumas das políticas orçamentais do executivo. A notícia foi dada em primeira mão na edição online do Diário Económico, que adianta que Maria Eugénia Pires já se despediu da sua equipa e vai abandonar o cargo na próxima semana."

Semanário Douro Hoje, um desabafo!



domingo, dezembro 25, 2011

Conversa de café - 20

- Em Boliqueime levaram o multibanco à hora da consoada!
- Devem estar a juntar a meia-hora diária de trabalho ...em regime de utilização aos domingos e feriados...
- ...!

sábado, dezembro 24, 2011

Conversa de café - 19

- Ouviste o comunicado do PS sobre a venda da EDP ós chinocas?
- ...?
- "Eu que saiba que não está a correr violentamente bem!"

FIM

sexta-feira, dezembro 23, 2011

A declaração do PS sobre o investimento chinês deve estar a ser terminada...

Esquecendo que parece haver por aí, uma globalização - aliás iniciada aqui atrasado por um certo povo de esfarrapados, apertados que estavam entre a Espanha e o Mar - oiço e leio as mais descabeladas opiniões, e muito azedume, sobre o recente investimento chinês em Portugal. Tem uma certa graça este tipo de memória selectiva, muitísimo intelectual, que os faz gritar "vamos ser invadidos" e esquecer que, por acaso, este mini-povo conseguiu ocupar território da gigantesca China, durante apenas 450 anos. Ou de que este investimento nos pode aliviar do garrote da UE e do FMI...


E já nem se lembram que ainda há menos de um mês a própria UE foi à China solicitar apoio financeiro para o BCE, que aliás lhes foi liminarmente recusado.


Percebe-se bem o despeito e a raiva desses tantos que do alto da sua sabedoria e orientalismo esclarecido, escarnecem dos factos e cospem nos investimentos da impopular China, uma vez que vem apoiar uma das empresas que seguiu as políticas bandeiras do governo de José Sócrates, que investiu nas energias renováveis e na internacionalização. Estou com eles! Também era escusado serem os chineses - a mais vibrante das economias mundiais - a vir dizer ao governo da direita em Lisboa que apreciam, e de que maneira!, as políticas de José Sócrates e que até pagam para ver! Quem disse que a vingança não é um prato frio?

quinta-feira, dezembro 22, 2011

E o novo-PS nada diz?

Back to basics!: A notícia da venda dos 21% da EDP aos chineses é de uma importância igual à chegada do Gama à Índia! E é irónico que àqueles que combateram, e combatem, as energias limpas, lhes caia no regaço uma prenda deste tamanho! José Sócrates estava certo, e o PS deste novo-ciclo , ou lá como se chama, devia sair hoje mesmo com um comunicado a agradecer ao seu anterior líder ter conduzido a EDP no sentido correto que consegue atrair a participação da maior potência mundial em termos demográficos, financeiros e de crescimento sustentado do maior mercado mundial!
Estará este governo de ideólogos da desgraça ao nível do desafio e da gigantesca oportunidade que uma e outra vez desperdiçámos ao longo da História? Como eu gostava de ter uma resposta positiva, e como lamento que à frente desta composição não esteja - como devia estar! - o Homem que teve a visão de apostar nas renováveis e na energia limpa, custasse o que custasse!
Só este povo ignaro para ser capaz de retirar a si próprio o tapete das oportunidades!

quarta-feira, dezembro 21, 2011

Conversa de café - 18

- Não percebes nada de economia...
- ...?
- O Álvaro até tem razão! Se metade da população emigrar...o Rendimento per Capita passa pro dobro, tás a ver?

Conversa de café - 17

- Isto é o que chamo de democracia mesmo!
- ...?
- Agora não são só os ricos que mandam o cacau prós paraísos! Nós também podemos ir!

FIM

Foi nestes que votaram? Foi para não se preocupar mais?

