Aqui há dias, ainda de férias, fui,dar uma volta pelo arrosal, lá bem no meio, entre a Comporta e a Carregueira de Baixo, ali onde há agora montes de cegonhas para turista ver.
Lá fui andando junto ao canal de irrigação, olhando quer as cegonhas, quer na ribanceira que separa o arrosal da estrada, as várias casas de verão duns afortunados que nem se importam com os mosquitos.
Mas, de repente, entre as árvores que fracamente tapavam uma dessas casas, estava estacinado como se fosse um carrinho de mão, um aparador de relva, uma motoreta, estava lá, luzidío e novo, completamente novo, um helicóptero azul de 5 ou 6 lugares, ali entre as árvores no quintal de alguém que precisa de se deslocar rápido e sem polícia de trânsito, entre as suas casas.
Calculo que deva ser um desses agricultores que à noite, no telejornal, pedem subsídios e protestam miséria.
As desigualdades estão a ficar circuscritas ? como os incêndios ?
terça-feira, agosto 30, 2005
Fraco desempenho > Borda-fora !
Segundo o insuspeito NY Times, a oficial Bunnatine H. Greenhouse, depois de trabalhar 20 anos no exército, como supervisora ou controladora dos contractos com fornecedors, foi despromovida, nas condições que pode ler aqui.
E aqui este bocadinho, para não ficar muito grande o post:
"A top Army contracting official who criticized a large, noncompetitive contract with the Halliburton Company for work in Iraq was demoted Saturday for what the Army called poor job performance.
The official, Bunnatine H. Greenhouse, has worked in military procurement for 20 years and for the past several years had been the chief overseer of contracts at the Army Corps of Engineers, the agency that has managed much of the reconstruction work in Iraq. "
Isto parece a maldição das pirâmides, houvesse disso no Iraque.
Aqui entre nós, a senhora devia ter tento na língua e perceber a missão civilizacional, levada a cabo pela administração americana e seu vice-presidente, invadindo o Iraque, saqueando o petróleo e ficar caladinha.
Quem é que quereria discutir o preço das panquecas e dos feijões refogados em pleno deserto?
Reservo-lhe um lugar de destaque aqui na lista prá prancha.
É mais seguro que trabalhar com certa gente!
E aqui este bocadinho, para não ficar muito grande o post:
"A top Army contracting official who criticized a large, noncompetitive contract with the Halliburton Company for work in Iraq was demoted Saturday for what the Army called poor job performance.
The official, Bunnatine H. Greenhouse, has worked in military procurement for 20 years and for the past several years had been the chief overseer of contracts at the Army Corps of Engineers, the agency that has managed much of the reconstruction work in Iraq. "
Isto parece a maldição das pirâmides, houvesse disso no Iraque.
Aqui entre nós, a senhora devia ter tento na língua e perceber a missão civilizacional, levada a cabo pela administração americana e seu vice-presidente, invadindo o Iraque, saqueando o petróleo e ficar caladinha.
Quem é que quereria discutir o preço das panquecas e dos feijões refogados em pleno deserto?
Reservo-lhe um lugar de destaque aqui na lista prá prancha.
É mais seguro que trabalhar com certa gente!
O Jumento duplicado
Eis uma fotocópia que não me importo de tirar:
JUMENTO DO DIA
ROMANTISMO
Não sou um admirador nem das qualidades nem do currículo político de Manuel Alegre, e a situação que este militante do PS está a criar não passa de mais uma das suas birras românticas; uma candidatura de Manuel Alegre seria claramente derrotada por Cavaco Silva pois há muita gente à esquerda que não o admira tanto como ele julga. Mas muito pior do que isso, corria-se um sério risco de Cavaco conseguir uma maioria tão expressiva que resultaria num regresso quase imediato do cavaquismo, daí o empenho de algumas personalidades da direita, como o JPP, numa candidatura de Alegre. Estamos perante um caso em que o romantismo não ajuda a lucidez, e Manuel Alegre deveria perceber que não tem dimensão política para o cargo que ambiciona.
Isto a continuar assim vai mesmo para o Cavaco. Pode ser que ele faça mesmo o que a direita anseia e este povo, se calhar, não desmerece. Atente-se na campanha avagalhada dos polícias, dos sindicatos, da extrema esquerda, do PC, dos opion makers, do JPP, do Luis Delgado, do Jardim, do Carlos Encarnação, das farmácias, dos juízes e do futebol que, calado, não paga as dívidas...
Desta vez estão todos de acordo, não é?
Quase apetece que o Cavaco ganhe, o governo seja de direita e depois veríamos se ainda havia vaga de incêndios e de contestações!
Será essa a estratégia do PC? Depois teria mais filiados e muitas manifs. Teria?
Dizia o meu amigo Aquino que nada como um governo soviético para produzir anti-comunistas e nada como um governo de esquerda liberal para dar origem a reaccionários. Será ?
JUMENTO DO DIA
ROMANTISMO
Não sou um admirador nem das qualidades nem do currículo político de Manuel Alegre, e a situação que este militante do PS está a criar não passa de mais uma das suas birras românticas; uma candidatura de Manuel Alegre seria claramente derrotada por Cavaco Silva pois há muita gente à esquerda que não o admira tanto como ele julga. Mas muito pior do que isso, corria-se um sério risco de Cavaco conseguir uma maioria tão expressiva que resultaria num regresso quase imediato do cavaquismo, daí o empenho de algumas personalidades da direita, como o JPP, numa candidatura de Alegre. Estamos perante um caso em que o romantismo não ajuda a lucidez, e Manuel Alegre deveria perceber que não tem dimensão política para o cargo que ambiciona.
Isto a continuar assim vai mesmo para o Cavaco. Pode ser que ele faça mesmo o que a direita anseia e este povo, se calhar, não desmerece. Atente-se na campanha avagalhada dos polícias, dos sindicatos, da extrema esquerda, do PC, dos opion makers, do JPP, do Luis Delgado, do Jardim, do Carlos Encarnação, das farmácias, dos juízes e do futebol que, calado, não paga as dívidas...
Desta vez estão todos de acordo, não é?
Quase apetece que o Cavaco ganhe, o governo seja de direita e depois veríamos se ainda havia vaga de incêndios e de contestações!
Será essa a estratégia do PC? Depois teria mais filiados e muitas manifs. Teria?
Dizia o meu amigo Aquino que nada como um governo soviético para produzir anti-comunistas e nada como um governo de esquerda liberal para dar origem a reaccionários. Será ?
F = P+C
Não houve um senhor que ficou famoso a arrumar umas incógnitas e umas variáveis?
Deu-me para isto : A matemática politica ou a Matelíca
No Público de hoje há um senhor que explica que Portugal sem corrupção seria a Finlândia.
Quer dizer: se mandássemos a corrupção para lá eles ficavam assim como o Avelino ou o Loureiro e nós ficávamos loiros e angelicais. Era bestial!
