terça-feira, dezembro 30, 2008

As opiniões dos outros

Se o PR se ofende por alguém ter, alguma vez, uma opinião diferente da dele, sobre qualquer assunto, isto melhor mesmo é não termos opinião nenhuma!
É que se temos uma, mesmo esta, de dizer que não devemos ter opinião, pode ser contraditada por S. Excelência a qualquer momento. Perceberam?
É a história do ovo e da galinha. Qual nasceu primeiro? Qual é a contradita do outro?
O problema é que se não temos opinião nenhuma arriscamos um amúo se ele julgar que devemos ter opinião.
A menos que saibamos de antemão todas as suas opiniões e possamos expressar o nosso contentamento por sermos da mesma opinião que S. Exª...
Talvez então possamos ter uma opinião.
Curiosa opinião sobre as opiniões dos outros...

Estatuto dos Açores

Quer dizer, o Parlamento não pode ter uma opinião diferente da do PR?
Claro que tanto pode um, como pode o outro. Não vale a pena fazer de vítima.
Sempre teve os instrumentos para resolver esta contenda. Das duas vezes que devolveu o Estatuto, devia tê-lo enviado ao Tribunal Constucional, tais foram as informações que diz ter recolhido...
E agora perante o enfrentamenmto com a AR, devia ter sido coerente e verificado o "anormal funcionamento das Instituições" ( Afrontamento do PR ) devia ter dissolvido a AR.
Assim ficou pelo "Agarrem-me que não sei o que faço!"

Isto deve servir de resposta,Caro Moura Pinto

Por Margarida Santos Lopes no Público.
Vale a pena ler.
Quem começou as hostilidades?
A 4 de Novembro deste ano, Israel assassinou seis membros do Hamas, violando uma "tahdiyeh" ou trégua, que estabeleceu (mas nunca reconheceu publicamente) com o movimento islâmico, sob mediação egípcia, a 17 de Junho. O Hamas intensificou o lançamento de mísseis e morteiros sobre cidades israelitas – em sete anos, estes disparos mataram pelo menos 20 civis. Israel retaliou sujeitando a Faixa de Gaza a um duro bloqueio económico – com restrição de entrada de alimentos e medicamentos e cortes de combustível –, agravando uma situação humanitária que o Banco Mundial e ONG descreveram como "catastrófica". Khaled Meshaal, o chefe do Hamas exilado em Damasco, justificou a decisão de revogar a "tahdiyeh", a partir do dia 18 de Dezembro, invocando as execuções dos seus operacionais e o cerco a que Gaza está sujeita.Porquê atacar agora?Para alguns analistas, Israel quis aplicar um duro golpe ao Hamas, ainda quem sem a ambição de o eliminar, como tentou, mas fracassou, com o Hezbollah no Líbano, em 2006. Também quis, escreveu o jornal francês "Libération", mudar as regras do jogo antes de uma "desacreditada Administração Bush" sair de cena e Barack Obama entrar na Casa Branca. Decisivo foi também o facto de Israel estar em campanha eleitoral, e de as sondagens beneficiarem o líder da oposição direitista, Benjamin Netanyahu. Que solução para o conflito?Para Israel, dizem analistas, o pior cenário seria o Hezbollah, apoiado pela Síria e financiado pelo Irão, abrir uma "segunda frente" no Líbano. O movimento xiita terá cerca de 40 mil mísseis e provou, em 2006, que sabe resistir ao reputadamente "mais poderoso exército do Médio Oriente". Outro receio é o da eclosão de uma revolta popular na Cisjordânia, onde Mahmoud Abbas tem sido incapaz de obter significativas concessões de Israel: os colonatos continuam a expandir-se, as incursões militares prosseguem, os «checkpoints» não são desmantelados e 6000 prisioneiros permanecem nas cadeias. O cenário mais realista parece, assim, o de negociar uma nova trégua. (...) Conclui Yossi Alpher : "Israel vai ter de escolher se reconhece que o Hamas está para ficar e o aceita como interlocutor, por muito que isso seja intragável, ou se reocupa a Faixa de Gaza, derruba o Hamas e acarreta com todos os custos que isso envolverá."
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Ontem tinha uma resposta toda prontinha e que visitava estes e outros argumentos, mas que uma "avaria" no meu servidor, ou lá como se chama o controleiro de serviço, enviou sem eu perceber como nem porquê, para os quintos dos infernos... e fiquei sem jeito para recomeçar. Afinal está aqui uma resposta às suas procupações.
De facto, e acresecento, Israel é a potência beligerante que utiliza métodos nazis de cortes de água, medicamentos, comida, combustível e que procede às provocações necessárias a manter o Médio Oriente e os EUA na permanente ameaça de "ou é assim ou ainda é pior e atacamos tudo com bombas atómicas".
Israel é e será aquele estado agressor que manda matar até os seus primeiros-ministros e mantém mais de 3 milhões de palestinianos nos campos de concentração do Líbano, dezenas de milhares de prisioneiros sem julgamento ou culpa formada, e transformou Gaza no maior Gueto da História. Nada se lhes compara em fanatismo religioso que embalados pela peregrina ideia de serem o tal Povo escolhido por um deus trafulha, xenófobo, sanguinário, pedófilo e completamente doido, e se julga instituido duma qualquer procuração divina para espalhar o terror!
Moura Pinto, nós não temos uma discordância. O meu caro apenas não olha para a toda a realidade. Tem uma visão parcial do problema.
Termino com uma teoria da conspiração: Que estranha coincidência que logo após a eleição do Bush tenha ocorrido`o 11/9 e agora o Hamas tenha atacado Israel nas vésperas da tomada de posse de Obama.
O primeiro facto trouxe a maior crise militar e fez o maior número de vítimas entre os árabes depois da WWII, e esta agora, vai saldar-se pela ocupação e destruição do embrião do estado Palestiniano. Tudo ao serviço de quem? Quem é o beneficiário das atrocidades ? Qual será o nível de infiltração dos vários serviços secretos?
Dá que pensar!

segunda-feira, dezembro 29, 2008

Sitting ducks...

Manifesto aqui a minha repugnância por este ataque vil e desproporcionado levado a cabo por Israel contra um povo violentado há mais de 50 anos, e que sofre todos os dias o racismo, os embargos e os actos terroristas dos assassínio selectivos e das prisões até de ministros e chefes religiosos. Estes actos de guerra contra populações civis sob pretextos vários, constituem uma das mais negras páginas da História dos homens e da sua vertigem pelo poder a qualquer preço.
São mais um crime contra alvos indefesos, efectuado por um estado renegado e fora-da-lei com meios desproporcionados e equivalentes a dar tiros nos patos dos lagos públicos.
Israel pretende, com esta guerra suja, a destruição do único interlocutor válido e representativo daquele povo tão martirizado, ao mesmo tempo que visa bloquear qualquer iniciativa de paz por parte de Barak Obama e da sua equipa. Este ataque, e a sua violência e brutalidade, são a expressão última daquilo que os sionistas são capazes em vista do que pensam poder vir a ser uma Nova Política para o Médio Oriente e o seu receio de terem de devolver aos palestianianos, mais tarde ou mais cedo, tudo quanto lhes roubaram com a conivência da França, da Inglaterra e dos EUA.
Prova o seu desespero quanto ao retorno dos 3 milhõesde palestinianos refugiados no Líbano...
Confirma o seu pânico quanto à entrada em funções da nova Administração Americana dentro de três semanas.
Estas bombas apenas estão de passagem por Gaza!
Elas um dia vão cair no centro do poder sionista!
Estas bombas também se ouvem em Washington!
A consultar:
http://www.maannews.net/en/index.php
http://www.freegaza.org/
http://www.end-gaza-siege.ps/index.htm
http://electronicintifada.net/
http://palestineblogs.net/
http://palestiniantimes.blogspot.com/
http://www.rebelliousarabgirl.net/
http://www.actionpalestine.org/
http://desertpeace.wordpress.com/
http://www.theheadlines.org/08/27-12-08.shtml
http://palestinefreevoice.blogspot.com/
http://palestinereview.com/

Com amigos destes...

os professores não precisam de inimigos...

De cabeça perdida, em total desalinho de ideias ou de razoáveis recursos, os que mantêm a agitação entre a classe docente e que visam, em última análise, o descrédito de toda a Escola Pública, estes que se dizem representantes dos professores, deitam mão de tudo quanto encontram. Do pior lixo e dos mais ridículos textos que deviam envergonhar qualquer professor de português escorreito.
Felizmente o ridículo não mata.


quinta-feira, dezembro 25, 2008

A coerência do culto da morte

Ou, faz o que digo, mas não faças o que eu faço!





Agora que o Vaticano se declara tão defensor das florestas como da homofobia, coisa que nunca se cansou de repetir ao longo da História, ao mesmo tempo que mandou queimar, por razões de fé e de dogmas bíblicos, na maior tranquilidade, uns milhões de incomodidades,
Considerando que a declaração sobre uma sexualidade voltada para o salvamento da espécie, não podia ser mais oportuna,
O Vaticano aceitou receber da sua aliada Austria - tal como, no passado, recebeu elefantes, tigres e rinocerontes empalhados - um abeto gigante que vivia tranquilo a fixar o carbono e a libertar o oxigénio, há para aí uns 70 ou 80 anos, na calma verdejante duma floresta. E vai de o cimentar na Praça de S. Pedro para dar conta das suas profiundas preocupações sobre os seres vivos deste planeta e da muita alegria em se juntar à festança do consumo desenfreado.

E que tal? Consumiram bem? Mesmo?

Olhem que sem consumo isto afunda-se : É como os tubarões que não podem deixar de nadar, ou morrem afogados...

http://www.youtube.com/watch?v=akC5ZOXxrDk

Longe, entre a Ásia e os EUA trava-se já hoje a mãe de todas as batalhas pelo domínio económico

Lá, onde se trava a mãe de todas as batalhas, seja pela sobrevivência do sistema capitalista tal como o conhecemos, seja pelo efectivo domínio económico e militar, a China com a sua extraordinária força de trabalho barata e domesticada, vai dar cartas em todos os sectores e por um imenso período histórico a que podemos já chamar de
Império Global Chinês
La Chine menace de couper les vivres aux Américains
Dans un édito du China Daily, organe du Parti communiste chinois, les autorités de Pékin mettent les Etats-Unis en garde contre une trop grande confiance dans l’emprunt pour financer les plans de crise: plus gros détenteur de bons du Trésor américain, la Chine menace de couper les injections de dollars frais.