Pois se no 2º País mais idoso da UE, que acumula défices atrás de défices, que apesar disso tem 75% da sua população a viver em 20% do território, que está por isso transformado numa caricatura populacional, mas que tem o maior número de rotundas e de museus por milhar de habitante..., que tem apenas 35% da população com mais do que 11º ano de escolaridade, que há muito abandonou a Agricultura digna desse nome, não renovou a indústria ou as pescas, que não tem dimensão de mercado para manter um mínimo de Centros de Decisão em Portugal, que há gerações exporta gente desqualificada e aculturada para as cinco partidas do Mundo, que foi incapaz de reformar o seu colonialismo - como todos os outros fizeram - e se tornou um pária da comunidade internacional, que, quando alguém quis mandar que os professores, os médicos e os juizes, trabalhassem mais e melhor, lhes deu com a porta na cara, esse País onde a disparidade de rendimentos nos coloca na Ásia ou na África...não sai para a rua a partir tudo, quando um desses seus escolhidos governantes propõe que emigrem ordeiramente, agora a custo zero, os mais qualificados dos nossos filhos que nos custaram os olhos da cara a criar, este País foi inventado num brain-storm de um hospital psiquiátrico. Isto não existe!

Vocês vivem numa coisa que não existe e votaram maioritariamente numa comissão liquidatária para deixar de ter preocupações! Foi?

