Isto aqui a bordo vai complicado: O Comandante ontem juntou a marujada na ré e vai de avisar que o trabalho andava uma merda, nas aulas. É, eu já me esquecia de avisar que aqui foram instituídas aulas, levamos professores, papel e lápis. Burburinho. Os senhores professores doutores reitores até disseram que aquilo nunca se vira. Um destrambelho. Mandar averiguar como é que iam as escolas?! O aproveitamento!? Era só o que faltava. Ele que não se esquecesse que muitos deles andavam numa roda-viva da proa à ré, de estibordo a bombordo, da gávea ao mastro grande a dar aulas e a ensinar esta marujada já de si tão ingrata e tão ignara a ver se faziam deles homens. Que, se a finalidade das aulas era essa, a de alguns aprenderem alguma coisa, que então estava tudo mal. A finalidade eram as aulas, e eles davam-nas em quantidade e sobre matérias candentes. Claro que podiam porventura melhorar alguns aspectos. Talvez mais visitas de estudo e de formação para os docentes. Parava-se a barca e eles desembarcariam numas ilhas de que tinham ouvido falar onde os congressos e as semanas de estudo intensivo lhes haviam de fazer bem. Mal não fariam, diziam. Ficámos divididos. Uns diziam que para se verem livres deles a ideia das Ilhas dos Congressos lhes parecia muito bem. Outros, os do lado esquerdo, bombordo, gritando que afinal voltariam os mesmos, correram a encerar a prancha e faziam sons como “ploffff!”e “Gluglu” e ainda outros menos fáceis de vos transmitir. Depois o Comandante deu de ombros e deu também mais um tempo a ver se aquilo melhorava. É que se não melhora o remédio vai ser “ meia dúzia de passos em frente” e pluf. Homem ao mar! E não empurrem. Um de cada vez ! Há espaço para todos trinta braças mais abaixo.
quarta-feira, maio 11, 2005
Notícias da Barca – 2
Isto aqui a bordo vai complicado: O Comandante ontem juntou a marujada na ré e vai de avisar que o trabalho andava uma merda, nas aulas. É, eu já me esquecia de avisar que aqui foram instituídas aulas, levamos professores, papel e lápis. Burburinho. Os senhores professores doutores reitores até disseram que aquilo nunca se vira. Um destrambelho. Mandar averiguar como é que iam as escolas?! O aproveitamento!? Era só o que faltava. Ele que não se esquecesse que muitos deles andavam numa roda-viva da proa à ré, de estibordo a bombordo, da gávea ao mastro grande a dar aulas e a ensinar esta marujada já de si tão ingrata e tão ignara a ver se faziam deles homens. Que, se a finalidade das aulas era essa, a de alguns aprenderem alguma coisa, que então estava tudo mal. A finalidade eram as aulas, e eles davam-nas em quantidade e sobre matérias candentes. Claro que podiam porventura melhorar alguns aspectos. Talvez mais visitas de estudo e de formação para os docentes. Parava-se a barca e eles desembarcariam numas ilhas de que tinham ouvido falar onde os congressos e as semanas de estudo intensivo lhes haviam de fazer bem. Mal não fariam, diziam. Ficámos divididos. Uns diziam que para se verem livres deles a ideia das Ilhas dos Congressos lhes parecia muito bem. Outros, os do lado esquerdo, bombordo, gritando que afinal voltariam os mesmos, correram a encerar a prancha e faziam sons como “ploffff!”e “Gluglu” e ainda outros menos fáceis de vos transmitir. Depois o Comandante deu de ombros e deu também mais um tempo a ver se aquilo melhorava. É que se não melhora o remédio vai ser “ meia dúzia de passos em frente” e pluf. Homem ao mar! E não empurrem. Um de cada vez ! Há espaço para todos trinta braças mais abaixo.
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