Assim, isto da Matelítica fica assim: F de Finlândia é igual a P de Portugal mais C de Corrupção
Ainda fico famoso!
Deu-me para isto : A matemática politica ou a Matelíca
No Público de hoje há um senhor que explica que Portugal sem corrupção seria a Finlândia.
Quer dizer: se mandássemos a corrupção para lá eles ficavam assim como o Avelino ou o Loureiro e nós ficávamos loiros e angelicais. Era bestial!
Assim, isto da Matelítica fica assim: F de Finlândia é igual a P de Portugal mais C de Corrupção
Ainda fico famoso!
O Papa, as heresias e o PC
Sobejam-nos testemunhas da preocupação nossa e do desvelo com que vimos seguindo cada passo, cada oscilação supraciliar do nosso Papa Benedito VI, também conhecido como Bento.
( Repararam como estou/estamos a escrever canonicamente? )
Ele tem sido missas com a juventude e apelos à presença nas ditas, um ror de curiosos despachos e não menos importantes promessas de novos santos e santas que a todos nós fazem muita falta.
Agora aí esta a reunião e a benção espargida sobre os ex-abomináveis e excomungados membros desse seita ímpia, malévola e cismática da Sociedade do Santo Pio X
A magnífica e pontifical justificação - se tal fosse necessário - é que se trata de procurar a reunião dos filhos cristãos.
A nós parece-nos bem!
Mesmo que seja com os seguidores do ultra conservador ( um neo-con, como agora se diz ) do Sr. bispo Lévèbvre, negador das directivas do "Vaticano II" e oportunamente excomungado.
Dizem-me que este nosso Bento VI até simpatiza com essas posições, até ontem heréticas!
Este Papa está para o Concílio Vaticano II assim como o nosso Jerónimo de Sousa está para a Glassnost.
Como o PC olha a perestroika!
Com a maior compreensão e desvelo. Amen.
( Repararam como estou/estamos a escrever canonicamente? )
Ele tem sido missas com a juventude e apelos à presença nas ditas, um ror de curiosos despachos e não menos importantes promessas de novos santos e santas que a todos nós fazem muita falta.
Agora aí esta a reunião e a benção espargida sobre os ex-abomináveis e excomungados membros desse seita ímpia, malévola e cismática da Sociedade do Santo Pio X
A magnífica e pontifical justificação - se tal fosse necessário - é que se trata de procurar a reunião dos filhos cristãos.
A nós parece-nos bem!
Mesmo que seja com os seguidores do ultra conservador ( um neo-con, como agora se diz ) do Sr. bispo Lévèbvre, negador das directivas do "Vaticano II" e oportunamente excomungado.
Dizem-me que este nosso Bento VI até simpatiza com essas posições, até ontem heréticas!
Este Papa está para o Concílio Vaticano II assim como o nosso Jerónimo de Sousa está para a Glassnost.
Como o PC olha a perestroika!
Com a maior compreensão e desvelo. Amen.
domingo, agosto 28, 2005
Diz-me quem apoias...
Diz o Expresso que o Cavaco Silva apoia o Belmiro de Azevedo.
Acho bem!
Primeiro, porque o Cavaco Silva já apoiou outros menos qualificados.
Querem ver?
Apoiou o Gen. Spínola e até foi ao funeral que me lembre
Apoiou o Valentim
Apoiou o Lara da censura. Apoiou, sim senhor!
Apoiou o G Bush
Apoiou o Santana e o Durão
Apoiou... fartou-se de apoiar!
Depois, era chegada a hora de apoiar o Belmiro que inventou as mercearias grandes e que, tal como ele, é responsável pelo desaparecimento de significativa parte da pequena e média empresa em Portugal, nos últimos 25 anos!
À minha micro-empresa, pediu ele vários milhares de contos adiantados para colocar, à venda, em regime de consignação, os meus produtos.
Estava certo. Era para todas as suas mercearias. Se vendesse tudo bem. Se não vendesse devolvia. A mercadoria, claro. Os milhares de contos, esses, não voltavam, tinham sido apoio.
Não fizemos o negócio e não lhe pude dar apoio.
Com o Cavaco Silva, já o caso é diferente. Pode dar-lhe apoio que a mercadoria não vai ser devolvida. Não pode. É de contrafacção !
É a democracia do faz-de-conta. E do vale-tudo!
Acho bem!
Primeiro, porque o Cavaco Silva já apoiou outros menos qualificados.
Querem ver?
Apoiou o Gen. Spínola e até foi ao funeral que me lembre
Apoiou o Valentim
Apoiou o Lara da censura. Apoiou, sim senhor!
Apoiou o G Bush
Apoiou o Santana e o Durão
Apoiou... fartou-se de apoiar!
Depois, era chegada a hora de apoiar o Belmiro que inventou as mercearias grandes e que, tal como ele, é responsável pelo desaparecimento de significativa parte da pequena e média empresa em Portugal, nos últimos 25 anos!
À minha micro-empresa, pediu ele vários milhares de contos adiantados para colocar, à venda, em regime de consignação, os meus produtos.
Estava certo. Era para todas as suas mercearias. Se vendesse tudo bem. Se não vendesse devolvia. A mercadoria, claro. Os milhares de contos, esses, não voltavam, tinham sido apoio.
Não fizemos o negócio e não lhe pude dar apoio.
Com o Cavaco Silva, já o caso é diferente. Pode dar-lhe apoio que a mercadoria não vai ser devolvida. Não pode. É de contrafacção !
É a democracia do faz-de-conta. E do vale-tudo!
Mata,mata!
Hoje há 6 toiros 6 em Barrancos.
Sob a capa da tradição vai dar-se largas a uma das mais degradantes formas de tortura. essa sim, tradicional!
Uns carrascos travestidos de sacerdotes dessa fé, dando ares de corajosos, mas jogando com os animais um jogo previamente viciado e cobardemente ensaiado.
Claro que a bestialidade em Barrancos não é uma prioridade num País no estado do nosso. É verdade!
Mas para os saudosos do antigamente tenho uma proposta irrecusável:
Não haveria também a hipótese de reinstalar o poder do Marcelo Caetano/União Nacional, aí num lugarejo tipo Barrancos e voltar a por tudo como dantes? Com GNR de polainas, Pides de gabardina, pároco temente a Deus e às autoridades, bufos na taberna, reguadas nas escolas, salário da época, latifundiários a arrematar trabalho eventual voluntário, tornado obrigatório?Muito analfabetismo. sem médico nem remédios, electricidade ou água potável.
Sem vacinas e muitas procissões.
Iam ver como, fruto da tradição, se desenvolvia o turismo e lá voltavam, aos molhos, esses saudosistas do fascismo, dos reis e das touradas! Um regabofe!
Depois, um dia, era só soltar os touros. A sério! Sem serem embolados. Sem serem sangrados previamente. Ou dopados. Sem barreiras de madeira ou escapatória.
Um mano a mano autêntico! Não é essa autenticidade que choram, perdida?
