"Por estes dias, o Estado, aflito com as dívidas que acumulou durante décadas, não vê melhor maneira de remediar a sua inépcia do que assaltar aqueles que nenhuma culpa têm na matéria. Na sua maioria, são os trabalhadores, contratados pelo próprio Estado ou por conta de outrem e aqueles que tendo contribuído para a Segurança Social se vêem agora na situação de desemprego ou reforma.
Cabe abrir um parêntesis para dizer que os funcionários públicos, muito injustamente demonizados, não têm qualquer responsabilidade no descalabro das contas públicas. Afinal, foram os sucessivos governos e autarquias que os contrataram e não o contrário.
Enfim, o abuso é patente e há muito que ultrapassou o razoável. Em particular, o atual governo passa os dias a inventar maneiras de ir buscar mais dinheiro ao rendimento dos portugueses. É insaciável. Fá-lo aumentando todo o tipo de impostos, pois mesmo quando fala em cortar na despesa, é ainda e afinal outra forma de usurpar salários e benefícios. Na verdade, ainda não se viu nenhum efetivo corte na despesa do Estado, nem diminuição da sua máquina trituradora.
Acresce que este governo, dito liberal, atreve-se mesmo a invadir a esfera privada ao impor um aumento do horário do trabalho para todos os trabalhadores. O que significa sobrepor-se, administrativamente, à negociação entre as partes. Com isto extermina a pomposamente chamada concertação social, a qual se torna, também ela, em mais um mero instrumento da arrogância estatal.
Concluindo. Estão definitivamente a passar das marcas. Aos cidadãos resta um único caminho. A desobediência civil por incumprimento contratual da parte Estado. Se o Estado é incompetente, gastador e incumpridor então há que despedir o Estado." (Leonel Moura)
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