Ce n’est pas parce que la Chine a acheté 65,9 milliards de nouveaux bons du Trésor américain, qu’il faut croire qu’elle va se sauver de la crise à coup de dette ! Publié au lendemain de l’annonce d’une future ponction de 14 milliards pour l’automobile dans la cagnotte Paulson de 700 milliards, un édito du China Dail (quotidien en langue anglaise financé par le Parti communiste remettait Washington à sa place.Sous un titre évocateur (« Les clés du Trésors ») il se faisait porte-parole de Pékin. « Toute erreur sur la gravité de la crise causerait des difficultés aux emprunteurs comme au créditeurs, commence le texte. L’appétit apparemment grandissant du pays pour les bons du Trésors américain n’implique pas qu’ils resteront un investissement rentable sur le long terme ou que le gouvernement américain continuera de dépendre des capitaux étrangers. » Et voilà comment, en une phrase, on menace les Américains de couper la pompe à dollars chinoise qui alimente l’économie états-unienne depuis plusieurs années !Le pistolet sur la tempe de la FedComme le rappelle l’article, la Chine a remplacé depuis septembre le Japon comme premier détenteur étranger de bons du Trésor américain et disposerait aujourd’hui de la bagatelle de 652,9 milliards de dollars d’obligations d’Etat. Un outil de financement de la dette américaine permettant notamment de garantir des taux d’emprunts raisonnables donc une consommation constante… de produits chinois !Or, le China Daily laisse entendre que les bons ne sont guère qu’un placement par défaut pour les centaines de milliards de dollars injectés par les investissements dans l’Empire du milieu : « Au vu des rares débouchés pour investir de façon sûre et profitable ses réserves de change en plein essor, la Chine pourrait malgré tout continuer d’acheter des bons du Trésor malgré les inquiétudes grandissantes quant aux pertes considérables qu’ils pourraient générer. »Les conséquences du retrait des capitaux chinois ont de quoi donner des sueurs froides au premier patron de la Réserve fédérale venu : un retrait massif causerait une hausse brutale des taux d’emprunts, rendant inefficace tout plan de sauvetage des institutions ou entreprises américaines. Mais ce n’est qu’une hypothèse, bien sûr….Une volonté de se rabattre sur l’Europe avant de se tourner vers le marché intérieur ?Critiquant les « énormes plans de sauvetage successifs », les autorités chinoises concluent par de véritables instructions pour Washington : « [le gouvernement américain] devrait se lancer dans une course contre la montre en engageant les réformes pénibles mais nécessaires pour relancer son économie avant que la demande [en bons du trésor] ne commence à décroître. »Si la Chine ne se tourne plus vers les Etats-Unis, il ne lui reste plus beaucoup de débouchés : faute de marché suffisant dans les BRIC (Brésil, Russie, Inde et Chine), le pays n’aura pas beaucoup d’autre choix que se tourner vers une Europe moins touchée par la crise. Une étape en attendant de disposer d’un marché intérieur assez développé pour absorber l’immense production de la machine industrielle chinoise. D’ici là, la récession américaine aidant, les dollars dévalués des réserves chinoises auront été remplacés par des euros."
Eu acrescentaria que a queda do preço das matéria sprima se nomeadamente do custo do petróleo, a continuar, vai constituir um gigantesco impulso à produção industrial chinesa e possibilita no fundo o seu controlo sobre a constituição de reservas efectivas e no mercado de futuros. Quem tiver liquidez disponível pode "abastecer-se" quase até ao infinito de matérias primas a preços de saldo...

Por muito menos fizeram-se tantas fogueiras. Era só terem uma nova oportunidade!

Ferreira Fernandes no DN:
ENQUANTO FOR SÓ CONVERSA...
O Papa tem o direito de dizer que os heterossexuais estão em risco de desaparecer como a floresta amazónica.
Os que acham isso tolo têm o direito de lembrar que o celibato dos padres, esse, é que não só extinguiria os heterossexuais como todo o género humano.
O Papa tem o direito em afirmar a sua verdade, a da Bíblia, onde união sexual é entre "homem" e "mulher", e só.
Os anticatólicos têm o direito de lembrar os casos de papas homossexuais.
Eu, com saudades da minha adolescência quando os filmes eram de cowboys que cavalgavam rumo ao pôr do Sol sem segundas intenções, tenho direito em dizer que me incomoda um filme em que dois cowboys se beijam. Dois cowboys da vida real têm direito de se beijar e dizerem estar-se nas tintas para os meus incómodos.
O Papa, eu, os anticatólicos, os homossexuais militantes e os cowboys temos o direito de dizer o que queremos.
Bom é que não tenhamos o poder para impor aos outros o que eles não querem. Seria bom também que toda esta liberdade de dizer tivesse em conta que há lugares em que homens e mulheres - que são o objecto da nossa conversa - são impedidos de ser aquilo que querem ser, homossexuais."

quarta-feira, dezembro 24, 2008

Uma excelente prenda de Natal pela mão de quem percebe mesmo de Finanças!

Ou Manuela Ferreira Leite no seu melhor!

24 de Dezembro de 2008 - 01h31
Secções PÚBLICO Edição Impressa: Destaque, Opinião, Portugal, Mundo, Temas, Economia, Desporto, Cultura, Media, Local Lisboa, Local Porto
Suplementos PÚBLICO: PÚBLICA, ÍPSILON, FUGAS, ECONOMIA,
Estado pode ter de recomprar dívidas fiscais que vendeu
Sérgio Aníbal
A operação de titularização de créditos fiscais realizada em 2003 continua a ter um impacto financeiro nas contas do Estado
Depois de já ter substituído mais de metade das dívidas fiscais que cedeu ao Citigroup na operação de titularização de 2003, o Estado português pode agora ter de recomprar algumas das dívidas que se revelarem inexistentes.No Parecer da Conta Geral do Estado referente a 2007, ontem entregue pelo Tribunal de Contas na Assembleia da República, a entidade li-derada por Guilherme d'Oliveira Martins faz um balanço do impacto da titularização dos créditos fiscais nos cofres públicos e assinala que, "nos termos contratuais, deixou de ser possível efectuar substituições de créditos depois do dia 20 de Junho de 2007, devendo, a partir dessa data, ser readquiridos pelo Estado os créditos da carteira referentes a dívidas inexistentes ou inexigíveis por factos anteriores à data de separação".A Direcção-Geral dos Impostos (DGCI) garante que até ao final do período analisado pelo Tribunal de Contas (que vai até 29 de Fevereiro de 2008) não foram readquiridos quaisquer créditos, mas o ministro das Finanças admite, em resposta citada no parecer, que "aguardam-se as conclusões dos trabalhos no Siste-ma de Gestão de Créditos Titularizados (Siget) para se efectuarem eventuais recompras". A dúvida está em saber, exactamente, quantos é que são, nos últimos meses, os títulos classificados como "violados", ou seja, aqueles que se verifica não existirem e que forçam o vendedor (Estado) a ressarcir o comprador (Citigroup). Os responsáveis do Tribunal de Contas assinalam que no ficheiro que lhes foi entregue pelas Finanças são contabilizados, entre Setembro de 2007 e Fevereiro de 2008, títulos violados no valor de 27,7 milhões de euros, mas que, no relatório remetido pela DGCI ao Citigroup, o valor que aparece é zero.Questionado pelo tribunal, o ministro das Finanças disse que eventuais dúvidas ficarão desfeitas quando ficar concluído "o desenvolvimento do sistema informático designado por Siget", previsto para o final deste ano. Esta dificuldade em obter informação exacta levou o Tribunal de Contas a defender que, passado tanto tempo depois do início da operação, "não é aceitável que ainda esteja por constituir um sistema informático que assegure informação coerente entre si e com os relatórios entregues ao cessionário".O Estado português já se viu forçado a entregar um número muito elevado de novas dívidas fiscais e à Segurança Social para substituir outras que se revelaram inexistentes. Segundo os cálculos do Tribunal de Contas, desde o início da operação em 2003, 51,8 por cento dos créditos foram substituídos, correspondendo a 33,7 por cento do seu valor. Ou seja, o Estado entregou novas dívidas no valor de 3.187,2 milhões de euros. Entretanto, com tantas substituições, o ritmo de cobrança das dívidas fiscais da carteira vendida ao Citigroup começa finalmente a aproximar-se do previsto inicialmente. Em particular, entre Setembro de 2007 e Fevereiro de 2008, a cobrança ficou 49,3 por cento acima do cenário base. Deste modo, a cobrança acumulada, que nos primeiros semestres não conseguiu mais do que metade do previsto, já atinge agora um valor próximo de 75 por cento. Ao ponto do ministro das Finanças dizer ao Tribunal de Contas que, "pela primeira vez desde o início da operação (...), o cessionário pagou a habitual comissão base acrescida da comissão adicional referente ao prémio previsto sempre que o grau de execução acumulado seja superior a 75 por cento". A operação realizada em 2003 pela então ministra, Ferreira Leite, continua a fazer--se sentir nas contas 51,8%Percentagem dos créditos cedidos ao Citigroup que já tiveram de ser substituídos por outras dívidas, representando 3.187,2 milhões de euros ou 33,7 por cento do valor total da carteira.
Tribunal repete críticas ao Orçamento
Fim
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terça-feira, dezembro 23, 2008

Novilingua

In O País Relativo:
22 Dezembro 2008, 19:40 · Tiago Barbosa Ribeiro

"Fiquei hoje a saber que os professores do ensino básico e secundário não chamam férias às férias, mas sim «pausas lectivas»: cerca de cinco semanas por ano no total, para além das férias propriamente ditas que correspondem a uma «pausa lectiva» superior a dois meses. Está certo. Deve ser aproximadamente o mesmo raciocínio que permite à Fenprof chamar avaliação de desempenho às progressões automáticas na carreira."
Gostaria de acrescentar que não sou um especialista em direito do trabalho mas reconheço que há especialistas em descanso...

segunda-feira, dezembro 22, 2008

Os delírios dos sindicatos dos professores - 3

O que será que o texto abaixo, retirado do La Nacion de Santiago do Chile, tem de comum com a Avaliação que em Portugal o ME tem longamente proposto, negociado e adaptado ás circunstâncias e apelos dos professores em Portugal?
A única semelhança, é a existência de uma reacção corporativa dos sindicatos de ambos os Países, com a diferença que em Portugal o ME já assinou em Abril com os sindicatos um Memorando para a aplicação da Avaliação e que no Chile a Ministra da Educação ameaça com despedimento quem não se submeter a ela!

