terça-feira, maio 31, 2005

Suplemento “A Europa” – nº1 ( NON pode ser lido separadamente )


Leio directamente da perna do pombo e nem acredito: Então, em França, a esquerda partiu-se aos bocados e vai de, em conjunto com a direita e a extrema direita ululante, vai, dizia eu, dizer NON ao Tratado Constitucional Europeu.
Faz lembrar aquela dos operários da velha Albion, que, nos primores da Revolução Industrial, e acossados pela repugnante acumulação primitiva do capital – a qualquer custo – se revoltaram …contra as máquinas e …partiram-nas!
Errou agora a esquerda em França. Ele há alianças que logo nos indicam se estamos no caminho certo ou no errado.
Diz-me uma carta que acabo de receber que também em Portugal há culpados de tentarem apoiar o OUI francês e que de entre eles se destaca o Presidente Sampaio. Diga-se em abono da verdade que o argumento me pareceu um bocadinho oportunista. Deve ser alguém que não gosta dele. Alguém a tentar ajustar contas antigas com um pretexto que na aparência, só nela, parece razoável:
Pois diz o ilustre causídico – pois trata-se de um – que como defensor da Constituição Portuguesa o PR não pode apoiar referendos que uma vez aprovados tornem subordinada a Cons. Port. à Europeia. À primeira vista parece um argumento que bóia. Mas não. Nem argumento é :
Primeiro, porque já hoje, à luz dos actuais tratados em vigor, as directivas europeias uma vez aprovadas em CE se sobrepõem às leis nacionais de cada membro da União. Aliás devem ser imediatamente transcritas para o nosso direito nacional !
Logo, argumento borda fora.
Segundo, porque a ser verdade que o PR deva em todas as circunstâncias defender a Constituição, então devia vetar todas e quaisquer alterações que lhe fossem submetidas viessem de onde viessem.
Não faz sentido, e prancha fora!
Terceiro, uma vez que a eventual vitória do OUI não teria - de facto – qualquer implicação no exterior da França e que se saiba eles já lá têm um PR…não colhe !

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