Sob a capa da tradição vai dar-se largas a uma das mais degradantes formas de tortura. essa sim, tradicional!
Uns carrascos travestidos de sacerdotes dessa fé, dando ares de corajosos, mas jogando com os animais um jogo previamente viciado e cobardemente ensaiado.
Claro que a bestialidade em Barrancos não é uma prioridade num País no estado do nosso. É verdade!
Mas para os saudosos do antigamente tenho uma proposta irrecusável:
Não haveria também a hipótese de reinstalar o poder do Marcelo Caetano/União Nacional, aí num lugarejo tipo Barrancos e voltar a por tudo como dantes? Com GNR de polainas, Pides de gabardina, pároco temente a Deus e às autoridades, bufos na taberna, reguadas nas escolas, salário da época, latifundiários a arrematar trabalho eventual voluntário, tornado obrigatório?Muito analfabetismo. sem médico nem remédios, electricidade ou água potável.
Sem vacinas e muitas procissões.
Iam ver como, fruto da tradição, se desenvolvia o turismo e lá voltavam, aos molhos, esses saudosistas do fascismo, dos reis e das touradas! Um regabofe!
Depois, um dia, era só soltar os touros. A sério! Sem serem embolados. Sem serem sangrados previamente. Ou dopados. Sem barreiras de madeira ou escapatória.
Um mano a mano autêntico! Não é essa autenticidade que choram, perdida?
A Higiene Pública e a saúde naval
Tenho seguido com o mesmo estômago fraco os desempenhos públicos, e o que deles resulta, do vice-presidente da CMPorto e do AJJardim.
O mesmo se passa com o Isaltino e com o Major Loureiro.
Parece um concurso de obscenidades.
Cada um deles a superar o nosso espanto e indignação!
Desculpem, mas dada a minha condição de marujo com responsabilidades neste navio, aqui declaro que por higiene pública, e para saúde dos que viajam, não os cito. Não os comento.
Vomito da amurada!
O mesmo se passa com o Isaltino e com o Major Loureiro.
Parece um concurso de obscenidades.
Cada um deles a superar o nosso espanto e indignação!
Desculpem, mas dada a minha condição de marujo com responsabilidades neste navio, aqui declaro que por higiene pública, e para saúde dos que viajam, não os cito. Não os comento.
Vomito da amurada!
Lá se foi uma pérola, perdão um poema!
Numa comunicação a empresários e num apelo ao investimento, Sócrates citou , esta semana, um excerto de um poema de Sá-Carneiro:“Um pouco mais de sol - eu era brasa.Um pouco mais de azul - eu era além”.
E pedia assim aos investidores que acreditassem no País e renovassem investimentos.
Não sei se lhe deram ouvidos. Sei que um primeiro-ministro que cita poetas é bem melhor do que aquele que profere bacoradas, mastigando bolo-rei!
Aqui fica o Poema:
“Um pouco mais de sol - eu era brasa,
Um pouco mais de azul - eu era além.
Para atingir, faltou-me um golpe de asa...
Se ao menos eu permanecesse aquém...
Assombro ou paz? Em vão... Tudo esvaído
Num grande mar enganador de espuma;
E o grande sonho despertado em bruma,
O grande sonho - ó dor! - quase vivido...
Quase o amor, quase o triunfo e a chama,
Quase o princípio e o fim - quase a expansão...
Mas na minh'alma tudo se derrama...
Entanto nada foi só ilusão!
De tudo houve um começo ... e tudo errou...-
Ai a dor de ser - quase, dor sem fim...
Eu falhei-me entre os mais, falhei em mim,
Asa que se enlaçou mas não voou...
Momentos de alma que, desbaratei...
Templos aonde nunca pus um altar...
Rios que perdi sem os levar ao mar...
Ânsias que foram mas que não fixei...
Se me vagueio, encontro só indícios...
Ogivas para o sol - vejo-as cerradas;
E mãos de herói, sem fé, acobardadas,
Puseram grades sobre os precipícios...
Num ímpeto difuso de quebranto,
Tudo encetei e nada possuí...
Hoje, de mim, só resta o desencanto
Das coisas que beijei mas não vivi...
Um pouco mais de sol - e fora brasa
Um pouco mais de azul - e fora além.
Para atingir faltou-me um golpe de asa...
Se ao menos eu permanecesse aquém... “
Parece no entanto que esta citação que procura ilustrar um apelo não agrada à pureza da Joana Amaral Dias dos "bichos-carpinteiros" que considera a citação pouco reflectida e fora do contexto. E, claro, toda a trupe de comentadores de serviço que só têm por função deitar a baixo, destruir. Esses fazem parte dos que têm dores de dentes psicológicas e inveja galopante.
Não desesperem que temos prancha e mar de sobra
Bom! Estamos evoluir! Então já não são as políticas que são más, já não é responsável por o petróleo estar mais caro, pela deslocalização das empresas? Agora são as citações que são mal escolhidas para o momento.
Agora é o Mário Sá Carneiro que que é errático e infelizmente pouco credível. Valha-a Deus!
Talvez um lugarzito de assistente para as citações apropriadas, ACA para os iniciados! e tudo havia de melhorar.
Não seria melhor perguntar-se se os investidores portugueses estão a investir no País ou no estrangeiro?
Se, por acaso, a velha citação das pérolas e dos porcos não teria aqui algum lugar?
Vá lá, um esforço: Como naquelas associações beneficentes, escoteiros e assim: Vamos gostar hoje e todos os próximos dias, um bocadinho, de Portugal?
Valeu?
E pedia assim aos investidores que acreditassem no País e renovassem investimentos.
Não sei se lhe deram ouvidos. Sei que um primeiro-ministro que cita poetas é bem melhor do que aquele que profere bacoradas, mastigando bolo-rei!
Aqui fica o Poema:
“Um pouco mais de sol - eu era brasa,
Um pouco mais de azul - eu era além.
Para atingir, faltou-me um golpe de asa...
Se ao menos eu permanecesse aquém...
Assombro ou paz? Em vão... Tudo esvaído
Num grande mar enganador de espuma;
E o grande sonho despertado em bruma,
O grande sonho - ó dor! - quase vivido...
Quase o amor, quase o triunfo e a chama,
Quase o princípio e o fim - quase a expansão...
Mas na minh'alma tudo se derrama...
Entanto nada foi só ilusão!
De tudo houve um começo ... e tudo errou...-
Ai a dor de ser - quase, dor sem fim...
Eu falhei-me entre os mais, falhei em mim,
Asa que se enlaçou mas não voou...
Momentos de alma que, desbaratei...
Templos aonde nunca pus um altar...
Rios que perdi sem os levar ao mar...
Ânsias que foram mas que não fixei...
Se me vagueio, encontro só indícios...
Ogivas para o sol - vejo-as cerradas;
E mãos de herói, sem fé, acobardadas,
Puseram grades sobre os precipícios...
Num ímpeto difuso de quebranto,
Tudo encetei e nada possuí...