Para os mais curiosos e para memória futura

http://www.imf.org/external/pubs/ft/scr/2011/cr11363.pdf
© 2011 International Monetary Fund December 2011
IMF Country Report No. 11/363
Portugal: Second Review Under the Extended Arrangement
The following documents have been released and are included in this package:
 The staff report, prepared by a staff team of the IMF, following discussions that
ended on November 19, 2011 with Portuguese officials on economic developments
and policies. Based on information available at the time of these discussions, the
staff report was completed on December 7, 2011, and discussed by the IMF
Executive Board on December 19, 2011. The views expressed in the staff report are
those of the staff team and do not necessarily reflect the views of the Executive
Board of the IMF.
 Letter of Intent*
 Memorandum of Economic and Financial Policies*
 Technical Memorandum of Understanding*
 LOI & Memorandum of Understanding on specific Economic Policy Conditionality
(European Commission and European Central Bank)*
 A Press Release summarizing the views of the Executive Board as expressed during
its December 19, 2011 discussion of the Staff Report*
 A statement of the Executive Director for Portugal
* These documents will also be released separately and are also included in this report.
The policy of publication of staff reports and other documents allows for the deletion of
market-sensitive information.
Copies of this report are available to the public from
International Monetary Fund ● Publication Services
700 19th Street, N.W. ● Washington, D.C. 20431
Telephone: (202) 623-7430 ● Telefax: (202) 623-7201
E-mail: publications@imf.org ● Internet: http://www.imf.org
International Monetary Fund
Washington, D.C.
INTERNATIONAL MONETARY FUND
PORTUGAL
Second Review Under the Extended Arrangement
Prepared by the European Department in Consultation with Other Departments
Approved by Reza Moghadam and Martin Mühleisen
December 7, 2011
Executive Summary
Program status. On May 20, the IMF approved a SDR 23.742 billion (€26 billion) three-year
arrangement under the Extended Fund Facility (EFF) for Portugal as part of a joint financing
package with the European Union, worth €78 billion. The first and second purchases (total of
SDR 9.078 billion) under the heavily frontloaded arrangement were made on May 24 and
September 14, respectively. The third purchase, available upon completion of the second
review, amounts to SDR 2.425 billion (about €2.8 billion). All quantitative performance
criteria and all structural benchmarks for the second review were met, but the indicative target
on non-accumulation of domestic arrears was breached.
Recent developments and outlook. While the contraction in 2011 will be somewhat milder
than projected earlier, growth has been revised down to -3 percent in 2012, reflecting higher
fiscal adjustment and a weaker external environment. The 2011 fiscal target will likely be met
through the one-off partial transfer of banks’ pension funds, implying a smaller underlying
adjustment. Funding and credit conditions have tightened and additional bank recapitalization
needs will likely require recourse to the bank solvency support facility.
Program discussions and recommendations. The 2012 budget contains bold and concrete
measures, including significant wage cuts. Assuming stringent commitment control, it will
reverse the 2011 slippages. In the financial sector, close monitoring of bank’s deleveraging
plans remains essential to prevent an excessive contraction in private credit. Any public
recapitalization of banks needs to ensure that banks continue to be managed on a commercial
basis. On the structural side progress in reforming the labor market and opening up the
nontradable sector is off to a good start, but more effort is needed to improve competitiveness
in the absence of the previously agreed fiscal devaluation.
Risks. While progress against program targets has been good and there is strong commitment
to the program, headwinds are increasing, and perseverance is essential. The budget targets are
ambitious, putting a premium on strong program implementation; making serious headway in
improving prospects for growth requires concerted efforts to get past vested interest; and the
global market turmoil can potentially further weaken growth, funding conditions, and bank
credit. Overcoming these challenges require continued strong domestic political commitment
and euro-area wide efforts to address the broader sovereign debt crisis.
Mission. Discussions took place during November 7–18 with the Minister of Finance,
Governor of the Bank of Portugal (BdP), and other Cabinet Ministers; staff in the BdP,
ministries and government agencies, and banks. The staff team comprised P. Thomsen (head),
H. Samiei, P. Kunzel, S. Roudet, I. Vladkova Hollar (all EUR), S. Nardin (EXR),
A. Lemgruber (FAD), Y. Liu and D. Chew (LEG), A. Piris (SPR), and O. Frecaut and
C. Verkoren (MCM), and A. Jaeger and M. Souto (Res.Reps). Mr. Cardoso (OED) also
participated in most of the meetings.
2
Contents Page
I. Background .............................................................................................................................3
II. Recent Developments ............................................................................................................3
III. Outlook ................................................................................................................................9
IV. Policy Discussions .............................................................................................................12
A. Fiscal Policy ............................................................................................................12
B. Structural Fiscal Reform .........................................................................................13
C. Financial Sector Policies .........................................................................................15
D. Structural Reform ....................................................................................................17
V. Program Financing, New Measures, and Risks ..................................................................18
VI. Staff Appraisal ...................................................................................................................20
Figures
1.High Frequency Activity Indicators......................................................................................22
2. Balance of Payments ............................................................................................................23
3. Financial Indicators ..............................................................................................................24
4. External Debt Sustainability: Bound Tests ..........................................................................25
5. 􀀪􀁒􀁙􀁈􀁕􀁑􀁐􀁈􀁑􀁗 Debt Sustainability: Bound Tests ...................................................................26
Tables
1. Selected Economic Indicators—Program Baseline .............................................................27
2. General Government Accounts ............................................................................................28
3. General Government Stock Positions ..................................................................................30
4. Public Sector Financing Requirements and Sources ...........................................................31
5. Balance of Payments, 2008–16 ............................................................................................32
6. External financial Requirements and Sources, 2008–16 .....................................................33
7. Selected Financial Indicators of the Banking System, 2007–2011:Q2 ................................34
8. Monetary Survey, 2010–16 ..................................................................................................35
9. External Debt Sustainability Framework, 2006–16 .............................................................36
10. 􀀪􀁒􀁙􀁈􀁕􀁑􀁐􀁈􀁑􀁗 Debt Sustainability Framework, 2007–30 ...............􀀑􀀑􀀑􀀑􀀑􀀑................................37
11. Access and Phasing Under the Extended Arrangement, 2011–14 .....................................38
12. Indicators of Fund Credit ...................................................................................................39
Boxes
1. Transfer of Banks’ Pension Schemes ....................................................................................5
2. Progress with Structural Reform ..........................................................................................10
3. 2012 Budget—Key Measures ..............................................................................................13
Appendices
I. Debt Sustainability Analysis (DSA) .....................................................................................40
II. Letter of Intent .....................................................................................................................46
A1. Memorandum of Economic and Financial Policies...............................................48
A2. Technical Memorandum of Understanding...........................................................62
III. Letter of Intent (European Commission and European Central Bank) ..............................69
A1. Memorandum of Understanding on Specific Economic Policy Conditionality....71
3
-12
-10
-8
-6
-4
-2
0
2
4
6
8
10
2008Q1 2008Q3 2009Q1 2009Q3 2010Q1 2010Q3 2011Q1
Real GDP, Expenditure - Contribution to Growth (yoy percent change)
Consumtion (Public)
Consumption (Private)
Investment (fixed)
Changes in inventories
Exports
Imports
GDP grow th
92
94
96
98
100
102
104
106
108
110
112
92
94
96
98
100
102
104
106
108
110
112
1999Q1 2001Q1 2003Q1 2005Q1 2007Q1 2009Q1 2011Q1
Real harmonised competitiveness indicator:GDP deflators deflated
Real Effect Exchang Rate:ULC-deflated
Real Effect. Exchange Rate-CPI based
Source: European Commission Eurostat; European Central Bank; and IMF
International Financial Statistics.
I. BACKGROUND
1. Portugal’s program has remained broadly on track, but rising stress in Europe
is a serious risk.
 End-September performance criteria (on the fiscal deficit, general government debt,
and external arrears) and structural benchmarks for the second review were all met,
although the indicative target on non-accumulation of domestic arrears was breached.
While expenditure slippages have opened up a large fiscal gap in 2011 and the endyear
fiscal target is likely to be met only with the help of partial bank pension
transfers, the projected structural adjustment in the fiscal balance in 2011, at around
3½ percent of GDP, is still significant.
 The 2012 outlook for Europe has deteriorated substantially, with growth revised
down by 1¼ percentage points relative to spring forecasts. Substantially higher
capital requirements across Europe, coupled with cuts in exposure to the periphery,
are placing further pressure on banks and the flow of credit. Further negative
spillovers could significantly complicate domestic policy making.
II. RECENT DEVELOPMENTS
2. Economic adjustment has continued, but the contraction in output has been
milder than expected.
 Output developments have been
dominated by the large decline in
domestic demand, which subtracted
almost 6 percentage points from year-onyear
growth in the second quarter.
However, delayed fiscal adjustment,
continued strong growth in exports (8.5
percent in real terms in the first half of
2011) and a fall in imports buffered the
impact on overall activity, and the Q3
flash estimate for GDP once again
surprised on the upside. Staff’s revised
growth forecast for 2011, at
-1.6 percent, is now 0.6 percentage points
above projections at the time of the
program request.
 Unemployment rose to 12.4 percent in
Q3, from 12.1 in Q2, with youth
unemployment rising from 27 percent to
30 percent. The share of long-term
unemployed stands at 44 percent ( continua)