É ver:
"Para el Mineduc la evaluación docente es fundamental para mejorar la calidad de la educación en Chile. Por eso no está dispuesto a ceder. Los profesores dicen no estar en contra del test, sino que quieren perfeccionarlo. De partida tener tiempo en la jornada laboral para contestarlo.
Jueves 24 de julio de 2008

Por Soraya Rodríguez / La Nación
Ministerio advierte sanciones para quienes no se evalúen y gremio recurre a Contraloría
Mineduc y profesores en pugna por evaluación docente
Ministra Jiménez dijo que el instructivo del Colegio a no evaluarse habla de “mediocridad” y docentes aseguran que esto no es un boicot, sino un llamado a congelar el proceso por un año para perfeccionarlo y ligarlo a una carrera docente.
Las diferencias entre el Ministerio de Educación y el Colegio de Profesores suman y siguen. Ahora el punto discordante es la evaluación docente 2008.
Para el Mineduc el proceso es irrefrenable y vital para mejorar la calidad de la enseñanza; en cambio, para los maestros, se requiere un diálogo eficaz, congelar al menos un año la iniciativa para mejorarla e incorporarla el establecimiento de una carrera docente.
El tema no es nuevo. De hecho el año pasado profesores de la VII Región solicitaron a la Contraloría un pronunciamiento sobre la legalidad de obligar a los profesores a responder los instrumentos de evaluación fuera de los horarios de trabajo (hoy los dirigentes del gremio volvieron a la entidad a buscar respuestas sobre ese informe), mientras que en marzo de este año, la ex ministra del ramo, Yasna Provoste formó un equipo para buscar acuerdo en la materia, a cargo del jefe del Centro de Perfeccionamiento Experimentación e Investigaciones Pedagógicas (CPEIP), Carlos Eugenio Beca.
Tanto en esa instancia como en otras, los maestros explicaron que no se niegan a ser evaluados, pero que no les parece justo ser los únicos sometidos a esta práctica en todo el aparato fiscal y que deban cumplirla en horarios de descanso, sin el pago correspondiente, pues no se establecía en la normativa un horario suficiente para responder el conjunto de ítems que exige el instrumento: pauta de evaluación, entrevista con un evaluador par; informes de referencias de terceros y portafolio, con sus dos módulos, unidad pedagógica y clase filmada.
Historia del desencuentro
La comisión creada por el Mineduc, que también integró la Asociación Chilena de Municipalidades, trabajó seis meses y tuvo ocho reuniones para el "rediseño y corrección del actual sistema" de evaluación docente.
La propuesta de los profesores en esa instancia fue otorgar más tiempo para responder la evaluación (el Mineduc concedió una hora semanal para cumplir con los instrumentos de evaluación); revisar los instrumentos según su especificidad; que se consagre el respeto al derecho a apelación y que la comisión de evaluación comunal tenga un veedor o un representante del gremio para cautelar los intereses del evaluado. No llegaron a acuerdo y el Magisterio calificó de insatisfactoria la respuesta del Mineduc, razón por la cual en su Asamblea Nacional Programática de enero de este año, aprobó realizar una "Consulta Nacional sobre los resultados de la comisión de Evaluación Docente con el Ministerio de Educación".
La consulta nacional se realizó en junio último y en ella participaron 14.048 docentes (de aproximadamente 36 mil que votan normalmente, según Gajardo) y 13.545 rechazaron las correcciones propuestas por el Mineduc.
Sobre esa base, el Colegio resolvió "llamar a la suspensión de la Evaluación Docente mientras esté concordándose la carrera profesional, que fue el anuncio más importante de la Presidenta Bachelet este 21 de mayo para los profesores".
Ni castigo ni boicot
Ante a este escenario, la ministra de Educación, Mónica Jiménez, golpeó la mesa. Dijo que el llamado a no evaluarse habla de mediocridad y dijo que la "evaluación no es un castigo, es una oportunidad que Chile se da para mejorar la calidad de los aprendizajes y mejorar la calidad de los profesores".
A su vez dijo que el llamado del Colegio sería minoritario y recordó que "hay una legislación clara y los que no se presentan quedan declarados insatisfactorios y, por una tercera vez insatisfactorios, los sostenedores tienen que pedir que se retiren del sistema".
Gajardo -quien desde antes de llegar a presidir el gremio manifestó reparos a la evaluación- subrayó que el llamado del colegio "no es un boicot, es una suspensión" por este año para seguir intentando acordar con el Mineduc que la evaluación sea parte del establecimiento de una carrera docente.
"El Colegio de Profesores está de acuerdo con la evaluación, pero sí decimos que tiene que ser dentro de una carrera profesional y que el actual instrumento debe tener correcciones", recalcó el dirigente, quien coincidió en la crítica formulada por Provoste a la actual gestión y dijo que "nosotros pedimos de la señora ministra que realmente tenga una actitud más de diálogo y no tan cerrada".
Respecto a las advertencias las calificó de "un chiste, porque todos los años, en diciembre, despiden a miles de maestros. Nadie tiene estabilidad, ni siquiera los que han sido galardonados por excelencia"

Os delírios dos sindicatos dos professores - 2

Basta um pouco de paciência e alguma seriedade para ir ler nos jornais Chilenos que a Fenprof de lá também quer suspender a avaliação mas que os professores chilenos têm muito mais respeito pela Escola Pública e pela sua profissão do que nos querem fazer acreditar os sindicatos em Portugal.

É ver:

Los dirigentes del Colegio de Profesores ( a Fenprof deles...) confirmaron el llamado a suspender la evaluación docente este año y seguir negociando con el Mineduc.
Lunes 11 de agosto de 2008

Por Soraya Rodríguez / La Nación
Profesores insisten en carrera docente y rechazo a la LGE
La última asamblea nacional del gremio confirmó el llamado a suspender, por este año, la evaluación docente, lo que fue duramente criticado por la Asociación de Municipalidades.

La Asamblea Nacional del Colegio de Profesores confirmó su llamado a suspender por este año la evaluación docente mientras se busquen instancias de acuerdo con el Mineduc para que el desempeño sea parte de un proyecto de ley que establezca una carrera profesional que favorezca al gremio.
"Estamos haciendo un rediseño de los seis puntos planteados al Mineduc. No descarto que podamos llegar a un acuerdo si nos dan ciertas garantías. La postura tomada por el gremio no es cerrar caminos, sino aliviar de la exigencia desproporcionada y abusiva que ha conllevado la aplicación del actual sistema de evaluación a nuestros colegas y producir condiciones para su inserción en la carrera profesional. El ministerio está interesado en buscar salidas. Lo fundamental es que mantengamos la unidad y actuar con los instructivos emanados del Colegio", dijo en su cuenta el presidente de la entidad, Jaime Gajardo.
La decisión de los docentes tuvo inmediata réplica en el presidente de la Asociación de Municipalidades, Ángel Bozán, quien señaló que la insistencia del colectivo sólo desacredita la educación pública.
"Chile quiere tener un sistema público de educación donde los profesores no se resistan a una evaluación", aseguró Bozán, quien agregó que la mayoría de los profesores sí están entrando en el proceso de evaluación docente.
Já era mais do que tempo de os professores portugueses atenderem aos interesses da maioria das famílias, dos nossos jovens e do País!
Também seria mais do que tempo para se darem ao respeito e não propalarem boatos sobre qualquer ligação entre o governo democrático português e a ditadura chilena do século passado!
Está na hora de serem responsabilizados pelas arruaças e pelos boatos atentatórios da democracia em que vivem.

Os delírios dos sindicatos dos professores 1

Um dos delírios mais frequentemente repetido para que se tornasse verdade é um boato que diz que a Avaliação que Maria de Lurdes Rodrigues defende e promove junto das Escolas Públicas, teria sido uma cópia de um tal modelo chileno ...do tempo de Pinochet.
Claro que não lhes chegava desvalorizar a proposta do ME , tinha que ser lançado um anátema. um insulto fascizoide...
Infelizmente tudo não passa de delírios inventados por uns e repetidos por muitos, que têm como característica a falta de escrúpulos ou de princípios democráticos.
É ver o que escreve la Nacion em Outubro deste ano, sobre o estado da Avaliação de professoress naquele país sul-americano:

“Los profesores y profesoras han comprendido el sentido más profundo que tiene la evaluación docente, el de ser un sistema formativo, que aporta en la calidad de la educación. Estamos muy satisfechos, porque el sistema se ha consolidado y ya se han evaluado 53 mil docentes, lo que representa el 73% del total de profesores del sector municipal, con al menos una evaluación”, explicó la Secretaria de Estado.
No se evaluó un 6%
Para este año 2008 la cifra total de inscritos para realizar el proceso es cercana a 17 mil docentes.
Se calcula que un 6% de quienes debían evaluarse no cumplieron con su obligación legal y obtendrán una calificación insatisfactoria como resultado de la aplicación del artículo 36 de la Ley 20.079. Este porcentaje es menor que el del año 2007, cuando se registró un 6,5% de no evaluados."
Os sublinhados são meus.
E claro, como os professores estão a ser utilizados como arma política e como caça votos, nem se dão conta do logro em que se meteram!

domingo, dezembro 21, 2008

Onde é que assino?

E podemos também proibir as touradas como dos espectáculos mais degradantes, grosseiros e grotescos?

In Câmara de Comuns:
Eu sabia que havia uma manifestação para eu apoiar a 100%...
Associação Animal protesta à porta de circos contra violência sobre animais

sábado, dezembro 20, 2008

Esta minha memória...

Isto já não é como era.
É que não me recordo de quando é que a esquerda da Esquerda, a verdadeira, a que quebra mas não dobra, a que anseia os horizontes e os amanhãs operários, não me recordo dela se ter insurgido, reunido, esperneado, discursado, votado e não votado, com e sem declarações de voto, ou ameaçado com golpes palciano-teatrais quando foi dos governos de Cavaco Silva com duas arrogãncias absolutas, privatizações a esmo, indemnizações latifundiárias e chanfalhada nos polícias, nos padres, nos estudantes, os perdões fiscais, os monstros dos milhões de recibos verdes e o outro dos milhões de Bruxelas que pura e simplesmente não se soube deles para além do betão puro e duro, e sem falar da eficácia redestributiva do consulado de Durão Barroso, das divertidas ideias igualitárias do cheque-ensino e do cheque-saúde...
E onde terá ido de férias esta intransigentérrima esquerda, infrene e sagaz que, no governo de Guterres, tudo fez para o derrubar e lá colocar os seus prediletos PSD e CDS?
É que não me lembro!
Tal como devo ter esquecido as plataformas, os convénios, as reflexões, os espaços de análise e os estados de sítio que promoveram para entalar o extraordinário desgoverno do Santana Lopes e do ainda mais extraordinário défice de 6,83% que deixaram em herança ao este PS que, em vez de continuar a gastar á tripa-forra, se lembrou, imagine-se a arrogância, de poupar para evitar passar cheques sobre o futuro...
Simplesmente não me recordo!
Esta minha memória prega-me cada peça!

quinta-feira, dezembro 18, 2008

Querem regressar ao tempo da Inquisição ?