Hoje, de mim, só resta o desencanto
Das coisas que beijei mas não vivi...
Um pouco mais de sol - e fora brasa
Um pouco mais de azul - e fora além.
Para atingir faltou-me um golpe de asa...
Se ao menos eu permanecesse aquém... “
Parece no entanto que esta citação que procura ilustrar um apelo não agrada à pureza da Joana Amaral Dias dos "bichos-carpinteiros" que considera a citação pouco reflectida e fora do contexto. E, claro, toda a trupe de comentadores de serviço que só têm por função deitar a baixo, destruir. Esses fazem parte dos que têm dores de dentes psicológicas e inveja galopante.
Não desesperem que temos prancha e mar de sobra
Bom! Estamos evoluir! Então já não são as políticas que são más, já não é responsável por o petróleo estar mais caro, pela deslocalização das empresas? Agora são as citações que são mal escolhidas para o momento.
Agora é o Mário Sá Carneiro que que é errático e infelizmente pouco credível. Valha-a Deus!
Talvez um lugarzito de assistente para as citações apropriadas, ACA para os iniciados! e tudo havia de melhorar.
Não seria melhor perguntar-se se os investidores portugueses estão a investir no País ou no estrangeiro?
Se, por acaso, a velha citação das pérolas e dos porcos não teria aqui algum lugar?
Vá lá, um esforço: Como naquelas associações beneficentes, escoteiros e assim: Vamos gostar hoje e todos os próximos dias, um bocadinho, de Portugal?
Valeu?
sábado, agosto 27, 2005
São os incêndios, estúpidos! Os incêndios!
O JPP, no seu "abrupto", tem-se desdobrado em esforços para aumentar o fumo dos incêndios e, acompanhado dos comentadores que ele próprio escolhe, uns tais Ricardo Prata, C. Medina Ribeiro, António Carrilho, SMF e agora rufam já outros tambores esforçados ecos da sanha anti-tudo no "mar salgado" onde o delírio anti-socialista e anti-tudo lhes engrola os argumentos e lhes turva a já fraca vista.
Parecem até psicóticos em busca das próprias sombras.
Se tiverem estômago passem por lá. Vejam como, e até onde se chega, para ao mesmo tempo que se puxa por livros escolares do tempo do salazarismo, se desanca no actual governo e no PR.
O JPP e os seus "comentadores" sabem bem quem eucaliptou o País, quando e quem pinheirou quase tudo.
Claro que conhecem os grandes benefícios que o regime salazarista trouxe ao desenvolvimento e progressos rurais.
Como, naquele tempo, as populações eram mantidas, até com recurso à igreja, na maior obscuridade e como a sacrossanta propriedade e regime de exploração rural era mantido pela força em todo o País.
Também não desconhecem que até há bem pouco tempo os proprietários rurais sobreviveram num regime de exploração medieval do tipo "foros" e de verdadeiros servos agrícolas.
Conheci isso, de perto, na região de Coimbra/ Lousã há apenas 30/40 anos!
Deviam saber que em Portugal, mercê da exploração colonial, isso sim!, foi possível manter o País no maior atraso e que aqui nunca se fez a chamada revolução agrícola et pour cause, a industrial! O colonialismo teve destas coisas. Atrasou-nos e reduziu irremediavelmente à miséria milhões de seres humanos por esse mundo fora, séculos a fio!
Mas qual?! Aqueles senhores acham que os responsáveis são, por esta ordem:
- Os governos socialistas, incluindo o actual, que deve ter organizado a seca, a incúria das populações, o abandono das terras e os fogos postos!
- O actual Presidente da República que não pode apelar a nada, especialmente se isso puder inquietar algum proprietário mesmo que tenha 80 anos e já nem seja capaz de depenar uma galinha!
- A legislação que não é aplicada há décadas, em todos os aspectos da vida nacional, com evidentes culpas deste governo que já lá está há seis meses e só pode ter mandado apagar os fogos.
- O Estado, que somos todos nós, pagantes de impostos e que vimos, desde o 25 de Abril, os governos da direita a pregarem a favor da santa propriedade privada, das privatizações e das negociatas com aquilo que pode dar lucro imediato e olhando para o lado quando no Verão o País ía ardendo.
- O rendimento mínimo de inserção ou o garantido ! É verdade! E a estagnação comunista! Deve ser culpa deste governo tudo o que se passa por esse mundo fora. Mais o preço do barril, o terrorismo e os preços dos produtos chineses.
É quase patética esta tentativa de responsabilizar o rendimento mínimo de inserção/ ou garantido, como desejar o JPP e o FNV, pelo abandono do meio rural, pela desertificação do interior e pelos fogos. Se o ridículo queimasse, o FNV e mais estes comentadores em busca do tempo perdido, estariam reduzidos e cinzas. Esses "pequenos proprietários" queriam o quê? Continuar a pagar salários de miséria por trabalho braçal de grande dureza e completamente desprovido de protecção ou de futuro? O povo foi-se embora? Não trabalha mais para eles? Ingrato esse povo. Aliás o Salazar por alguma razão proibia a emigração. Um bocadinho de bom senso e de vergonha podia evitar que se continuassem a vender balelas socias e fantasias políticas para justificarem as saudades do antigamente!Mas essa da "estagnação comunista" é uma pérola digna das que saiem, entre vapores, pela boca fora do vosso AJJardim!
Se me sobrar um bocadito de tempo, vou actualizar a minha lista de espera para os saltos para a água!
Há montes de candidatos afogueados e a precisar de arrefecer as ideias!
Parecem até psicóticos em busca das próprias sombras.
Se tiverem estômago passem por lá. Vejam como, e até onde se chega, para ao mesmo tempo que se puxa por livros escolares do tempo do salazarismo, se desanca no actual governo e no PR.
O JPP e os seus "comentadores" sabem bem quem eucaliptou o País, quando e quem pinheirou quase tudo.
Claro que conhecem os grandes benefícios que o regime salazarista trouxe ao desenvolvimento e progressos rurais.
Como, naquele tempo, as populações eram mantidas, até com recurso à igreja, na maior obscuridade e como a sacrossanta propriedade e regime de exploração rural era mantido pela força em todo o País.
Também não desconhecem que até há bem pouco tempo os proprietários rurais sobreviveram num regime de exploração medieval do tipo "foros" e de verdadeiros servos agrícolas.
Conheci isso, de perto, na região de Coimbra/ Lousã há apenas 30/40 anos!
Deviam saber que em Portugal, mercê da exploração colonial, isso sim!, foi possível manter o País no maior atraso e que aqui nunca se fez a chamada revolução agrícola et pour cause, a industrial! O colonialismo teve destas coisas. Atrasou-nos e reduziu irremediavelmente à miséria milhões de seres humanos por esse mundo fora, séculos a fio!
Mas qual?! Aqueles senhores acham que os responsáveis são, por esta ordem:
- Os governos socialistas, incluindo o actual, que deve ter organizado a seca, a incúria das populações, o abandono das terras e os fogos postos!