Conversa de café - 16

- O Cavaco agora quer que a UE apoie o desenvolvimento da economia!
- Já o PSD quer exportar os nossos jovens quadros. Deve ser para os outros não se atrasarem!

FIM

terça-feira, dezembro 20, 2011

Conversa de café - 15







- Hás-de ver esse filme sobre eleições, o governo, essas coisas!
- Aquele que acaba com os comunistas presos? Prefiro comédias!
- ...?


FIM



segunda-feira, dezembro 19, 2011

Conversa de café - 14

- Isto anda mal nos transportes!
- ....?
- A CP nem paga os salários antes das greves!
- Olha que na TAP é ao contrário! Até ofereceram cota no negócio aos grevistas...

FIM

O fantasma de Paris

(…) José Sócrates começou a governar em 2004, recebendo um país com um défice de 6,2%, após dois governos PSD/CDS, numa altura em que não havia crise alguma nem problema algum na economia e nos mercados. Para mascarar um défice inexplicável, os ministros da Finanças desses governos, Manuela Ferreira Leite e Bagão Félix, foram pioneiros na descoberta de truques de engenharia orçamental para encobrir a verdadeira dimensão das coisas: despesas para o ano seguinte e receitas antecipadas, e nacionalização de fundos de pensões particulares, como agora.