A miséria intelectual agora dá-lhes para se refugiarem nas Ordens dos Jesuitas do Sec XV e XVI, travestidos em prosélitos da fé!
Estes professores andam a fumar que tipo de oregãos?
Querem ser tratados como atrasados mentais e ao serviço dos poderosos que pagam Colégios Planaltos e Opus Dei?: Esqueçam a publicidade...dizem!
Já só falta uma inquisiçãozinha para compor o ramalhete da falta de vergonha.
O PCP aliado ao pior da ICR! Ao que ainda iremos assistir?

Mas que tristes figuras, parte 2

Manuel Alegre como lider opinion dos banqueiros vigaristas...
Isto quem tem memória de grilo falante e telhados de vidro sujeita-se a ser desmascarado em público.
O que dirá agora a Roseta, o Louçã, a Benavente, destas caçadas pagas a preço de ouro?
Clicar para ler o panegírico ao BPP [Agência BBDO]


Quem diria que o insuspeito homem de esquerda — da verdadeira, a da Bayer —, sempre pronto a atacar qualquer suposto desvio à linha justa e a fazer uma ampla coligação com os órfãos de Trotsky, Brejnev e Enver Hoxha, seria capaz de acreditar no capital financeiro? Ai o maroto, ainda por cima precisamente em relação ao “banco das grandes fortunas”?Pois é, de Manuel Alegre seria de esperar tudo — menos isto.
Cantar Che Guevara em poesia, desancar o PS, caçar perdizes ou coelhos em ambiente bucólico, declamar com voz grave Os Lusíadas, etc., etc., etc., é habitual e ninguém se surpreende. Mas, no meio de tudo isto, Manuel Alegre ainda ter tempo para nos alertar para os perigos de salvar bancos, quando por “uma par de Purdeys” (as Roll-Royce das espingardas) andou a cantar loas ao banco de João Rendeiro, mostra um amor desmesurado pela caça — e uma profunda convicção de que em política não há memória.

quarta-feira, dezembro 17, 2008

Mas que triste figura que ele anda a fazer!


Tão cheio de si e das suas razões que um dia ainda rebenta!
Que triste figura e que vãs ameaças!
"O Sócrates conhece-me, sabe do que sou capaz!"
Isto, para quem nunca teve qualquer profissão mas várias remunerações e muitas mordomias, mais parece um cuspir no prato da sopa que comeu!

Não podia ser mais explícito...

Hoje é dia de recordar o que é o populismo

17 de Dezembro, 2008 por Outubro

Populismo quer dizer demagogia infrene, exploração das emoções, primarismo ideológico, culto quase messiânico do líder, cumplicidade activa com a comunicação social tablóide, espectacularização da política, atenção exclusiva ao curto prazo, desprezo pelas regras institucionais.
Populismo é substituir os cidadãos pelas massas, a política pela festa, as ideias pelo glamour. Populismo é fazer-se de vítima e piscar o olho aos ressabiados dos vários quadrantes. É escarnecer dos que têm noção de serviço público. É exibir a mania das grandezas, prometer “obra” e “animação”. É esconder o vazio com a paródia. É cultivar o clientelismo e a dependência. É preferir o truque, o tráfico de influências, a gestão dos interesses, a negociata.
O populista odeia o trabalho, o estudo, o rigor, o planeamento, o médio prazo, a transparência, a prestação de contas, o compromisso, o escrutínio, o debate de ideias. O populista adora a multidão e a rua tanto quanto aborrece os cidadãos e a cidade.
O populista não olha a meios para atacar os adversários e procura sistematicamente feri-los na sua honra e dignidade.
Há quem se renda ao populista porque confia que lhe traz vantagens no imediato, mesmo sabendo que o preço a pagar será enorme. Há quem se renda porque no fundo se revê nele, porque lhe inveja a desenvoltura e o sucesso. Há quem se renda porque desistiu de pensar e agir com responsabilidade.
Quem se rende ao populismo não ama a democracia.
Augusto Santos Silva

terça-feira, dezembro 16, 2008

Então a gritaria sobre a super, super, supervisão bancária e as centenas de funcionários? Eihn?

A conta ou a vida ! Isto foi um assalto!
Então o tal de Madoff, mas isto é nome de alguém com um pingo de honestidade?, enganou, vigarizou, dona-branqueou e alvesreisou 4/5 do mundo e as super, super, hiper, hiper, jumbo, jumbo-visões não catrapiscaram nada?
Nem um bocadinho?
E aqui em Portugal a enorme histeria que se levantou quando um bando de assaltantes de meia-tijela enganaram umas tantas figuras da alta-roda da finança e da gestão de activos ( mais pareciam passivos , mas isso é outro post!)
Ele, o Madoff pedia dinheiro aos bancos como quem exige que lhe pagassem impostos, "faça-me hoje um depósito de mil milhões , sem falta, que lhe dou 15% dentro de um mês, e os banqueiros super hiper, jumbo controlados e avaliados e essas coisas, iam a correr buscar ao fundo dos seus cofres, a massa dos incautos e iam ainda mais a correr fazer a transferência que estava-se mesmo a ver, era uma dona-branca, uma estafa, um alvesreisismo, uma branqueação descarada e a tal da super, hiper, jumbo-super-visão, não via um boi?
Um tal de Mad Off enganou 4/5 do mundo, atirou para o brejo com o que restava da credibilidade da banca mundial - se é que ainda havia o que mandar para lá !! - e vai de pagar uma fiança? Como no caso aqui da nossa parvónia onde os "administradores" vigaristas e aldrabões de pacotilha que nem conseguiram enganar quase ninguém mas ficaram podres de ricos e tudo e agora diz que vão ter de pagar umas coimas de um milhão de oiros? E as famílias deles estão bem muito obrigado que os paraísos fiscais e outras mordomias o que querem é destes depositantes, gente séria e super- hiper-jumbo-visionada.
E o conto do vigário, que mais parece uma história de embalar comparado com esta rapaziada, tem que ser assumido pelos governos que nada podem fazer senão pagar as contas que os gajos deixaram penduradas. É a "conta ou a vida"!
Que grande ironia do capitalismo selvagem deixado à solta pelas wall streets das chamadas grandes praças financeiras que não passam, deixa-me cá ver, de uma cambada de candidatos a um super-hiper-jumbo-paredon!
É que não há mesmo alternativa: Ou nós, ou eles! A conta ou a vida!
Mas, claro, convém também acabar de vez com qualquer resquício de supervisão bancária. Como? Fácil. Atacando o nosso próprio BdP e a sua equipa de gestores que não conseguem ver o que todos nunca viram, apesar de todas as empresas de supervisão...

segunda-feira, dezembro 15, 2008

Para ver se os professores ao menos lêem.

Porque é uma vergonha o facto de uns agitadores terem conseguido capturar milhares e milhares de professores que os seguem sem critério e sem se informarem, aqui fica o desmentido àcerca dos disparates que repetem até não saberem do que é que falam:

"Para prosseguir o esforço de esclarecimento e contrariar alguma ideias erradas relativas ao processo de avaliação de desempenho docente, o Ministério da Educação refuta 10 das noções erradas mais frequentes que surgem quando se discute este tema.
Mito 1 - É um processo muito pesado e burocrático
Não. Os professores avaliados, cerca de 70% do total de professores, apenas intervêm no processo na definição dos seus objectivos individuais e na auto-avaliação. A definição dos objectivos, que inicia o processo de avaliação, segue as orientações de cada escola e é um processo semelhante ao adoptado em todas as organizações. É em função destes objectivos que cada avaliado preenche, no fim do ciclo avaliativo, a ficha de auto-avaliação. Os professores avaliadores têm um volume de trabalho maior, motivo pelo qual lhes foram atribuídas condições especiais de horário.
Mito 2 - A avaliação impede os professores de darem aulas
Não, uma vez que os professores avaliados têm intervenções pontuais no processo, e os horários dos professores avaliadores já integram, regra geral, as horas necessárias ao exercício das actividades de avaliação. Além disso, eventuais necessidades adicionais de redução de horário, na sequência das recentes medidas de simplificação da aplicação do modelo de avaliação, poderão ser ultrapassadas por recurso ao pagamento de horas extraordinárias, de forma a evitar que os professores abandonem as suas turmas.
Mito 3 - O modelo de avaliação de desempenho docente não é exequível
O modelo de avaliação está a ser aplicado em muitas escolas e milhares de professores já desenvolveram, no corrente ano lectivo, actividades associadas à concretização da avaliação. No entanto, face a dificuldades identificadas por escolas e professores, foram tomadas medidas que visam a melhoria das condições de concretização da avaliação.
Mito 4 - Os professores têm que organizar um portefólio exaustivo e complexo.
Não. A escola apenas deverá requerer que o professor reúna elementos decorrentes do exercício da sua profissão que não constem dos registos e dos sistemas de informação da escola e que sejam relevantes para a avaliação do seu desempenho. Aliás, no modelo de avaliação anterior, todos os professores já tinham de organizar um portefólio para poderem ser avaliados, constituindo este (juntamente com o relatório crítico de auto-avaliação) o único instrumento de avaliação.
Mito 5 - As escolas têm que registar o desempenho dos avaliados em instrumentos complexos
Os instrumentos de registo de informação e indicadores de medida são definidos e elaborados nas escolas, no quadro da sua autonomia, devendo estes ser simples e claros. Nos casos em que tenham sido definidos procedimentos e instrumentos demasiado complexos, as direcções executivas das escolas devem garantir a sua simplificação, estando o Ministério da Educação a apoiar este trabalho junto de todas as escolas.
Mito 6 - Os professores avaliam-se uns aos outros
A avaliação de desempenho docente é feita no interior da cada escola, sendo avaliadores os membros do órgão executivo e os professores coordenadores de departamento, que exercem funções de chefias intermédias. Não se trata, pois, de pares que se avaliam uns aos outros, mas de professores mais experientes, investidos de um estatuto específico, que lhes foi conferido pelo exercício de um poder hierárquico ou pela nomeação na categoria de professor titular.
Mito 7 - Os professores titulares não são competentes para avaliar
Acederam à categoria de professor titular, numa primeira fase, aqueles que cumpriam critérios de experiência profissional, formação e habilitações considerados fundamentais para o exercício de funções de maior complexidade, como sejam a coordenação do trabalho, o apoio e orientação dos restantes docentes e a avaliação de desempenho. Assim, não é compreensível nem sustentável a ideia de que os cerca de 35 000 professores titulares que existem actualmente, seleccionados, por concurso, de entre os professores mais experientes, não tenham as competências necessárias ao exercício da função de avaliador.
Mito 8 - Avaliados e avaliadores competem pelas mesmas quotas
Não. As percentagens definidas para a atribuição das menções qualitativas de Excelente e Muito Bom, em cada escola, são aplicadas separadamente aos diferentes grupos de docentes. Está assim, assegurada a atribuição separada de quotas a avaliadores e avaliados.
Mito 9 - A estruturação na carreira impede os professores de progredir
Não. Todos aqueles que obtiverem a classificação de Bom (para a qual não existem quotas) podem progredir na carreira. Para além disso, é importante referir que, neste primeiro ciclo avaliativo, os efeitos de eventuais classificações negativas ficam condicionados ao resultado de uma avaliação a realizar no ciclo avaliativo seguinte. Ou seja, uma classificação negativa só terá consequências na carreira se for confirmada na avaliação seguinte.
Mito 10 - A avaliação de desempenho é injusta e prejudica os professores.
Este modelo não prejudica os professores, assegurando as condições para a progressão normal na carreira, incluindo o acesso à categoria de professor titular, para quem atinja a classificação de Bom, para a qual não existem quotas. Neste período transitório existe uma protecção adicional para os professores, que decorre da não aplicação de efeitos das classificações negativas. É, assim, mais vantajoso que o sistema em vigor para a administração pública.
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Quantos dos professores já honestamente leram e se informaram?
Ficar-lhes-ia melhor irem-se informando...sobre o que lhes diz respeito em vez de proferirem boçalidades nos blogs e nas manifs do PCP/Fenprof/CGTP cujo calendário só por acaso coincide, por ora, com o dos professores...desinformados