- O actual Presidente da República que não pode apelar a nada, especialmente se isso puder inquietar algum proprietário mesmo que tenha 80 anos e já nem seja capaz de depenar uma galinha!
- A legislação que não é aplicada há décadas, em todos os aspectos da vida nacional, com evidentes culpas deste governo que já lá está há seis meses e só pode ter mandado apagar os fogos.
- O Estado, que somos todos nós, pagantes de impostos e que vimos, desde o 25 de Abril, os governos da direita a pregarem a favor da santa propriedade privada, das privatizações e das negociatas com aquilo que pode dar lucro imediato e olhando para o lado quando no Verão o País ía ardendo.
- O rendimento mínimo de inserção ou o garantido ! É verdade! E a estagnação comunista! Deve ser culpa deste governo tudo o que se passa por esse mundo fora. Mais o preço do barril, o terrorismo e os preços dos produtos chineses.
É quase patética esta tentativa de responsabilizar o rendimento mínimo de inserção/ ou garantido, como desejar o JPP e o FNV, pelo abandono do meio rural, pela desertificação do interior e pelos fogos. Se o ridículo queimasse, o FNV e mais estes comentadores em busca do tempo perdido, estariam reduzidos e cinzas. Esses "pequenos proprietários" queriam o quê? Continuar a pagar salários de miséria por trabalho braçal de grande dureza e completamente desprovido de protecção ou de futuro? O povo foi-se embora? Não trabalha mais para eles? Ingrato esse povo. Aliás o Salazar por alguma razão proibia a emigração. Um bocadinho de bom senso e de vergonha podia evitar que se continuassem a vender balelas socias e fantasias políticas para justificarem as saudades do antigamente!Mas essa da "estagnação comunista" é uma pérola digna das que saiem, entre vapores, pela boca fora do vosso AJJardim!
Se me sobrar um bocadito de tempo, vou actualizar a minha lista de espera para os saltos para a água!
Há montes de candidatos afogueados e a precisar de arrefecer as ideias!
sexta-feira, agosto 26, 2005
FOLEIRO E CASTO
Descaradamente roubado do Renas e Veados e, a seu crédito, um bocadinho do post que merece ser lido com aplausos!:
Temo-nos aqui esquecido de referir as acções do novo cabecilha do CDS, sabem quem é? É aquele partido fundado pelo ministro dos negócios estrangeiros, e pronto, tem agora um novo número 1 (ao todo são 12), Ribeiro e Castro (o "e" é para parecerem mais, mas são mesmo 12, contei-os duas vezes). O senhor está agora por aí nuns cartazes a dizer "De novo a seu lado.", e lá me esforcei por lembrar quando tinha sido a última vez que isso tinha acontecido, e não consegui mesmo lembrar. Só pode portanto ter sido num desses lugares de má fama onde não se consegue ver quem está ao lado ou num desses momentos menos dignificantes em que a bebida nos tolhe a vista, melhor nem tentar imaginar a situação...
Temo-nos aqui esquecido de referir as acções do novo cabecilha do CDS, sabem quem é? É aquele partido fundado pelo ministro dos negócios estrangeiros, e pronto, tem agora um novo número 1 (ao todo são 12), Ribeiro e Castro (o "e" é para parecerem mais, mas são mesmo 12, contei-os duas vezes). O senhor está agora por aí nuns cartazes a dizer "De novo a seu lado.", e lá me esforcei por lembrar quando tinha sido a última vez que isso tinha acontecido, e não consegui mesmo lembrar. Só pode portanto ter sido num desses lugares de má fama onde não se consegue ver quem está ao lado ou num desses momentos menos dignificantes em que a bebida nos tolhe a vista, melhor nem tentar imaginar a situação...
quinta-feira, agosto 25, 2005
A Novíssima Constituição do Iraque - 2
Não seria preciso ser muito avisado para desconfiar aqui há meses que esta Constituição seria grata, veneranda e obrigada, ao Islão.
Teria sido, isso sim, um número de magia advinhar que este documento não tivesse uma linha, uma palavra, uma vírgula, sobre o facto do Iraque estar ocupado militarmente por mais de 400.000 soldados de vinte Países e completamente cercado pela mais poderosa máquina naval jamais vista. Que para além dos soldados referidos há ainda um número, nunca tornado público, de mercenários e de "empresas" de segurança contratadas entre os mais ferozes do mundo e para as tarefas mais sujas e degradantes.
Mas é preciso ser ingénuo para acreditar na remota possibilidade de alguma vez ser possível misturar uns princípios de democracia com um estado islamita. Quando é que isso aconteceu? Onde?
Basta ler agora os Artigos 1 e 2 e suas alíneas para verificarmos que estamos não no Iraque mas no reino da fantasia e do faz de conta:
August 24, 2005
Text of the Draft Iraqi Constitution
By THE ASSOCIATED PRESS
The complete text of the draft Iraqi Constitution, as translated from the Arabic by The Associated Press:
PREAMBLE
We the sons of Mesopotamia, land of the prophets, resting place of the holy imams, the leaders of civilization and the creators of the alphabet, the cradle of arithmetic: on our land, the first law put in place by mankind was written; in our nation, the most noble era of justice in the politics of nations was laid down; on our soil, the followers of the prophet and the saints prayed, the philosophers and the scientists theorized and the writers and poets created
.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.
CHAPTER ONE: BASIC PRINCIPLES
Article (1): The Republic of Iraq is an independent, sovereign nation, and the system of rule in it is a democratic, federal, representative (parliamentary) republic.
Article (2):
1st -- Islam is the official religion of the state and is a basic source of legislation:
(a) No law can be passed that contradicts the fixed principles of Islam.
(b) No law can be passed that contradicts the principles of democracy.
(c) No law can be passed that contradicts the rights and basic freedoms outlined in this constitution.
-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.
Mas não carece de originalidade já que, em quase todos os seus artigos, visa combater o terrorismo qualquer que ele seja, por todas as formas e meios.
Por um lado dá ideia que andaram a copiar do caderno do lado, por outro, não se parece com um programa político. É mais uma declaração de polícia!
Ou me engano muito ou vou ter de exportar pranchas para vários locais. Custa-me. Sou-lhes afeiçoado!
Teria sido, isso sim, um número de magia advinhar que este documento não tivesse uma linha, uma palavra, uma vírgula, sobre o facto do Iraque estar ocupado militarmente por mais de 400.000 soldados de vinte Países e completamente cercado pela mais poderosa máquina naval jamais vista. Que para além dos soldados referidos há ainda um número, nunca tornado público, de mercenários e de "empresas" de segurança contratadas entre os mais ferozes do mundo e para as tarefas mais sujas e degradantes.
Mas é preciso ser ingénuo para acreditar na remota possibilidade de alguma vez ser possível misturar uns princípios de democracia com um estado islamita. Quando é que isso aconteceu? Onde?
