"Tem de se exigir à justiça que deixe de ser um obstáculo ou um entrave ao crescimento económico." O apelo é do ex-ministro da Justiça José Pedro Aguiar-Branco, para quem "a ineficiência, e, em particular, a morosidade de que padece o sistema judicial, beneficia os agentes económicos faltosos".
As palavras de Aguiar-Branco foram proferidas ontem à noite na Fundação Cupertino de Miranda, no Porto, durante um jantar-debate subordinado ao tema "Desenvolvimento económico sem desenvolvimento da justiça?".
Palavra que um dia espero ser convidado, já não digo para a jantarada, mas só para poder perguntar ao Sr. ex-ministro da Justiça que diabo andou por lá a fazer, se tudo quanto agora diz ser indispensável, nunca tentou ao menos começar a por em prática, enquanto era ministro?
Ele era a reorganização regional dos tribunais, a informatização, a criação de tribunais especializados( Oops!!), a formação do pessoal e até conseguiu, sozinho!, admitir nos quadros 250 funcionários eventuais. Sim senhor! 250 funcionários !
Claro que como não passou das intenções, como convinha, nunca ouviu mais do que piropos.
E agora é convidado para expor as ideias do que devia ter feito e se esqueceu de iniciar.
Parece uma brincadeira, não é ?
E o País continuou à espera dum próximo ministro que fizesse realmente a diferença e se desse ao trabalho de justificar a sua passagem pelo cargo.
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