sexta-feira, dezembro 12, 2008

Imperdível!

Como se faz um mestrado?
Como se (in)forma um professor de topo? O que lê? O que escreve?
Quantas horas trabalha por semana?
Quantos dias vai à escola por semana?

O que é preciso é ter paciência para os ler! Está lá tudo escrito:

"
Greve!
Aponto para os blogs do Paulo Guinote, A Educação do meu Umbigo, para uma visão da greve a nível nacional, e para o Ai Jesus, para uma visão da greve no distrito de Viseu...
61% o CATANO!!!!!!!!!!!
PS- Os comentários fazem-nos os leitores. Que diabo! É uma professorinha e podia melindrar-se

Finalmente os Professores foram avaliados, e como!

Segundo o Expresso, e com uma maioria de aplausos:

Ministério declara negociações "fechadas"
O secretário de Estado, Jorge Pereira, diz estar desiludido com a proposta dos sindicatos e que as negociações para a avaliação de desempenho para este ano lectivo estão encerradas, apelando para aceitarem a "legitimidade do Governo para governar".
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Já era tempo de dizer Basta! a estes arruaceiros, a estes utilizadores de crianças, aos que compraram os ovos e esconderam a mão.
Que dizia eu de começarem a ser instalados uns Processos Disciplinares por insubordinação, desrespeito das hierarquias e dos superiores hierarquicos'? Por insultos públicos, à honra, e até ao pudor dos seus superiores? Mas PDs com vista ao despedimento! Com consequências!
É que, como dizia o saudoso Coimbra, que vcs não conheceram, mas que tinha no curriculo uma dezena de anos no Tarrafal): A Democracia tem limites
Era tempo de avaliar, de facto, estes interlocutores!

E agora uma coisa completamente diferente. Pra desenjoar!

Via Terra dos Espantos: COMER E CALAR!
A bancada parlamentar do PSD não vai justificar faltas dos seus deputados por trabalho político sem aviso prévio.
Por outras palavras: os deputados do PSD são tratados como garotos, pela direcção da sua bancada.
E comem e calam? É que, quem come e cala, consente. Se calhar, acham que não merecem outro tratamento. Será ?
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A mão amiga e compreensiva da doce velhinha que compreende, hoje, deputados com a mesma candura com que compreendeu, então, estudantes e ,agora, apoia os docentes pro-avaliação.
Não , não me enganei!
...os professores são a favor da Avalição. Ainda não perceberam?

Agora os srs. Professores têm de aguardar a sua vez. Já tiraram a senha?

Sócrates convoca Conselho de Ministros extraordinário para sábado
O primeiro-ministro José Sócrates anunciou hoje em Bruxelas a realização de um Conselho de Ministros extraordinário no sábado para a aprovação do plano português de resposta à crise financeira e económica. 09:12
Barroso confirma acordo sobre plano de relançamento de 200 mil milhões de euros00:05
“A crise está a criar a tempestade perfeita” 00:05
UE perto de consenso no clima e economia10:10
Sócrates confirma "boa base de entendimento" sobre plano para relançar a economia europeia12:57
Sócrates convence líderes a encurtar prazo de adjudicação de projectos públicos de grande envergadura
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E já agora, oh gente!, para os que lhe mandaram rezar missas por alma, a Irlanda comprometeu-se com a realização de um Referendo sério e honesto ( leia-se sem abortos nem falsas neutralidades!) no sentido da Ratificação do Tratado de Lisboa.
E para que conste, foi também aprovado o mais ambicioso plano de defesa do ambiemnte e de controlo de emissõesde CO2!
Por acaso tudo isto sob um forte impulso de Portugal e de Durão Barroso...
Perguntem à Oposição irresponsável e trauliteira o que tem andado a fazer!
Têm andado a tratar de quê?

Agora só falta convencer a D. Manuela...

Sócrates convence líderes a encurtar prazo de adjudicação de projectos públicos de grande envergadura
Os líderes europeus concordaram hoje, em Bruxelas, com uma proposta portuguesa para reduzir provisoriamente, durante 2009 e 2010, de 87 para 30 dias a duração do processo de adjudicação de projectos públicos de grande envergadura, revelou à Lusa fonte comunitária.
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Não eram Obras Públicas, pois não?
Pois não! Eram Obras Inteligentes! ( MFL dixit!)
...as confusões que estes líderes europeus fazem...

É preciso defender a Escola Pública. Os valores da Democracia e os que todos os dias lutam por ela! 3

In Atlântico ( que não pode ser tido como apoiante deste Governo ):


"Simpatizo com o desejo dos professores de uma educação menos burocrática. Mas isso implica necessariamente uma avaliação mais simplificada. E uma gestão mais profissional das escolas.

Implica sobretudo confiança entre professores. ( O link é meu. Está relacionado...)

O lado mais bizarro desta crise foi ver «defensores dos professores» chegarem ao ponto de implicitamente acusarem a generalidade dos professores (se não a questão seria irrelevante) de estarem dispostos a deliberadamente falsificarem a avaliação (as notas) dos alunos ( O link também é de minha autoria. Está mais do que relacionado), para benefício da sua própria avaliação, ou deturparem a avalição de outros colegas! Com defensores destes, quem precisa de inimigos?"
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Acrescentar o quê?

Em busca da Arca do Crédito Político, ou como se pode ser atacado pela amnésia

In Causa Nostra com um forte aplauso:
"PSD-MFL e Guantanamo: ó pra ela...
[Publicado por AG] [Permanent Link]
Diz a LUSA que "a líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, lamentou hoje que o Governo não tenha consultado os partidos da oposição sobre o acolhimento de prisioneiros de Guantanamo, afirmando que em política externa é desejável "um consenso entre governo e oposições". Alguém fará o favor de recordar à líder do PSD que o tal consenso em matéria de política externa entre governo e oposições foi ostensivamente mandado às urtigas pelo Executivo que a Dra. Manuela Ferreira Leite integrou e que o Dr. Durão Barroso chefiou, quando decidiu apoiar a invasão do Iraque, contra as oposições e a esmagadora maioria do povo português?Alguém fará o favor de fazer notar à líder do PSD que o tal consensozinho em matéria de política externa foi mandado às urtigas pelo Governo que ela integrou, e que o Dr. Durão Barroso chefiou, quando decidiu dar luz verde à passagem e aterragem em Portugal de aviões fretados pela CIA e de aviões militares americanos carregadinhos de prisioneiros, destinados a Guantanamo e às prisões secretas para onde o Presidente Bush decidiu "deslocalizar" a tortura? Em 2003 e 2004 eu mesma exerci o cargo de Secretária para as Relações Internacionais do PS e garanto que nunca, mas nunca, durante esses anos, o Governo Durão Barroso notificou sequer o maior partido da oposição dos servicinhos que disponibilizava à Administração Bush."
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Quando a Dona Manuela acertar uma, digam-me, tá bem?

É preciso defender a Escola Pública. Os valores da Democracia e os que todos os dias lutam por ela! 2

Setora disse...
"Há mais quem pense como eu e o diga de melhor forma. Cá fica.
Desidério Murcho faz a Perguntinha no “de rerum natura”
Parece-me que uma das perguntas mais relevantes no que respeita à avaliação dos professores é a seguinte:
Com esta ou outra avaliação, ou sem qualquer avaliação, que diferença faz no que respeita à excelência no ensino?
Que diferença faz na qualidade do ensino real, que os estudantes realmente recebem na escola?
E a resposta que me parece plausível é:
“Não faz qualquer diferença relevante”.
Não é com esta ou com outra avaliação que a qualidade do ensino será promovida.
Esta avaliação tem por único objectivo poupar dinheiro, vedando o acesso ao topo da carreira à maior parte dos professores.
E os protestos dos professores têm como única razão de ser a tolice burocrática e kafkiana que o processo de avaliação envolve.
O que realmente conta para promover a qualidade do ensino, contudo, não é abordado.
Nem os dirigentes educativos nem os professores estão genuinamente comprometidos com a tentativa de melhorar o ensino. Houvesse esse comprometimento, e o debate seria completamente diferente."