Em 2008, quando terminou o seu primeiro mandato e se reapresentou a eleições, o governo de José Sócrates tinha baixado o défice para 2,8%, sendo o primeiro em muitos anos a cumprir as regras da moeda única. O consenso em roda da política orçamental prosseguida e do desempenho do ministro Teixeira dos Santos era tal que as únicas propostas e discordâncias, de direita e de esquerda, consistiam sistematicamente em propor mais despesa pública. E quando se chegou às eleições, o défice nem foi tema de campanha, substituído pelo da “ameaça às liberdades” (…)

Logo depois, rebentou a crise do subprime nos Estados Unidos e Sócrates e todos os primeiro-ministros da Europa receberam de Bruxelas ordens exactamente opostas às que dá agora a srª Merkel: era preciso e urgente acorrer à banca, retomar em força o investimento público e pôr fim à contenção de despesa, sob pena de se arrastar toda a União para uma recessão pior do que a de 1929. E assim ele fez, como fizeram todos os outros, até que, menos dum ano decorrido, os mercados e as agências se lembraram de questionar subitamente a capacidade de endividamento dos países: assim nasceu a crise das dívidas soberanas. Porém não me lembro de alguém ter questionado, nesse ano de 2009, a política despesista que Sócrates adoptou a conselho de Bruxelas. Pelo contrário, quando Teixeira dos Santos (…) começou a avançar com PEC, todo o país – partidário, autárquico, empresarial, corporativo e civil – se levantou, indignado, a protestar contra os “sacrifícios” e a suave subida de impostos. Passos Coelho quase chorou, a pedir desculpa aos portugueses por viabilizar o PEC 3 que subia as taxas máximas de IRS de 45 para 46,5% (que saudades!)

(…) O erro de Sócrates foi exactamente o de não ter tido a coragem de governar contra o facilitismo geral e a antiquíssima maldição de permitir que tudo em Portugal gire à volta do Estado(…). Quando ele, na senda dos seus antecessores desde Cavaco Silva (que foi o pai do sistema) se lançou na política de grandes empreitadas e obras públicas (…) o que me lembro de ter visto, então, foi toda a gente (…) explicar veementemente que não se podia parar com o “investimento público”, e vi todas as corporações do país (…) baterem-se com unhas e dentes e apoiados pelos partidos de direita e de esquerda contra qualquer tentativa de reforma que pusesse em causa os seus privilégios sustentados pelos dinheiros públicos. O erro de Sócrates foi ter desistido e cedido a essa unanimidade de interesses instalados, que confunde o crescimento económico com a habitual tratação entre o Estado e os seus protegidos. Mas ainda me lembro de um Governo presidido por Santana Lopes apresentar um projecto de TGV que propunha não uma linha Lisboa-Madrid, mas cinco linhas, incluindo a fantástica ligação Faro-Huelva em alta velocidade. E o país, embasbacado, a aplaudir!

Diferente disso é a crença actual de que a dívida virtuosa – a que é aplicada no crescimento sustentado da economia e assegura retorno – não é essencial e que a única coisa que agora interessa é poupar dinheiro seja como for, sufocando o país de impostos e abdicando de qualquer investimento público que garanta algum futuro. Doentia é esta crença de que governar bem é empobrecer o país. Doente é um governante que aconselha os jovens a largarem a “zona de conforto do desemprego” e emigrarem. Doente é um governo que, confrontado com mais de 700.000 desempregados e 16.000 novos cada mês, acha que o que importa é reduzir o montante, a duração e a cobertura do subsídio de desemprego. Doente é um governo que, tendo desistido do projecto de transformar Portugal num país pioneiro dos automóveis eléctricos, vê a Nissan abandonar, consequentemente, o projecto de fábrica de baterias de Aveiro, e encolhe os ombros, dizendo que era mais um dos “projectos no papel do engº Sócrates”. Doente é um governo que acredita poder salvar as finanças públicas matando a economia.