Basta ler agora os Artigos 1 e 2 e suas alíneas para verificarmos que estamos não no Iraque mas no reino da fantasia e do faz de conta:
August 24, 2005
Text of the Draft Iraqi Constitution
By THE ASSOCIATED PRESS
The complete text of the draft Iraqi Constitution, as translated from the Arabic by The Associated Press:
PREAMBLE
We the sons of Mesopotamia, land of the prophets, resting place of the holy imams, the leaders of civilization and the creators of the alphabet, the cradle of arithmetic: on our land, the first law put in place by mankind was written; in our nation, the most noble era of justice in the politics of nations was laid down; on our soil, the followers of the prophet and the saints prayed, the philosophers and the scientists theorized and the writers and poets created
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CHAPTER ONE: BASIC PRINCIPLES
Article (1): The Republic of Iraq is an independent, sovereign nation, and the system of rule in it is a democratic, federal, representative (parliamentary) republic.
Article (2):
1st -- Islam is the official religion of the state and is a basic source of legislation:
(a) No law can be passed that contradicts the fixed principles of Islam.
(b) No law can be passed that contradicts the principles of democracy.
(c) No law can be passed that contradicts the rights and basic freedoms outlined in this constitution.
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Mas não carece de originalidade já que, em quase todos os seus artigos, visa combater o terrorismo qualquer que ele seja, por todas as formas e meios.
Por um lado dá ideia que andaram a copiar do caderno do lado, por outro, não se parece com um programa político. É mais uma declaração de polícia!
Ou me engano muito ou vou ter de exportar pranchas para vários locais. Custa-me. Sou-lhes afeiçoado!
Afinal a religião e o petróleo são miscíveis!
“You know, I don't know about this doctrine of assassination, but if he thinks we're trying to assassinate him, I think that we really ought to go ahead and do it “
Pat Robertson
O famoso tele-evangelista Pat-Robertson , alto dignitário da teocracia que se apoderou do poder na América e que através dos muitos Institutos e poderosos meios de comunicação deixou cair a máscara, agora acha conveniente que os EUA devam assassinar um Presidente ( mais um) eleito livremente num outro País livre e independente, a Venezuela.
Para além das questões de ordem e da ordem internacional, levantam-se outras pontas deste problema mais vasto e que é o desenfreado uso da religião para fazer política . E da mais reles e ordinária, diga-se!
Então os talibans e os aihatolas não eram acusados de fazer isso mesmo?
Desenganem-se aqueles que inocentemente pensavam que a religião era para orar a um deus! Ou para espalhar a paz entre os homens!
Tem sido, sempre, para justificar todos os crimes e, em nome dos variados deuses, perpetuar no poder uma classe, uma clique, uns déspotas!
Há uns tempos atrás escrevi aqui que o Chavez ainda não tinha um bloqueio em cima porque tinha petróleo para vender aos EUA. Acertei.
Leia mais na bbc.co.uk
quarta-feira, agosto 24, 2005
O Sal da vida e as leituras de GWBush
Com o devido crédito ao autor de "Salt", Mark Kurlansky, e ao The Guardian Unlimited, aproveito este período de férias, quase acabadas para muitos, para meter esta pulga atrás da orelha.
O texto vale bem a pena e acredito que fica melhor no original que na minha tradução que só podia ser perdoada porque não passaria duma tentativa:
Hope you like my book, Mr Bush
O texto vale bem a pena e acredito que fica melhor no original que na minha tradução que só podia ser perdoada porque não passaria duma tentativa:
Hope you like my book, Mr Bush
Mark Kurlansky Tuesday August 23, 2005
The white stuff: Salt has made this year's presidential beach reading list
What does it mean that George W Bush, a man who has demonstrated little ability for reflection, who is known to read no newspapers and whose headlong charge into disaster after cataclysm has shown a complete ignorance of history, who wants to throw out centuries of scientific learning and replace it with mythical mumbo-jumbo that he mistakenly calls religion, who preaches Christianity but seems to have never read the teachings of the great anti-war activist, Jesus Christ, is now spending his vacation reading my book, Salt: A World History?
Reading the White House propaganda about what a serious reader he is, choosing books of depth rather than beach reads, it occurred to me that this may be an entirely staff-manufactured hoax, designed to give the president the appearance of having an intellectual depth he clearly lacks. But Warren Vieth, a White House correspondent for the Los Angeles Times, who, bored to the brink of madness in Crawford, Texas where the president was vacationing while the world exploded, interviewed me last week. He assured me that Bush reads books and discusses them in a way that makes clear he has truly read them.
So why was Bush reading Salt, and what could he get out of it? Perhaps, if he did pick it himself, it was because he was once in the Texas oil business that began in 1901 when Patillo Higgins and Anthony Lucas ignored the advice of geologists and drilled around a Texas salt dome called Spindletop.
In many ways, oil replaced salt. Before the age of petroleum, geology was largely dedicated to understanding and locating salt. The technology of drilling rigs and wells was primarily about salt. Because only salted food could be traded, it was the basis of economies. Because armies and navies needed it for provisions and to maintain horses and it was the only known way to cauterise a wound, it was considered strategic. Alliances were formed and wars were fought over it. Several revolutions erupted in part over excessive salt taxes. Queen Elizabeth I had warned England of its dangerous dependence on foreign sea salt.
All of this furore over common salt seems a little silly today. I hope Bush, with his interest in history, will realise that, in time, the fights over oil will look equally foolish. Could this lead to his abandoning his Texas cronies, realising oil is not worth hundreds of thousands of lives in Iraq, and that government has the ability to foster research and develop existing technology to move the world away from oil?
Doubtless, after this happens the political leaders of the world will be ready to kill for the next big thing. So maybe he should put my book down, walk outside and talk to the grieving mothers of the American youth he wasted, who are camped in front of the ranch.
The white stuff: Salt has made this year's presidential beach reading list
What does it mean that George W Bush, a man who has demonstrated little ability for reflection, who is known to read no newspapers and whose headlong charge into disaster after cataclysm has shown a complete ignorance of history, who wants to throw out centuries of scientific learning and replace it with mythical mumbo-jumbo that he mistakenly calls religion, who preaches Christianity but seems to have never read the teachings of the great anti-war activist, Jesus Christ, is now spending his vacation reading my book, Salt: A World History?
Reading the White House propaganda about what a serious reader he is, choosing books of depth rather than beach reads, it occurred to me that this may be an entirely staff-manufactured hoax, designed to give the president the appearance of having an intellectual depth he clearly lacks. But Warren Vieth, a White House correspondent for the Los Angeles Times, who, bored to the brink of madness in Crawford, Texas where the president was vacationing while the world exploded, interviewed me last week. He assured me that Bush reads books and discusses them in a way that makes clear he has truly read them.
So why was Bush reading Salt, and what could he get out of it? Perhaps, if he did pick it himself, it was because he was once in the Texas oil business that began in 1901 when Patillo Higgins and Anthony Lucas ignored the advice of geologists and drilled around a Texas salt dome called Spindletop.
