Repescado do Ponte Europa, com o devido crédito ao Carlos Esperança, vou juntando as pérolas deste rosário porque quero voltar a este assunto, tal como merece.
"A nova Constituição terá por base a lei islâmica - um monstruoso conjunto de prescrições religiosas que retira às mulheres os direitos que tinham conquistado em 1959, reconhecidos por Saddam, no campo do casamento, divórcio e heranças. A obrigação de respeitar os «princípios democráticos» e os «direitos fundamentais» foi postergada pelo projecto constitucional já divulgado, que assume que «o islão é a religião oficial do Estado, a principal fonte de legislação e nenhuma lei pode entrar em contradição com o Islão».Enfim, as sentenças de Maomé em vias de transitarem em julgado. Fonte: Diário de Notícias de 27-07-2005."
Deixo hoje apenas um pequeno apontamento:
Tal como noutros lugares do Mundo, a intervenção no Médio Oriente de que a invasão do Iraque é só mais um episódio grotesco, vai colocar no poder as forças mais reaccionárias e retrógradas.
Que para se perpetuarem no poder vão segregando contradições insoluveis com o seu próprio povo.
Mas no mundo árabe há ainda outra questão que baralha os dados, turva a visão e corta muitas das escapatórias aos oprimidos: A religião e a lei corânica.
A mistura já se tem revelado explosiva. Ainda não entenderam?
3 comentários:
Também era demais que tivesse por base a lei evangelista do Bush.
Não que lhe faltasse vontade. Aliás, há algum tempo atrás, um artigo do NYRB dizia que a igreja evangélica a que pertence o Bush tinha mandado para o Iraque e outros países islâmicos grupos de evangelizadores para pregar a cristianíssima religião. Não sei se continuam por lá, se já desistiram. Mas seria uma boa ideia que mandassem mais, muitos mais, que isso é gente que não falta lá pelos EUA. E teríamos assim um diálogo inter-religioso de base capaz de ser um precioso auxiliar dos esforços de SS Bento.
Que ideia peregrina (pilgrim)!
Desde já os meus agradecimentos pela amabilidade da citação.
Quanto ao Iraque, e não só, temos pontos de vista comuns e partilhamos as mesmas apreensões.
Enviar um comentário