O fantasma do engº Sócrates pode servir para o prof. Freitas do Amaral mostrar mais uma vez de que massa é feito, pode servir para uns pobres secretários de Estado se armarem em estadistas ou para os jornais populistas instigarem a execução sumária do homem. Pode servir para reescrever a história de acordo com a urgência actual, pode servir para apagar o cadastro e as memórias inconvenientes e serve, certamente, para desresponsabilizar todos e cada um: somos uns coitadinhos, que subitamente nos achámos devedores de 160.000 milhões de euros que ninguém, excepto o engº Sócrates, sabe em que foram gastos. Ninguém sabe?”



Miguel Sousa Tavares

«Expresso», 17 de Dezembro de 2011

domingo, dezembro 18, 2011

Conversa de café - 13




( Ou o último adeus! )

- Os ingleses preparam a retirada dos seus cidadãos..., caso isto dê o berro!


- Então já sei o Governo fez no Forte de S. Julião da Barra! Depois somos nós!

Conversa de café - 12

O ELO MAIS FRACO


(Ou a prenda de Natal para os professores)

- Professores!...Vocês são o elo mais fraco! Adeus!

- ....???

quarta-feira, dezembro 14, 2011

E posso garantir: Esta merda vai mesmo acabar!

1 - No mesmo dia em que em Madrid, o Rei recebe os partidos políticos e ouve claramente as declarações de republicanismo e de independência da Catalunha, ou da oposição da maioria das restantes regiões de Espanha - incluindo da católica Galiza ! - ao programa da Direita espanhola contra o Estado Social e o descarado apoio aos Bancos e demais Financeiras;


2 - Concretiza-se a desqualificação da dívida francesa do nível AAA e o Euro atinge o seu nível mais baixo de sempre face ao dolar, ao mesmo tempo que a Itália bate todos os anteriores recordes de juros, para colocar apenas 5MM de dívida...;

3 - O Commerzebank, da toda poderosa Frankfurt e da não menos arrogante Alemanha, apela ao Estado que o salve da falência;

4 - As várias Direitas europeias combinam entre si a forma legal de assimilar e de integrar o sub-emprego, sub-pago, e a que querem chamar de mini-empregos ou de emprego "por amor de Deus", os irlandeses ameaçam com um referendo para decidir a saída do Euro;

5 - A central de notícias do imperialismo universal dos EUA, por delegação de Telavive, escolhe para exemplo dessa tal Liberdade um dos seus agentes, a que chama de "Protester", enquanto retira apressadamente as suas tropas dum Iraque devastado e arrasado como País e como Estado, ao mesmo tempo que os exércitos da Nato se afundam nas contradições e na miséria do Afeganistão e do Paquistão, aumentam as pressões contra a Síria e as ameaças ao Irão;



Mesmo sem os malefícios da randes tempos nos esperam, e até acho que temos o Governo adequado a estes tempos: Um grupo de incapazes e de oportunistas que nem disfarçam ao que andam!: Servir, servir o mais depressa possível, os interesses que ali os colocaram, uma vez que o tempo escasseia e antes que esta merda acabe mesmo! E desta vez têm razão! Isto dura pouco!

E antes que me esqueça: A Banca portuguesa vale tão pouco que pode comprar-se na Feira da Ladra! Ele há cada concidência!

sábado, dezembro 10, 2011

Conversa de café - 11

Para acabar de vez com o Estado Social e implantar a Lei da Selva


- Já sabes como se acaba com o Estado Social?

- ...?

- ... Absorvem-se os Fundos de Pensões da Banca, sejam boas ou más, e garante-se os pagamentos! Depois, diz-se que o negóco foi tão bom, tão bom, que em vez de reforçar a SS, se paga à mesma Banca as dívidas das Empresas e do próprio Estado...

