terça-feira, dezembro 30, 2008

Isto deve servir de resposta,Caro Moura Pinto

Por Margarida Santos Lopes no Público.
Vale a pena ler.
Quem começou as hostilidades?
A 4 de Novembro deste ano, Israel assassinou seis membros do Hamas, violando uma "tahdiyeh" ou trégua, que estabeleceu (mas nunca reconheceu publicamente) com o movimento islâmico, sob mediação egípcia, a 17 de Junho. O Hamas intensificou o lançamento de mísseis e morteiros sobre cidades israelitas – em sete anos, estes disparos mataram pelo menos 20 civis. Israel retaliou sujeitando a Faixa de Gaza a um duro bloqueio económico – com restrição de entrada de alimentos e medicamentos e cortes de combustível –, agravando uma situação humanitária que o Banco Mundial e ONG descreveram como "catastrófica". Khaled Meshaal, o chefe do Hamas exilado em Damasco, justificou a decisão de revogar a "tahdiyeh", a partir do dia 18 de Dezembro, invocando as execuções dos seus operacionais e o cerco a que Gaza está sujeita.Porquê atacar agora?Para alguns analistas, Israel quis aplicar um duro golpe ao Hamas, ainda quem sem a ambição de o eliminar, como tentou, mas fracassou, com o Hezbollah no Líbano, em 2006. Também quis, escreveu o jornal francês "Libération", mudar as regras do jogo antes de uma "desacreditada Administração Bush" sair de cena e Barack Obama entrar na Casa Branca. Decisivo foi também o facto de Israel estar em campanha eleitoral, e de as sondagens beneficiarem o líder da oposição direitista, Benjamin Netanyahu. Que solução para o conflito?Para Israel, dizem analistas, o pior cenário seria o Hezbollah, apoiado pela Síria e financiado pelo Irão, abrir uma "segunda frente" no Líbano. O movimento xiita terá cerca de 40 mil mísseis e provou, em 2006, que sabe resistir ao reputadamente "mais poderoso exército do Médio Oriente". Outro receio é o da eclosão de uma revolta popular na Cisjordânia, onde Mahmoud Abbas tem sido incapaz de obter significativas concessões de Israel: os colonatos continuam a expandir-se, as incursões militares prosseguem, os «checkpoints» não são desmantelados e 6000 prisioneiros permanecem nas cadeias. O cenário mais realista parece, assim, o de negociar uma nova trégua. (...) Conclui Yossi Alpher : "Israel vai ter de escolher se reconhece que o Hamas está para ficar e o aceita como interlocutor, por muito que isso seja intragável, ou se reocupa a Faixa de Gaza, derruba o Hamas e acarreta com todos os custos que isso envolverá."
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Ontem tinha uma resposta toda prontinha e que visitava estes e outros argumentos, mas que uma "avaria" no meu servidor, ou lá como se chama o controleiro de serviço, enviou sem eu perceber como nem porquê, para os quintos dos infernos... e fiquei sem jeito para recomeçar. Afinal está aqui uma resposta às suas procupações.
De facto, e acresecento, Israel é a potência beligerante que utiliza métodos nazis de cortes de água, medicamentos, comida, combustível e que procede às provocações necessárias a manter o Médio Oriente e os EUA na permanente ameaça de "ou é assim ou ainda é pior e atacamos tudo com bombas atómicas".
Israel é e será aquele estado agressor que manda matar até os seus primeiros-ministros e mantém mais de 3 milhões de palestinianos nos campos de concentração do Líbano, dezenas de milhares de prisioneiros sem julgamento ou culpa formada, e transformou Gaza no maior Gueto da História. Nada se lhes compara em fanatismo religioso que embalados pela peregrina ideia de serem o tal Povo escolhido por um deus trafulha, xenófobo, sanguinário, pedófilo e completamente doido, e se julga instituido duma qualquer procuração divina para espalhar o terror!
Moura Pinto, nós não temos uma discordância. O meu caro apenas não olha para a toda a realidade. Tem uma visão parcial do problema.
Termino com uma teoria da conspiração: Que estranha coincidência que logo após a eleição do Bush tenha ocorrido`o 11/9 e agora o Hamas tenha atacado Israel nas vésperas da tomada de posse de Obama.
O primeiro facto trouxe a maior crise militar e fez o maior número de vítimas entre os árabes depois da WWII, e esta agora, vai saldar-se pela ocupação e destruição do embrião do estado Palestiniano. Tudo ao serviço de quem? Quem é o beneficiário das atrocidades ? Qual será o nível de infiltração dos vários serviços secretos?
Dá que pensar!

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