Resposta a uma Setora:

Porque o seu comentário é um verdadeiro paradigma da sua posição de classe, tenho o maior gosto em responder-lhe:

Setora,
Deixe-me adivinhar:
Os culpados da Escola Pública estar como está, e dos srs professores não quererem ser avaliados, tal como diz, é dos diferentes ministros, dos pais, e da sociedade.
Nada disto é com os professores: Eles são todos excelentes, e doutra galáxia.
Viu? Foi fácil!
Primeiro foram os governos que deram de ombros. O assunto não era com eles.
Eles faziam óptimos programas, destribuiam o nosso dinheiro por tudo o que era capela e reivindincação, acabavam tranquilamente com qualquer exigência, a começar exactamente nos professores corporativizados e a acabar nos destinatários da educação: as crianças e jovens, e que cada um tratasse de si.
Os que tivessem dinheiro e ânimo para entender a necessidade da educação e da aprendizagem , esses, as famílias ( as boas , claro!) salvavam-se da ignorância.
Os outros?
Quais outros?
Ah!, esses! Bom, esses podiam ser divididos em vários grupos, que sempre coloriam a sociedade. Os polícias, os ladrões ( esses não, os outros!), os ciganos, os do interior, os emigrantes analfabetos, os empresários com a 4ª classe, os eleitores manipuláveis pela ICR, os devotos de Fátima, as mulheres espancadas e mortas, as casas mais ou menos pias.
Quer mais, senhora professora? Era disto que gostava? É disto que tem saudades? Dos eleitores semi-analfabetos que se arrebanham com bolos e nas feiras? Com electrodomésticos e com garraiadas madeirenses? É esta democracia que a reconforta? Se é, tenha paciência, vá escrever para o seu blog. Aproveite enquanto houver quem a saiba ler...
Mas o que é notável, o que arrepia numa professora, é que nem se dá conta do que escreve àcerca dos seus pares: Que eles não estão, nem nunca estiveram preocupados como ensino: " nem os professores estão genuinamente comprometidos com a tentativa de melhorar o ensino"
O que é que quer que lhe diga? A Setora Eugénia Prata Pinheiro tira-me as palavras do teclado...
PS- Não se "ofenda" com a etiqueta PCP. Ela refere apenas os agitadores e os oportunistas que esperam colher os frutos podres do "quanto pior, melhor!" e cavalgar a onda dos desmiolados. Não será o seu caso!
Atentamente!

quinta-feira, dezembro 11, 2008

É preciso defender a Escola Pública. Os valores da Democracia e os que todos os dias lutam por ela!

Aconselho:
http://quemtemmedodaavaliacao.blogspot.com/

O tal Guinote vai tirando a máscara e o que vemos é nojento!

http://educar.wordpress.com/2008/12/10/manifesto-anti-%e2%80%93-jose-jorge-lemos-e-lourdes-ld%c2%aa/
Posted by Paulo Guinote under Deixa-me Rir, Manifesto
Um país que consente deixar-se amesquinhar por governantes a fazer de conta é um país que nunca o foi! É uma corja de indigentes, de indignos e de cegos! É uma teia de aranhões e um bando de covardes!
Um país com um José, um Lemos , um Jorge e uma Lurdes a mandar na Educação é um barco desgovernado, uma capoeira sem galo, uma universidade Lusíada!
O Zé é um mentiroso ! o Lemos é um gazeteiro! O Jorge é revanchista! A Lurdes é neofascista!
O Zé é um guterrista degenerado, mal agradecido e tem a mania!
O Lemos saberá vestir-se, saberá calçar-se, saberá lavar-se, saberá tudo menos ser secretário de Estado.
O Jorge pesca tanto de Educação como de dar aulas!
A Lurdes é habilidosa mas usa roupa de feira!
A Lurdes é Lurdes!
A Lurdes é uma Maria vai c’o as outras!
Não é preciso ir p’ra Ministra p’ra se ser pantomineira. Basta ser pantomineira!
Não é preciso fingir-se de ferro quando se é feita de palha. E a Lurdes é feita de palha!
Ponham um fósforo na Lurdes e vejam. Arde em trinta segundos!
A Lurdes nasceu p’ra engordar depressa . P’ra ser sisuda e frustrada. Não foi p’ra ser Ministra!
A Lurdes deita p’ra fora o que já sabemos que vai sair!
Em génio a Lurdes é zero ; E em talento é abaixo de zero!
A Lurdes é quase horrorosa e cheira a perfume LeclerK!
A Lurdes não tem consciência. Ou se a tem não está limpa. É a vergonha dos professores universitários e dos licenciados em sociologia!
E ainda há quem a admire, quem lhe estenda a mão e quem lhe lave a roupa!
E ainda há quem duvide que a Lurdes não sabe nada, não vale nada, não é inteligente, nem esperta, nem zero!
Não queiram ser arrogantes como a Lurdes! Sejam apenas arrogantes, se tiverem que ser arrogantes.
Se forem mais que arrogantes já são quase como a Lurdes e não vos ficará bem.
Sorriam, sejam felizes! Deixem a Lurdes ser sisuda sozinha!
Não a queiram! Não a amem! Não a tolerem!
Deixem-na ser quem é sozinha! Dentro de casa, de porta fechada!
E tranquem-lhe bem a porta!
A Lurdes está cheia de tudo o que é mau p’ró Ensino e pode contaminar!
Tirem a Lurdes dali. Depressa que posso perder a cabeça!
ASSINA: Ana Maria Saudade de Guterres
Cunha Ribeiro
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Aqueles que acolhem este tipo de textos, e os acarinham e os não desprezam, o que é que esperam aconteça se um dia encontrarem um pai, um avô, que se tenha ofendido com esta qualidade civilizacional?
Com este esterco filosofal?
Se me pergunatrem com bons modos, eu informo! Se me encontrarem, garanto que se recordarão da expressão da minha admiração!
Entretanto sugiro uma nova leitura do "magnífico" texto feito e apoiado por professores deste país!
por professores que exigem ser ouvidos e respeitados!
Vá releiam!

Mesmo as visitas ao Zoo podem ter o seu lado educativo

Via Câmara Corporativa, sem mais comentários.
Cada um faça os seus. Se desejarem enviem-mos.
Ando a fazer uma colecção.

quarta-feira, dezembro 10, 2008

Carta aberta aos Srs. Professores que se sentem visados por este blogue

Depois de escrever o título deste post mudei de ideias.
É uma das prerrogativas dos autores. Dos que dão a cara. Daqueles que não se escondem atrás de anonimatos mais cómodos.
Mudei de ideias.
Vou mas é dirigir-me aos que nunca sentiram que as minhas críticas os visassem.
Quer dizer, hoje escrevo aos bons professores, aos que como alguns dos meus familiares, tudo deram à Escola Pública.
Escrevo até aos que a Pide retirou o Diploma de professor por perigosidade cívica. Sem julgamento e sem acusação.
Escrevo a uma velhinha de 80 anos que juntava as sopeiras do prédio , altas horas da noite, para lhes ensinar a Cartilha do João de Deus até adormecerem, todas, por cima da mesa da cozinha...
Escrevo a todos os outros que durante anos a fio deram o que tinham de melhor aos seus alunos.
Sem atender a quaisquer outros valores. Apenas os alunos. Sem atender às suas origem de classe e ao atraso relativo em que se encontravam.
Escrevo aos que de noite, andando em transportes públicos, tentaram que alunos adultos lessem uma notícia de jornal e a percebessem. Isto não foi em Angola nem em Cabo Verde, foi em Azeitão. Também não foi em 1930. Não. Foi em 1992 ou 1993..
Escrevo aos que se incomodam com o atraso nacional. Escrevo aos que não se revêem nos professores carreiristas, nos que faltam metade do ano, nos que saem em arruaças e que insultam, a esmo, a Ministra e o Governo legítimo, dos que tudo exigem e pouco dão.
Escrevo aos professores dedicados e aos que tomaram a sua profissão como um "metier", uma coisa onde deixam a pele, todos os dias.
Aos que ensinam aprendendo, e que respeitam as hierarquias e se fazem respeitar.
Só estes professores me motivam, e a eles dedico algumas das minhas fracas capacidades neste blog.
Os outros, que me desculpem, mas há por aí muito blog onde se podem rever, aqueles onde sobram os insultos e sobejam os seus apaniguados, abundam os denunciantes, amontoam-se os que querem manter este País na cauda da Europa. À custa do contribuinte e das nossas crianças.
Eu fico pelos primeiros!
É que, como diz Saramago, até o Salvador declarou que não trazia a salvação, mas apenas a espada!

terça-feira, dezembro 09, 2008

A Igreja, os professores e os números. Ou como se faz um monstro

Que tal uma visita à Velhice do Padre Eterno?
A Guerra Junqueiro?
A "Como se faz um monstro"? Ora vamos lá:

Como ninguém ignora, os sórdidos palhaços
Compram, roubam às mães as loiras criancinhas,
Torcem-lhes o pescoço, as mãos, os pés, os braços,
Transformam-lhes num junco elástico as espinhas,
E exibem-nas depois nos palcos das barracas,
Dando saltos mortais e devorando facas
Ante o espanto imbecil da ingénua multidão;
E para lhes cobrir a lividez plangente
Costumam-lhes pintar carnavalescamente
Na face de alvaiade, um rir de vermelhão.
Também o jesuitismo hipócrita-romano,
Palhaço clerical, anda pelos caminhos
A comprar, a furtar, assim como um cigano,
As crianças às mães, os rouxinóis aos ninhos.
Vão levá-las depois ao negro seminário,
Às terríveis galés, ao sacro matadoiro,
E escondem-nas da luz, assim como o usurário
Esconde também dela os seus punhados d'oiro.
Dentro da estupidez e da superstição,
Casamata da fé, guardam-lhes a razão,
A análise, esse forte e venenoso fluido,
Que, andando em liberdade, ao mínimo descuido
Poderia estoirar com trágica explosão.
O que o palhaço faz ao corpo da criança,
Fazem-lho à alma, até que dela reste enfim,
Em lugar do histrião que nas barracas dança,
O pobre missionário, o inútil manequim,
O histrião que nos prega a bem-aventurança
A murros de missal e a roncos de latim.
As almas infantis são brandas como a neve,
São pérolas de leite em urnas virginais:
Tudo quanto se grava e quanto ali se escreve,
Cristaliza em seguida e não se apaga mais.
Desta forma, consegue o astucioso clero
Transformar, de repente, uma criança loira
Num pássaro nocturno estúpido e sincero.
É abrir-lhe na cabeça a golpes de tesoira
A marca industrial do fabricante um zero!

Ainda não é bem um milagre....mas para já não me parece nada mal...