FIM

quinta-feira, dezembro 08, 2011

A Direita em pânico, já mandou soltar os cães!



E o caso não é para menos...Suponham, just imagine, que um dia ele regressa com aquele péssimo hábito de ganhar eleições...dentro e fora do PS?
Que me lembre, a última no PS foi 98% a favor...Levantem as pontes, aqueçam o azeite, soltem os cães e rezem, rezem muito! Conférence « Quelques clés pour comprendre le Portugal actuel » from Sciences Po - Campus Poitiers on Vimeo.

quarta-feira, dezembro 07, 2011

Diz-me com quem andas...

Qual a razão por não termos ouvido ainda qualquer responsável actual do PS vir a terreiro explicar que, se o anterior governo tivesse feito a "chapelada" do Fundo de Pensões da Banca " e metido na ordem a bandalheira da Madeira, tinha cumprido um défice de 3% e seríamos ainda hoje um dos Países independentes da UE, a pagar juros inferiores aos da Espanha, da Itália da Irlanda e da Grécia. Como diz Sócrates, devíamos ser nós a gerir a nossa dívida....
Terão estes novos líderes feito algum voto de silêncio, um pacto secreto, ou andam apenas envergonhados com as suas companhias?

Conversa de café - 10

- Já se sabe a taxa moderadora que este governo nos tem de pagar ?
- ...por lá estar?

FIM

terça-feira, dezembro 06, 2011

Quem é que pediu para lhe tratarem da saúde?

Enquanto a taxa para uma consulta se aproxima perigosamente do preço da mensalidade duma seguradora médica privada, estes vão tomando conta dos novos hospitais, numa escalada contra o SNS que cada vez mais fica dedicado a tratar os mais pobres e os mais carenciados, que por sua exclusiva culpa não sabem conservar a saúde nem planificar as suas doenças, por exemplo para as suas férias...
Para quando é que os mais pobres vão ter de apresentar um calendário com os dias em que vão estar doentes?
Se se organizarem, talvez vos deixem adquirir um passe social...ou taxas moderadoras pré-compradas...
Os pobres, nem doentes sabem estar!

Conversa de café - 9

- Óh pra eles à rasca! A Standard & Poors ameaça o tripo AAA da França e da Alemanha!
- Ah! Ah! Ah!


FIM

segunda-feira, dezembro 05, 2011

Começa por ser crime fugir ao fisco...na Suiça, claro!

E é este o país que temos!!!

Alice Ferreira:
«Concluí que a minha filha desempregada e o meu filho dentista com falta de clientes (ambos divorciados) têm de intentar acções judiciais contra mim, para eu ser CONDENADO a pagar "alimentos" (no sentido legal do termo) aos meus netos. Porque, com uma sentença judicial, eu posso descontar essas despesas no IRS e, se ajudar voluntariamente, não posso.
Se encontrar uma saída, transmito-a a todos os avós.»

Juiz-Conselheiro (Jubilado) Mário Araújo Ribeiro

Teixeira dos Santos, esse incapaz! ou Conversa de café - 8

- O Teixeira dos Santos nem se lembrou de ir buscar o dinheiro dos pensionistas da banca prá redondar o défice...
- Um incapaz!
- E voltou a dar aos bancos mais de metade, sem ser preciso essa coisa das pensões. Isso fica já tudo garantido! Parece que as futuras gerações não se importam...
- É o que te digo, um incapaz!

FIM

domingo, dezembro 04, 2011

Conversa de café - 7

- Este povo detesta optimistas pá!
- ...eu também prefiro gente que só diz as verdades!
- Põe-t'á tabela cainda telegem pr'alguma coisa...




FIM

sexta-feira, dezembro 02, 2011

Conversa de café - 6

- Olha, olha! O Sarko mais a Merkel vão fazer uma nova União europeia!

- E nós podemos ficar com a velha? Ou vêm aí mais uns PECs?


FIM

Lamento ter de participar a morte da UE....

