Depois do BPN e do BPP, da impunidade dos senhores procuradores e juizes, só faltava este novo investimento do Estado nessa coisa chamada BPP para sermos de facto tomados por parvos!
Já não se trata de saber da contabilidade criativa dos grandes grupos e dos Bancos :
Agora trata-se continuar a injectar o nosso dinheiro, a esmo, em cadáveres que ninguém comprará jamais.
Copio a crónica do nosso descontentamento do Filipe Tourais, como redenção dos pecados deles:
"O buraco dos nossos sacrifícios
Enquanto quem afundou o banco anda por aí à solta a gozar os rendimentos, o Governo já enterrou 4 mil e 600 milhões de euros no BPN. Tudo isto resultaria numa venda de toda a rede de balcões do banco por, imagine-se, 180 milhões de euros que, porém, ninguém achou bom negócio. Mas se tudo isto parece inexplicável num país em que, em 2009, um quinto dos seus habitantes vivia em situação de privação material – leia-se pobreza –, mais bizarro ainda se torna saber que, em pleno ano de sacrifícios impostos também e sobretudo a esse quinto de pobres, o Governo se abalança para enterrar mais 400 milhões no mesmo buraco. Para depois vendê-lo a quem e por quanto, fica a incógnita. Para já, fica o número redondo de 5 mil milhões de euros como custo de uma delinquência banqueira a quem a Justiça não deita a mão e a quem o Governo, em comunhão de interesses com PSD e CDS, passou e continua a passar a mão pelo pêlo. Carinhos de valor semelhante ao do pacote de austeridade que o Governo quer ver aprovado no Orçamento do Estado para 2011. Juntem-se-lhe mil milhões em submarinos e mais uns quantos milhares de milhões em perdões e isenções fiscais ao sector financeiro, às grandes fortunas, às transacções com paraísos fiscais e aos rendeiros do país da energia, electricidade, auto-estradas e outras "parcerias". Quando é pela pátria, qualquer sacrifício vale mesmo a pena."
1 comentário:
quando é pelo partido qualquer pena vale o sacrifício
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