Eu não vos dizia que, afinal, sempre era um problema de comunicação? Uma questão do foro médico?:
Segundo transcreve , todo animado, o ProfAvaliação, os representantes sindicais foram a Fátima ter com as autoridades que são responsáveis por séculos de obscurantismo, milhares de mortos e de muita queima de livros, e para quê?
Para que os apoiem na luta contra as autoridades legítimas e contra uma política de Escola Pública, laica, independente e democrática.
Tudo assuntos sobre os quais os bispos católicos são naturais autoridades:
IGREJA CATÓLICA DEFENDE QUE A VOZ DOS PROFESSORES TEM QUE SER OUVIDA
"O porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), padre Manuel Morujão, afirmou hoje que existem "problemas de audição" na Educação, defendendo que a voz dos professores tem de ser ouvida.
"Tem havido problemas de audição, de ouvir as vozes que gritaram forte e, certamente, não gritaram tanto contra, mas em favor de um melhor projecto de educação", afirmou o responsável no final de uma reunião que juntou o presidente da CEP, D.Jorge Ortiga, e representantes de oito dos onze sindicatos que integram a Plataforma Sindical dos Professores.
O secretário da CEP reconheceu que se sente um "mal-estar profundo" na Educação, que não se circunscreve ao modelo de avaliação dos professores ou à carreira docente, bastando para o reconhecer "abrir os olhos, os ouvidos e o coração".Fonte
: RTP1, 9/12/08

Comentário ( da mesma origem, diga-se!)
Estas palavras amigas do porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa são boas de ouvir. Eu esperava estas palavras. Ao longo desta longa luta, a Igreja Católica esteve sempre do lado dos professores. A Igreja Católica sabe do que fala. É a instituição mais antiga no ramo da Educação. Criou e gere os melhores colégios e universidades do Mundo. É com atitudes destas que a Igreja Católica toca os nossos corações. Sabemos que não toca os corações empedernidos dos nossos governantes. Pois eles até mandaram retirar os crucifixos das escolas. E essa foi mais uma prova da sua desumanidade. Porque é de desumanidade que se trata quando se fustiga e maltrata um grupo profissional constituído, esmagadoramente, por mulheres e mães. Dificilmente, serão perdoados.
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fico mesmo comovido com esta tirada apologética do fundamentalismo religioso, do sectarismo anti-Constituição, Lei que os professores, deviam, tinham obrigação de respeitar!
Mas que estranhas, espúrias alianças entre a mais do que reaccionária Igreja Portuguesa e estes sindicalistas proto-marxistas...todos a olhar para o OGE e para futuros cheques-aluno!
Vão, vão por aí que o povo vos agradecerá! De joelhos!

Por este andar....

Aqui há uns meses escrevi que por este andar o PS nem precisa de gastar dinheiro em campanha eleitoral. E estava longe de imaginar no que se iriam tranformar a direita trauliteira e a esquerda irresponsável...
Capacidade de síntese é o que mais invejo neste autor. Escreve o Eduardo Pitta:

"Afinal de contas, se a rua tivesse tradução em votos, o PCP teria ganho as eleições em 1975, em 1976, etc. Não ganhou. Em 30 e tal anos de eleições, o mais que conseguiu foi assegurar o 3.º lugar. A realidade não se confunde com a opinião publicada ou com campanhas corporativas de agit-prop. O espanto com as sondagens apenas prova que muita gente vive na lua. "

A Plataforma Sindical foi a Fátima pedir algum milagre ?

Das últimas coisas de que estávamos à espera, depois da surpreendente inexistência do Inferno, seria ver a Fenprof/CGTP/PCP irem a Fátima, implorar por milagres.
Depois de ouvirmos os bispos mandarem recados ao Ministério da Educação para que "abram os olhos e os ouvidos", ficamos informados que o aguardado milagre desta vez é do foro da oftalmologia e da otorrinolaringologia. Coisa ligada às novas tecnologias, à multimedia portanto...
Mas, como este País se está transformar no maior "desmentideiro" do Planeta, o Mário Nogueira também disse que não tinham lá ido a pedir qq apoio da Igreja. Claro que não! Quem é que acredita numa atoarda dessas?
Fico tão descansado com este desmentido, como com os do Dias Loureiro, ou dos árbitros da Liga do futebol, ou do comunicado do PR sobre as suas contas bancárias.
Ele ainda há coisas em que se pode confiar. Coisas tranquilizantes! Milagres!

Guilherme Silva e a assiduidade dos Srs. Deputados

Em directo no Forum da TSF - nem tudo corre pelo melhor nesta coisa dos directos...- O Ex-lider da bancada do PSD, grande tribuno insular e notável representante do povo, acaba de relativizar as faltas dos Deputados, uma vez "que não residem em Lisboa" e, notem, "têm família a quem se juntam sempre que possível"!
Tratou também de comparar os seus colegas de Bancada a alunos de um colégio que o líder Paulo Rangel não teria a obrigação de controlar e de punir...
Mas a cereja no cimo do bolo estava reservada para o que sugere seja o trabalho na Assemblei da República: Que os plenários e votações tenham lugar apenas às terças, quartas e quintas-feiras evitando-se assim as faltas "ligadas aos fins-de-semana.
Quer dizer o PSD pensa que os Deputados devem ser pagos principescamente por três dias de trabalho por semana. Isto dá 156 dias de trabalho, a que se devem descontar os feriados que calhem entre a 3ª e a 5ª feira, mais as férias regimentais e as muito prováveis doenças profissionais, e as ausências por "trabalho político".
Guilherme Silva deve estar a brincar com o serviço! E a precisar de uma Avaliação do desempenho, com consequências no prosseguimento da carreira...

A opinião publicada começa a dar-se conta do logro...

In Correio da Manhã:
Estado do Sítio
É só fumaça
O espectáculo dado por professores, sindicatos e oposição é profundamente lamentável. Neste filme de terceira ou quarta categoria é lamentável que a discussão gire, mais uma vez, em torno dos professores. Nesta monumental encenação, em que até uma grande parte da Comunicação Social e dos que fazem opinião colaboram activamente, é lamentável que os utentes ou clientes da escola pública sejam pura e simplesmente ignorados.


Neste forró de mentiras, é lamentável que os pais e os alunos não sejam os principais actores de uma história triste, recheada de insucessos, abandonos e falta de qualidade, características marcantes do ensino público nestes 34 anos de Democracia. O Ministério da Educação e a ministra da Educação têm razão. E seria um verdadeiro desastre se José Sócrates repetisse na Educação o que fez há poucos meses na Saúde a troco de uns bons milhares de votos de professores e respectivas famílias.

Maria de Lurdes Rodrigues revelou-se uma excelente ministra. Com erros, obviamente. Mas mostrou que tem coragem e, mais do que isso, procurou e procura pôr os interesses de pais e alunos à frente dos chamados direitos adquiridos dos professores. As manifestações, as greves, as vigílias, o folclore montado pelos sindicatos têm pouco a ver com a avaliação. A guerra prometida pela Fenprof tem a ver com o Estatuto da Carreira Docente, com a distinção entre professores titulares e não-titulares, com as aulas de substituição, com mais trabalho e mais horas dos professores nas escolas. Depois vem a avaliação, o modelo e principalmente o facto de os resultados influenciarem a carreira dos docentes.

É tudo isto que está em causa, é tudo isto que os sindicatos e os professores não querem. Maria de Lurdes Rodrigues tenta pôr a escola pública ao serviço dos pais e dos alunos. Os professores, sindicatos e uma oposição cada vez mais lamentável querem voltar a um passado recente em que os alunos apenas serviam para perturbar as masturbações pedagógicas dos professores que transformaram a escola pública em algo muito pouco recomendável.

É por isso que, neste sítio pobre, manhoso, hipócrita e cada vez mais mal frequentado, uma mulher como Maria de Lurdes Rodrigues faz falta. Pelo exemplo, pela coragem e pela capacidade de fazer reformas indispensáveis contra uma corporação que ao longo de anos e anos se habituou a mandar no Ministério da 5 de Outubro e na escola pública.

António Ribeiro Ferreira, Jornalista
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Dá ideia que a opinião publicada começa a dar-se conta da captura que os partidos da esquerda irresponsável fizeram do descontentamento atávico de uma parte significativa dos professores muito bem instalados nas mordomias da corporação e felizes com os péssimos resultados da Escola Pública.
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Claro que, como bons democratas e excelentes cidadãos, deixaram já estas pérolas no rosário da cx de comentários de um dos seus blogs de estimação:
Anónimo disse...
Não me importo de fazer um "broche pedagógico" ao Sr. A.R.F.,desde que ele prometa que não torna a dizer tantos disparates de uma só vez!
8 de Dezembro de 2008 20:21
Anónimo disse...
Este senhor jornalista devia ser responsabilizado pelos disparates que escreve!...E avaliado por isso...já agora...
8 de Dezembro de 2008 20:47
José Silva, professor disse...
Mas o que se podia esperar de um cretino como aquele?Onde é que ele viu (ou melhor, leu) o que a ministra sabe sobre educação?Copiar modelos estafados é fácil e acessível a qualquer uma.
8 de Dezembro de 2008 21:33

JFrade disse...
E eu, que sou ingénuo, pergunto: ao serviço de quem estará este António R. Ferreira? Cuidado! Se me disserem que é ao lado dos Pais ou dos Alunos solto uma data de palavrões, daqueles que fazem corar um carroceiro...JFrade
8 de Dezembro de 2008 21:36
Spiritwolf disse...
Vão lá deixar os vossos comentários, eu já lá fui e até estou curioso de saber se a censura ainda existe.
8 de Dezembro de 2008 21:53
Anónimo disse...
A censura existe,sim.Deixei lá o meu (anónimo 20:21) e não foi publicado.Cambada de cretinos!
8 de Dezembro de 2008 22:01
Anónimo disse...
Notem a ironia/cretinice: antes de deixarmos um comentário ao artigo,avisam-nos de que serão excluídos todos os conteúdos racistas, xenófobos, difamatórios e atentatórios da boa imagem dos visados.Não obstante,publicam um artigo com aquele teor...
8 de Dezembro de 2008 22:08
Anónimo disse...
Tá aqui tá na cama com a Lurdes. Por este andar, e com tanto frete que lhe tem feito, a Rodrigues deve estar cheia de cio. Agora a sério: por quem é que este ARF se toma? Mesmo noutros assuntos é de uma debilidade mental muito grande. É assim muito rasteirinho, coitado. Ah! E totalmente desprovido de alternativas qualquer que seja o assunto, repito! Deve ser o comentador mais económico e previsível que o CM tem. Faz jus ao pasquim. Está muito bem rodeado com todo aquele ramalhete de Sangue, Sexo e Escandaleira. Cada crónica (?) é uma mão cheia de arrotos de pescada...
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É esta gente que diz ter razões de queixa da Ministra e de serem tratados com desrespeito e com falta de educação....

segunda-feira, dezembro 08, 2008

A Miséria do nosso Descontentamento, parte 2

Já percebo agora a já famosa tirada sobre quem é que quer a guerra com o Ministério da Educação...

A Educação do seu umbigo, No seu melhor!