Hoje quinta feira, 1º de Dezembro, Nicolas Sarkozy, tentando salvar a própria pele, comunicou em Toulon, que a UE tinha fenecido, e que ele e Angela Merkel, se reunirão na próxima semana para as indispensáveis formalidades processuais... Mas aproveitou a funesta ocasião para anunciar que os dois vão formar uma nova-Euro-zona, sob as suas tutelas e ordens directas!
TOULON, Var (Reuters) - Dans l'attente d'un accord avec l'Allemagne sur la crise de la zone euro et faute de décisions à annoncer, Nicolas Sarkozy a prononcé jeudi à Toulon un discours-programme dans lequel il a tenté de répondre aux inquiétudes des Français.
Le 25 septembre 2008, le président français avait lancé dans la même salle de spectacle du Zénith Oméga un vibrant appel à moraliser et refonder le capitalisme, en pleine tourmente financière internationale venue des Etats-Unis.
Cette fois, c'est à la refondation de l'Europe qu'il a appelé devant plus de 5.000 personnes - élus, chefs d'entreprises, responsables des services de l'Etat et simples citoyens, dont de nombreux militants de son parti, l'UMP - mais sans le même souffle qu'il y a trois ans.
L'assistance a surtout réservé ses applaudissements à ses piques contre ses rivaux pour l'élection présidentielle de 2012, achevant de donner à cette allocution l'allure d'un meeting électoral, malgré l'absence de banderoles et de pancartes.
La France et l'Allemagne s'efforcent de s'accorder sur un renforcement de la gouvernance de la zone euro pour remédier aux insuffisances qui ont conduit à la crise actuelle de la dette.

Nicolas Sarkozy et la chancelière Angela Merkel tenteront lundi à Paris de surmonter leurs divergences afin d'exposer des propositions communes jeudi prochain au Conseil européen.

En attendant, le président français n'a pu que réaffirmer le caractère stratégique à ses yeux de l'axe Paris-Berlin et du choix d'une "convergence" franco-allemande. "Revenir sur cette stratégie serait absolument impardonnable", a souligné le chef de l'Etat, qui n'a pas hésité à dramatiser la situation.

"LA PEUR EST REVENUE"

"Aujourd'hui, la peur est revenue", a-t-il lancé. Une peur paralysante pour les acteurs économiques et qui, pour la France, est celle de "perdre la maîtrise de son destin", a-t-il dit devant un drapeau français géant, ondulant sur un fond bleu.

"L'Europe peut être balayée par la crise si elle ne se ressaisit pas", la crise de l'euro "peut tout emporter" et la disparition de la monnaie unique aurait "des conséquences dramatiques pour les Français", a-t-il ajouté.

Nicolas Sarkozy a rappelé l'enjeu, pour la France, des négociations avec l'Allemagne : La Banque centrale européenne a un "rôle déterminant à jouer" et "nul ne doit douter" qu'elle assumera ses responsabilités, mais cette solidarité suppose une discipline budgétaire plus stricte au sein de la zone euro.

Il s'est efforcé de rassurer ceux qui, à droite comme à gauche l'accusent de céder à un diktat allemand ou de préparer des abandons de souveraineté au profit des institutions européennes.

"La souveraineté ne s'exerce qu'avec les autres", a-t-il dit. "L'Europe (...) c'est davantage de souveraineté parce que c'est davantage de capacité à agir."

Quant à la convergence franco-allemande, elle ne signifie pas qu'un des deux pays se mette "à la remorque de l'autre" ni que les deux renoncent à leur identité.

En matière de discipline budgétaire, chaque pays de la zone euro devra inscrire une "règle d'or" en matière d'équilibre de ses finances publiques dans sa Constitution.

Concernant la France, "l'idéal, si chacun faisait preuve de responsabilité, serait de le faire avant la présidentielle. Si tel n'était pas le cas, eh bien il faudrait le faire immédiatement après", a-t-il ajouté.