In many ways, oil replaced salt. Before the age of petroleum, geology was largely dedicated to understanding and locating salt. The technology of drilling rigs and wells was primarily about salt. Because only salted food could be traded, it was the basis of economies. Because armies and navies needed it for provisions and to maintain horses and it was the only known way to cauterise a wound, it was considered strategic. Alliances were formed and wars were fought over it. Several revolutions erupted in part over excessive salt taxes. Queen Elizabeth I had warned England of its dangerous dependence on foreign sea salt.
All of this furore over common salt seems a little silly today. I hope Bush, with his interest in history, will realise that, in time, the fights over oil will look equally foolish. Could this lead to his abandoning his Texas cronies, realising oil is not worth hundreds of thousands of lives in Iraq, and that government has the ability to foster research and develop existing technology to move the world away from oil?
Doubtless, after this happens the political leaders of the world will be ready to kill for the next big thing. So maybe he should put my book down, walk outside and talk to the grieving mothers of the American youth he wasted, who are camped in front of the ranch.
Volto às recordações porque tudo arde
Visto que a minha procuração para defesa do Dr. Mário Soares, dos membros da Assembleia da República, de cada Presidente de Autarquia e dos maiores partidos, está em vias de expirar, regresso por momentos às recordações de um tempo mais despreocupado e revisito as minhas memórias, antes que tudo arda:
Volto em pensamento, regularmente, a Coimbra, a Miranda e à Lousã.
Ao Senhor da Serra, a Olho Marinho, ao Trevim,
Era tudo verde e para a vista se perder. Havia futuro em cada sombra. Em cada sombra um convite.
Oiço afinal que tudo ardeu.
Não ficou mesmo nada?
É pena que tenha de ser assim.
Merecíamos a oportunidade de colocar o braço no ombro do horizonte, na cintura da serra, e de trazer um bocado de verde connosco!
Volto em pensamento, regularmente, a Coimbra, a Miranda e à Lousã.
Ao Senhor da Serra, a Olho Marinho, ao Trevim,
Era tudo verde e para a vista se perder. Havia futuro em cada sombra. Em cada sombra um convite.
Oiço afinal que tudo ardeu.
Não ficou mesmo nada?
É pena que tenha de ser assim.
Merecíamos a oportunidade de colocar o braço no ombro do horizonte, na cintura da serra, e de trazer um bocado de verde connosco!
segunda-feira, agosto 22, 2005
Carta aberta ao futuro primeiro-ministro de Portugal, o PQP e Filipe II
Visto que daqui as notícias chegam aí com atraso, dirijo-me já a V.Exa. e não ao seu antecessor, sem medo de errar muito!
É a V.Exa que falo no intuito de o felicitar pelo seu novo cargo e para o avisar das razões porque o seu anterior colega foi outro que partiu sem nos deixar saudades.
Nem quero falar de promessas eleitorais que sem elas quem é que seria eleito?, não senhor, não se trata disso!
Desejo isso sim apelar para que V.Exa se filie no novo partido que acabo de formar. O PQP- Pró Qué Preciso
Tá a ver?
É assim a modos de um Partido todo novo destinado a fazer o que é preciso neste País.
Digamos que praticamente desde a fundação da nacionalidade, acto maior e do mais profundo significado, tudo o que aqui se tem feito ou é fruto do acaso ou da extrema necessidade.
Sempre se evitou com êxito, diga-se, que se fizesse o que era realmente preciso.
Nem me atrevo a enumerar os maiores disparates nacionais: esqueço as estaladas dadas na mãe; meto na gaveta a cruzada contra os mouros; relevo os casamentos consanguíneos, as tentativas de regresso à coroa espanhola e os incestos; atiro para trás das costas o comércio de escravos e a invenção da acumulação capitalista e do comércio dito triangular; nem quero falar da globalização iniciada com o recurso à perfídia, à inveja, aos canhões enfim; não recordo já a venda de património e de receitas vencidas e vincendas levadas a cabo, alegremente, reinado após reinado, vendendo por cem o que valia mil e comprando hoje por mil o que amanhã custaria dez ou vinte; a incompetência colonial, o abandono das terras, a monocultura, a falta de plano a qualquer nível, quero esquecer que mais recentemente e a um ritmo alucinante, em termos históricos, se nacionalizaram latifúndios, a seguir pagaram-se indemnizações aos anteriores proprietários e depois devolveram-se-lhes as mesmas terras onde tudo regressou ao século XV, mas ainda com menos empregos e nenhuma produtividade; nem falo da protecção dos interesses nacionais agora com as antigas colónias; vamos relevar a história de Cahora-Bassa que constitui um “case study” nas melhores faculdades de economia do mundo e risota universal para muitos séculos vindouros; Atiro sobre o fogo destruidor a suave capa do olvido; nem recordo a completa ausência de realização de métodos de retenção de água no solo, vulgo barragens, ou a insustentável leveza da paisagem que breve se constitui em recordação fumegante; Não quero saber de F-16 ou de submarinos que não lhes almejo utilidade!
Tá a ver?
Temos portanto um partido novo à sua espera. O caderno de encargos é variado mas simples. Bastará fazer o contrário do que foi feito nos últimos oito séculos e já está! Fica feito o que é preciso e damos como justificado a criação do PQP!
Viva o Pró Qué Preciso!
Portugal já não aguenta mais!
Se isto não for feito receio que Filipe II tivesse razão quando, optando por outras conquistas, se queixava dizendo que “em Portugal não se governam nem se deixam governar!”
sexta-feira, agosto 19, 2005
A Jarda Escocesa, o Pinóquio e os Imigrantes ilegais
Sabemos desde a mais tenra idade que os valores da educação britânica são imutáveis. Temos a certeza do seu conteúdo estimável e que se baseiam nos sãos princípios do carácter dos habitantes da velha Albion. Era como um facto geográfico. A conduta cível morava ali. A verdade observava sobranceira e, derramava os suficientes salpicos da sua imensa self-confidence.
Claro que de vez em quando lá havia uma história de cuecas e de ministros, de princesas e de leitos alheios, de instrutores cavalariça e de roçagar de sedas e cetins. Havia até quem, olhando para trás, tivesse visto a mais feroz e descarada acumulação do capital e da propriedade privada.
Mas as instituições eram sagradas. Ele era a coroa, os diversos castelos, as obras de caridade, o exército senhores, o exército!, a navy, os boinas de várias cores, o império colonial, a recusa do euro, a commonwealth. Desculpem, não é engano, não senhor. Eu disse Commonwealth mesmo!
Não sabem o que é ? O nome está mesmo a dizer, Commonwealth, Riqueza Comum ! É assim como uma sociedade por quotas onde o dinheiro de todos foi entregue a um deles para benefício do próprio e de rios de propaganda a seu favor. Assim não há problemas. Todos diferentes e todos a contribuirem para o bem da gestão centralizada. Até se criou a bolsa de valores e a bolsa de mercadorias onde os mais ricos podiam comprar aos mais pobres o máximo de produtos pelo valor mínimo de mercado. Há alguém que não perceba estas inúmeras vantagens?