Do prof Guinote que costuma representar os que criticam a Ministra da Educação, que vai aos "Prós e aos Contras", que dirige um blog de ataque às reformas na Educação, que diz defender a Escola do antigamente e que dá abrigo a todo o disparate desde que venha rotulado de ataque à Ministra e ao Governo, deveria ter mais cuidado com o que aparece por lá escrito ,não sei se por ele se por outros professores, de cujo saber só espíritos muito mesquinhos, se atrevem a duvidar:
Uma pérola daquele rosário:
"Paulo:
Um exemplo, creio que evidente, da estratégia de actuação do ME. Não está, nunca esteve e não estará nunca, de boa-fé!
É imprescindível resistir! Haveremos de conseguir!
A pressão vai aumentar e é fundamental a informação e divulgação do maior nº possível de situações com que nos poderemos deparar. Se considerar colocar no blogue peço-lhe que não seja possível identificar a escola e assinatura do executivo (que tentei tornar ilegível), que por enquanto e num clima de liberdade não tem colocado entraves ou obstáculos às reuniões e moções dos professores.
Atenciosamente,
J.F.
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É verdade : Haveremos de conseguir!
É caso para duvidar que lá cheguem...
Isto para não entrar noutras análises a este magnífico naco de prosa. Se por acaso sentirem alguma dificuldade de interpretação no que está escrito, tenham paciência que os professores andam agora ocupados com outros assuntos....

domingo, dezembro 07, 2008

O BE ao ataque do sindicalismo do PCP...

ÚLTIMA HORA
"RESOLUÇÃO" DA REUNIÃO EM LEIRIA DE REPRESENTANTES DE 100 ESCOLAS

"Os professores reunidos no Encontro Nacional das Escolas em Luta aprovaram hoje (6/12/08), por maioria, uma proposta na qual exigem que qualquer acordo entre o Ministério da Educação e a Plataforma Sindical dos Professores seja objecto de um referendo."
A única coisa que pedimos é que os sindicatos auscultem e interpretem adequadamente o sentir dos professores", justificou o coordenador do Movimento para a Mobilização e Unidade dos Professores (MMUP), Ilídio Trindade, no final do encontro que reuniu em Leiria cerca de 150 professores representantes de uma centena de escolas de todo o país.
Na ocasião, Ilídio Trindade lembrou que "os sindicatos existem porque existem professores", reiterando:
"É indispensável que os sindicatos representem o verdadeiro sentir dos professores".
"A única coisa que pedimos é que os sindicatos auscultem e interpretem adequadamente o sentir dos professores", justificou o coordenador do Movimento para a Mobilização e Unidade dos Professores (MMUP), Ilídio Trindade, no final do encontro que reuniu em Leiria cerca de 150 professores representantes de uma centena de escolas de todo o país.
Na ocasião, Ilídio Trindade lembrou que "os sindicatos existem porque existem professores", reiterando: "É indispensável que os sindicatos representem o verdadeiro sentir dos professores". Pela minha parte considero que seria loucura neste momento escamotear o trabalho de mobilização dos sindicatos e entrar em rota de colisão com eles. Mas a verdade é que desde o entendimento com o ME (e quem conhece o modo de actuação dos sindicatos, nomeadamente a Fenprof) os professores estão sempre suspensos do mesmo anti-clímax que se deu após a assimatura do famigerado memorando. E actualmente há medo, muito medo nas escolas. Um medo que urge desdramatizar, fruto das pressões e chantagens que todos os dias os professores e os Conselhos Executivos sofrem, e também da actuação de uns quantos, poucos a que saiu a sorte grande e se sentem entronizados.
A luta dos professores ultrapassa hoje em dia largamente o enquadramento sindical e urge iniciar um movimento de reforma dos próprios sindicatos, exigir a extinção da maioria deles e rejuvenescê-los.
Para isso é preciso fazer um debate político sério, democrático e desincrustrar os dinossaurios do aparelho sindical, dando lugar aos novos. Há que também desmascarar dentro das escolas os 'adesivos' que dizem que estão contra o modelo mas que andam num afã frenético para o tentar implementar. São os seguidistas do costumo sempre dispostos a tirar vantagem de situações pantanosas como esta."
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Isto é apenas uma das pérolas num rosário da solidariedade, da união de classe e da inter-confiança entre os membros da agitpro cuja organização reflecte em muito, o carácter e os valores que acarinham e protegem.
Um grande contributo para a longa lista dos que exigem ser ouvidos, em profundo respeito, pelo ME, na qualidade de interlocutores válidos

E que tal um momento mais intimista? Talvez até uma oração?

Um grupo de professores acabou de me fazer chegar um belo texto para meditar:

Aproveitando este alto momento de UNIÃO DOS PROFESSORES, e fazendo jus à nossa tradição cristã, propomos um acto de profundo arrependimento.
Eu, pecador, me confesso:
Por ter contribuído para a eleição de um Conselho Executivo que exerce com arbitrariedade o seu mandato e em quem não confio nada;
Ter eleito para coordenador do meu Grupo Disciplinar um professor, um colega, em quem agora, não reconheço competência para me avaliar;
Ter sido incapaz de aprender com os outros colegas, reconhecendo as minhas fraquezas;
Não ter alertado o meu colega do lado – que eu sabia não estar a desempenhar com responsabilidade o seu mandato – para o seu dever de melhorar a sua prestação profissional;
Ter esquecido os meus deveres para com a Escola Pública, reprovando, ano após ano, os meus alunos, tranquilamente, sem cuidar perceber quais as suas reais dificuldades.
Prometo corrigir os meus erros por todas as formas ao meu alcance, nomeadamente:
Participando em todas as reuniões, manifestações e greves para declarar, bem alto:
A AVALIAÇÃO É INDISPENSÁVEL PARA MELHORAR A ESCOLA PÚBLICA!
DEVO RESPONDER PELOS RESULTADOS OBTIDOS PELOS MEUS ALUNOS, DEIXANDO CLARO O TRABALHO POR MIM REALIZADO!
QUERO QUE ME AJUDEM A REFLECTIR SOBRE O TRABALHO QUE FAÇO, OBSERVANDO AS MINHAS AULAS, PARA QUE OS MEUS ALUNOS POSSAM APRENDER MAIS!
Prometo, ainda, que no futuro, serei mais rigoroso com o meu trabalho e o dos meus pares, com o objectivo de contribuir para uma ESCOLA PÚBLICA de Qualidade!
E, por que não?
Ámen!

Resposta a uma Professora - 1

Recebi, via email, da professora M. Eugénia Prata Ribeiro, o texto que a seguir transcrevo em bold e que é merecedor da resposta escrita em cor mais viva:

Vi o comentário que deixou no profavaliação. Você não sabe nada do que se passa nas escolas. (Felizmente que assim é, porque pelo que me diz, deveria andar muito mais preocupado!). Fique a saber que os "profes baldas", esses que faltavam e pouco tinham a ver com a tarefa que lhes competia, esses eram protegidos dos Conselhos Executivos (Mas os Conselhos Executivos eram eleitos pelos professores baldas para os protegerem? Olhe que essas afirmações são um bocadinho comprometedores. Então se a Gestão Democrática não garantia a democraticidade nas Escolas por que se manifestam contra o novo modelo de gestão?) se não, não se manteriam por lá (E eu a pensar que as responsabilidades e o trabalho dos Conselhos Executivos exigiam grande esforço e dedicação... Afinal, pelas suas palavras, aquilo é uma “rica vidinha”, um "compadrio". Será?). E são esses que estão agora com baixas prolongadas que ninguém atrapalha. E não é com a avaliação que vai resolver isto. Os outros, a maioria, vão lá e fazem o melhor que podem e sabem. Ninguém nunca lhe dirá que todos os professores são excelentes. Há de tudo como em qualquer outra profissão. (Pelas suas palavras, depreende-se que considera indispensável que exista uma Avaliação rigorosa, feita pelos professores, capaz de premiar os que se distinguem pelo seu trabalho, e afastar da Educação todos os que lhe prestam um mau serviço. Entendi bem?). Enquanto estudante, tive professores bons e maus e lá fui aprendendo com todos alguma coisa.(“Alguma coisa” parece-me falsa modéstia. Será que assim conseguiu tornar-se uma boa profissional?) Só dois ou três é que preferia nem ter conhecido. A sua experiência deve ser igual à minha. E está provado que, em todas as profissões, os bons profissionais não são os que têm melhores "notas". (Onde foi buscar essas provas? Será uma espécie de desígnio dos demónios? Se assim é, parece-me que os bons professores se devem bater por ter as piores notas. E tudo passa a estar certo!)Pena que lhe passe pela cabeça que esta avaliação vai distinguir os melhores. Não vai e vai destruir a "habilidade" que tantos professores revelam para gerir as suas aulas tantas vezes com tão poucas condições para que a coisa resulte, para gerir a relação com as famílias. Bom seria que esta "habilidade" fosse contagiando o maior número mas estas titularidades e validações grelhadas vão castrar todos. (Lastimo, mas das suas palavras só posso inferir a incapacidade dos professores para avaliar. E interrogo-me: será que estes professores, com todas estas incapacidades, são capazes de avaliar os meus familiares, alunos desta Escola Pública – desculpe, mas a descrença é sua, não minha.) Não venha com a treta de que não querem ser avaliados. Andam todos (menos eu) a dizer que querem. E eu, que já sou velha, fiz um exame, uma prova pública, para passar para 8º escalão. Até tive nota máxima mas é uma cara inutilidade. Era bom que em vez de andar aí pelos blogues a espalhar provocações se detivesse a pensar um pouco. (Então, vá em frente! Mostre que é uma professora competente! Convide os seus pares a assistirem às suas aulas. Diga-lhes como se distingue um Bom de um Mau Professor. E continue a trabalhar para esta Escola Pública a quem a maioria das famílias confia os seus filhos. Sem medos! Nem corporativismos! Não são todos maus! Mas, também nem todos são Excelentes!)
Cumprimentos
Eu também lhos retribuo ! Não sem ter de acrescentar, para que conste, que aquilo a que chamou provocações que espalhei por aí, foi apenas o Comunicado do Ministério da Educação a desmentir as provocações do seu émulo Mário Nogueira e que nunca vejo merecer a mais leve crítica, diga ele o que disser, minta ele o que mentir, insulte ele quem insultar!
Srª. professora, meta a mão na consciência e mude de campo. Junte-se aos que seriamente querem uma Escola Pública digna dos valores da Democracia, distinta da escola punitiva e excluidora em que trabalha, há tantos anos, sem se insurgir contra isso mesmo!
Ainda está a tempo!