Ainda sobre as "Aulas de substituição" que são mais do que necessárias, já deixei o seguinte comentário por aí, e publico-o agora com algumas pequenas adendas:
"Bom se os professores faltam pouco. Excelente.
Se faltam e justificam. Que se pode fazer?
Os alunos e os pais dos mesmos, todos nós, que pagamos o mais caro serviço público de educação da Europa per capita, só podemos aplaudir quem nos quer garantir que os miúdos não se fazem à rua em tempo de aulas.
A questão que está subjacente aqui é que há muitos profs que têm medo dos alunos e da indisciplina que não são capazes de enfrentar.
Há escolas exemplares e conheço algumas que SEM polícia à porta ou câmaras de filmar, SEM expulsões de alunos, conseguiram criar uma cultura de Escola, de envolvimento da sociedade escolar, de toda ela, e que vivem em harmonia e com aulas de substituição há anos, em Portugal!
Com curriculos alternativos. Criando uma escola inclusiva e não uma escola exclusiva.
Não estou a falar de nenhum colégio privado e rico onde a disciplina é de ferro e fasciszante. Nem de colégios católicos onde a discriminação começa no acto da matrícula.
Ex.: O Colégio do Planalto em Telheiras só exige 25.000 Euros por aluno no acto da matrícula que serão devolvidos no final da escolarização!
Não excluem ninguém que tenha 25.000 Euros para depositar nas mãos da Opus Dei
Falo dos arredores de Lisboa, com brancos e pretos pobres, ciganos e filhos de imigrantes.
Mas se a maioria dos professores se refugia em desculpas esfarrapadas de falta disto e daquilo, sempre à espera que alguém de fora do sistema e da escola lhes venha resolver os assuntos...
Mas depois, sempre que há uma intervenção de fora, mandando-os intervir e assumir responsabilidades, gritam e barafustam que não foram ouvidos.
Afinal parece que desde 97 ou 98 que as aulas de substituição são uma norma, uma directiva do ME que apenas 7 ou 8% das escolas cumpriam. Porquê?Porque têm liderança que se preocupa com o que os alunos aprendem ou podem aprender e não são apenas afloramentos da democracia sindical.Esse é o problema.Assumam-no !Não têm é o direito da arruaça e de organizarem os alunos para fazerem greve às aulas e meterem-nos em camionetas para fazerem manifs de crianças!Nem podem fazer arruaças à Ministra da Educação. Da educação. Percebem?
Têm de se dar ao respeito senão como é que os alunos os vão ver?
As leis deste País, pois de Lei se trata, não são de aplicação facultativa.
Em qualquer outro País da Europa, uma brincadeira destas, já tinha dado para mandar para a rua milhares de professores.
Vejam lá se tomam tino e se agarram a profissão com mais determinação.
E ganhem vergonha e exijam respeito pela Ministra da Educação que outro dia foi a uma escola e foi vaiada por alunos e professores.
Os vossos sindicatos pediram desculpas? destacaram-se de tais abusos? Deram qualquer sinal de não estarem por detrás de tais desmandos?
Pois de desmandos se trataram!E nós os contribuintes a pagar tudo isto!Parece ainda não terem percebido que esta Ministra tem um plano e que o vai cumprir: O de melhorar o nível do nosso ensino.
Com estes ou com outros professores. É só escolher!"
3 comentários:
A razão porque eu e milhares de Portugueses, entregamos, ao bando, a instrução dos nossos filhos, deve-se ao facto de os rendimoentos não serem os suficientes, para os entregar ao mesmo Bando, mas numa escola Privada, onde o dito Bando, pia fininho e baixinho, aliás não me lembro de nenhuma greve em Escolas Privadas recentemente, alguém sabe da razão?...
Queixa-se, o bando, das fracas condições existentes. Mas alguém lhe apontou uma pistola à cabeça, para irem dar aulas? Não! E as condições de trabalho na Construção Civil, por exemplo...
Também sabemos que a muita gente depois de tirar um curso superior, não restou mais nada na vida senão ir dar aulas... retirem os sacrossantos direitos adquiridos ao bando, e só iriam continuar a leccionar uma pequena parte dele, aqueles que efectivamente têm vocação para dignificarem a sua profissão.
Queixam-se da falta de Estabilidade familiar. Se fizeram essa opção de vida terão de acatar as respectivas consequências. Muitos Portugueses, e esses não por opção, mas por FALTA DE OPORTUNIDADES NA SUA TERRA, procuraram e, infelizmente ainda hoje procuram a respectiva fonte de rendimentos fora deste País. Na França, na Alemanha, na Venezuela, na Suiça, no Brasil, em Espanha, em Andorra, etc, esses, nossos, Concidadãos tiveram de emigrar e deixaram as usas mulheres e seus filhos entregues a si mesmos. Nunca os vi se queixarem da falta da tal ESTABILIDADE FAMILIAR. E suprema das ironias do destino, foi graças às divisas que para cá enviavam, que permitiu a sustentabilidade económica, durante anos e anos, da Estabilidade Familiar dos servidores do Estado Portugues, e não só...Quantos Portugueses do interior, jovens e menos jovens, saem das suas terras, onde não existe comércio e indústria, para se estabelecerem no litoral, são milhares...Onde está a ESTABILIDADE FAMILIAR destes? Alguém os vê a fazer greve e marchar na Avª 5 de Outubro?
A Palavra DESLOCALIZAÇÃO a muita gente, nada diz. Nunca ouvi falar em deslocalização de escolas. E onde está a ESTABILIDADE FAMILIAR, de uma família, que vê partir, para a China, Roménia, Eslováquia, a sua fonte de rendimentos…
Um membro do bando dizia-me o seguinte: "Não deveriam os 3 ou 4 anos ser objecto de uma opção consoante a vida estabelecida de cada um?" Esta frase diz tudo da mentalidade padrão do bando. Ou seja, sendo servidores do ESTADO, acham-se no direito de terem reunidas à sua disposição as melhores condições, e que estas deverão estar, únicamente, ao seu serviço, e não em função a quem é destinado o serviço que prestam. É a subversão de tudo o que conheço. Nem Karl Marx se lembrou de tal.
Na esperança que tenham gozado de um excelente fim de semana, que foi bem prolongado, e que o tenham aproveitado bem junto das suas famílias, pois a greve das senhoras e senhores Professores, obrigou a que os meus filhos, e os filhos de milhares de Cidadãos, ficassem em casa SÓS, e entregues a si mesmos. E eu, e milhares de outros como eu, em constante sobressalto e intranquilidade no nosso posto de trabalho, pois não temos artigo que nos valesse para estar junto deles.
O que acontece a pais como muitos que andam por este país (e seria bom saber quem são, para que lhes puxassem as orelhas e lhes pedissem contas da maneira como educam os filhos) é que, pelas próprias palavras de várias crianças e adolescentes que deles se queixam - e de pais não se pode mudar, o que, muitas vezes, é pena, porque se de facto ouvissem os filhos deles mesmos saberiam que, se pudessem, esses filhos preferiam ter outros progenitores -, quando tentam pedir a mínima ajuda sobre os seus problemas escolares deles ouvirem coisas como «Eh, pá, não me chateies com essas coisas da escola», o que revela bem que tipo de gente anda por aí a dizer que paga impostos quando muitas vezes deles foge como o diabo da cruz.
Um país de gente desta merece que escola?
...caro...brilhante este teu post...um abraço....
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