Mas lá estou eu a afastar-me do título e do fundo da questão. Falava de instituições e do brilho que cobria as melhores. Nomeadamente a Jarda Escocesa sempre felizmente encarregada do combate aos maus. Parece que há por lá umas duvidazitas sobre as diversas versões da morte do electricista brasileiro. Afinal o homem não usava a perigosa gabardina. Até tinha pegado no jornal gratuíto lá do sítio, não saltou barreiras e só se apressou na entrada da porta da carruagem. Claro que a cor da pele não ajudou nada. A reconstituição agora divulgada, a ser a verdadeira, mostra bem como se faz: agarra-se nos braços do homem. Pela sua frente pois estava sentado. Depois um ou mais agentes disparam oito tiros na cabeça da vítima, sem mais aquelas! Serviço acabado! Limpo! Perdão, tudo sujo! Aliás deve ter sido uma merda de miolos por todo o lado.
No minuto seguinte já a Jarda Escocesa sabia que matara um inocente da forma mais fria e cruel.
Sabia e contou ao mundo uma história que isto de versões de factos o que conta são as primeiras impressões. Depois, quem é que quer saber de pormenores? De especulações jornalisticas?
O homem tinha corrido, não tinha? O homem usava gabardina, não usava? Era escuro de pele, não era? Até estava, parecia, ilegal na Inglaterra!
E isto dos imigrantes ilegais por lá colhe que se farta!
Ah ! é verdade quem é que já viu um imigrante ilegal de olhos azuis num daqueles países da Commonwealth? Nunca houve disso. Só há em Dover e em Calais. Por vezes em contentores e todos com uma péssima cor de pele. É da alimentação!
Claro que de vez em quando lá havia uma história de cuecas e de ministros, de princesas e de leitos alheios, de instrutores cavalariça e de roçagar de sedas e cetins. Havia até quem, olhando para trás, tivesse visto a mais feroz e descarada acumulação do capital e da propriedade privada.
Mas as instituições eram sagradas. Ele era a coroa, os diversos castelos, as obras de caridade, o exército senhores, o exército!, a navy, os boinas de várias cores, o império colonial, a recusa do euro, a commonwealth. Desculpem, não é engano, não senhor. Eu disse Commonwealth mesmo!
Não sabem o que é ? O nome está mesmo a dizer, Commonwealth, Riqueza Comum ! É assim como uma sociedade por quotas onde o dinheiro de todos foi entregue a um deles para benefício do próprio e de rios de propaganda a seu favor. Assim não há problemas. Todos diferentes e todos a contribuirem para o bem da gestão centralizada. Até se criou a bolsa de valores e a bolsa de mercadorias onde os mais ricos podiam comprar aos mais pobres o máximo de produtos pelo valor mínimo de mercado. Há alguém que não perceba estas inúmeras vantagens?
Mas lá estou eu a afastar-me do título e do fundo da questão. Falava de instituições e do brilho que cobria as melhores. Nomeadamente a Jarda Escocesa sempre felizmente encarregada do combate aos maus. Parece que há por lá umas duvidazitas sobre as diversas versões da morte do electricista brasileiro. Afinal o homem não usava a perigosa gabardina. Até tinha pegado no jornal gratuíto lá do sítio, não saltou barreiras e só se apressou na entrada da porta da carruagem. Claro que a cor da pele não ajudou nada. A reconstituição agora divulgada, a ser a verdadeira, mostra bem como se faz: agarra-se nos braços do homem. Pela sua frente pois estava sentado. Depois um ou mais agentes disparam oito tiros na cabeça da vítima, sem mais aquelas! Serviço acabado! Limpo! Perdão, tudo sujo! Aliás deve ter sido uma merda de miolos por todo o lado.
No minuto seguinte já a Jarda Escocesa sabia que matara um inocente da forma mais fria e cruel.
Sabia e contou ao mundo uma história que isto de versões de factos o que conta são as primeiras impressões. Depois, quem é que quer saber de pormenores? De especulações jornalisticas?
O homem tinha corrido, não tinha? O homem usava gabardina, não usava? Era escuro de pele, não era? Até estava, parecia, ilegal na Inglaterra!
E isto dos imigrantes ilegais por lá colhe que se farta!
Ah ! é verdade quem é que já viu um imigrante ilegal de olhos azuis num daqueles países da Commonwealth? Nunca houve disso. Só há em Dover e em Calais. Por vezes em contentores e todos com uma péssima cor de pele. É da alimentação!
quinta-feira, agosto 18, 2005
O gato escondido e outras tropelias
Ainda a readaptar-me aos ruídos da cidade, acredito ter ouvido ontem de manhã uma não notícia. Isto é, uma notícia que não devia ter sido. Dada, compreendem? Colocada no éter pela TSF. E digo eu que não devia ter sido eterizada já que, depois, nem mais uma palavra sobre a matéria. E não é que me pareceu importante a referida notícia?
Rezava ela - que não vos quero aí a roer as unhas - que algures no Iraque um grupo de zelosos vigias de uma não menos cuidada instalação tinham sido, os seis, bárbaramente assassinados por uns encapuçados. Ah!, já me esquecia do curioso da notícia: Que os referidos mortos eram todos israelitas e estavam lá no Iraque a dar protecção à tal instalação.
Anda aqui qualquer coisa a ficar destapada. Então não eram os americanos e ingleses que tinham ocupado, manu militari, o Iraque?
Não tinham declarado que em caso algum queriam lá os Israelitas para que se não dissesse o óbvio?
Então as campanhas de desinformação da Al- não sei o quê, têm uma base de realidade?
Se o gato estava escondido, já o encontraram e com pouca saúde, diz a TSF.
Rezava ela - que não vos quero aí a roer as unhas - que algures no Iraque um grupo de zelosos vigias de uma não menos cuidada instalação tinham sido, os seis, bárbaramente assassinados por uns encapuçados. Ah!, já me esquecia do curioso da notícia: Que os referidos mortos eram todos israelitas e estavam lá no Iraque a dar protecção à tal instalação.
Anda aqui qualquer coisa a ficar destapada. Então não eram os americanos e ingleses que tinham ocupado, manu militari, o Iraque?
Não tinham declarado que em caso algum queriam lá os Israelitas para que se não dissesse o óbvio?
Então as campanhas de desinformação da Al- não sei o quê, têm uma base de realidade?
Se o gato estava escondido, já o encontraram e com pouca saúde, diz a TSF.
2 PRANCHAS 2
Regressado de férias e das saudades disto, voilá um escriba olhando já o horizonte e agora provido de mais uma prancha. Maior, mais larga, tipo sport, que, ou me engano muito, ou vamos ter horas extras aqui no convés. Muita cerimónia, muita exéquia, algumas lágrimas e poucas saudades.
! Quem viver, verá !
! Quem viver, verá !
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