Um que se atirou ao mar, sozinho!

"Avaliação de escravos em Cuba, 1835"


Quando , há dois dias escrevi um post sobre a coincidência da data das eleições autárquicas 2005 com a data do assassinato de Che Guevara, na Bolívia em 1967, estava eu longe de prever o odioso comentário que me enviaram e que reproduzo:
"Engraçado! Não sabia que ditadura de Direita é imperialista e má e ditadura de Esquerda Comunista é regime democrático e anti-imperialista. Estou sempre a aprender, uma pergunta: Cuba é um regime democrático? "
Assinado RACOSTA.

Diante de tal dislate, confrontado com o oportunismo da pergunta, indaguei quem me escrevia. Fiquei a saber várias coisas:
O pobre, que de ingénuo nada tem, tamborete de todos os opressores, badalo do sino do imperialismo mais torpe, encontra-se mesmo entre os papalvos, no meio dos incrédulos e sentado entre os egoístas que povoam as seitas da direita semi-analfabeta.
Papalvos, porque não percebem a figura que andam a fazer, em nome dos outros;
Pandeiretas e badalos, porque tocam a música que o império escreve,
Incrédulos, já que só acreditam no que vêm a dois palmos de distância e
Egoístas, porque julgam estar muito bem na vida, apanhando as migalhas que do banquete, tombam.
Não tenho qualquer obrigação de lhe explicar as diferenças entre regimes de direita e de esquerda, entre os opressores e os oprimidos, entre os que cercam e os sitiados, os que vivem na democracia e os que dizem viver nela, entre as guerras justas e as de rapina, entre a democracia do possível e a diplomacia da canhoneira, entre...
Tenham paciência mas nesse peditório já dei!
O que me parece é que temos necessidade de o ensinar a escrever português. Para o ajudar a exprimir-se.
É que não sei o que é pior. Se o que escreve, se como escreve!
É que o cavalheiro dá demasiados erros de ortografia mesmo para quem denota tão pouca cultura e usa, como diz, um corrector.
Ele há correctores que não aguentam tanto disparate. Eu sou um deles.
Talvez um dos meus leitores tenha paciência para tal tarefa:

Ora vejam estas "pérolas" do raciocínio e da ortografia do pedante, pescadas há pouco de meia dúzia dos seus posts:

“Sim, aqueles jornalistas que, à um ano, mostravam a desgraça dos incêndios por todo o país e que, no fim de cada reportagem, encaminhavam a responsabilidade para o governo”

“Este ano nada! Até agora ninguém proferiu, num telejornal, as palavras incêndio e governo na mesma frase.”
( Além de profundamente falso, esta tendência para usar os incêndios como arma contra o governo já me parece um caso de polícia a merecer umas perguntinhas...)

“Podem assisti-la em Guimarães no Centro Cultural de Vila Flor apenas hoje (Domingo)”(Naco de prosa referido a uma peça de teatro, a ver. A ser assistida dizia o cavalheiro...)

“Já não fumo à 4 meses Esforço!? Tirando os primeiros 3 dias, nenhum!”
“Fumava um maço por dia. Já não fumo à 4 meses, 11 horas e 8 minutos. Até agora não fumei 2469 cigarros e poupei €314.83.”( É penosa a insistência na asneira. Em Cuba davam-lhe aulas de recuperacion. Por cá, não sei. )

“Segredo
Quarta-feira Setembro 28th 2005, 8:05 autor: Rodrigo Costa Arquivado sob: Na Rede
Vou contar um segredo aqui no blogue.
Há uma coisa que eu escondo, que nunca contei a ninguém, hoje vou contar a toda gente (7 ou 8 resistentes). Aqui vai: sempre, ou quase sempre, que faço um post vou a este site verificar se tenho algum erro ortográfico. É uma jóia e bem mais barato de que comprar o FLiP5! “

"Está na altura de o Governo, seja ele quem for, garanta quatro princípios básicos:
1. A criação de políticas que favoreçam a protecção florestal.
2. A proibição de construção ou de qualquer outro tipo de desenvolvimento sobre uma área ardida durante pelo menos 10 anos.
3. Que de facto seja feita justiça e que se acabe com penas as suspensas – que mais parece impunidade pura – para casos de fogo posto."