segunda-feira, novembro 16, 2009

Nada importa ao Pacheco para além de assassinar Sócrates


JPP, o reconhecido filósofo e ainda treinador do PSD, justifica-se e explica o que é a perfídia como arma de assassínio político.
A verdade factual não o interessa, o respeito pelas leis é questão de somenos.
O que realmente conta, o que sustenta a sua elaborada desconfiança é isso mesmo: a desconfiança.
Ele pensa ao arrepio da lei. Já mandou às malvas a presunção de inocência. Uma maçada essa coisa do ónus da prova ser da responsabilidade dos acusadores, da polícia e do Mª Público.
O que o move, diz, é o nosso bem-estar e a defesa da democracia, uma abstracção sem conteúdo e sem garantias gerais...
O homem desconfia, mas insiste estribado em factos por comprovar ou já desmentidos.
E no seu desespero, regressa como mariposa à lâmpada, que o há-de incinerar.

Mas tal não o demove, nem lhe interessa.

Como na fábula do lobo e do cordeiro, se a culpa do Sócrates não é a má governação, coisa sem qualquer importância lá do alto da sua insuperável análise, JPP reduz as críticas ao carácter de Sócrates.
Logo, qualquer boato que venha emporcalhar o nome do Sócrates, serve para manter o lume brando da insídia, da perfídia e da dúvida sistemática.
E, emfabulando, se não foi o Sócrates, foi um membro da sua família ou um dos seus "amigos". Nomeadamente os passados, os presentes, e os futuros.
Quer manter este lume da desconfiança, baseada em não-factos, ao ponto de, pela via da ameaça - calcule-se! - anunciar-nos os perigos que corre a democracia!

Prefere outra, onde a inversão do ónus da prova seja da responsabilidade do justiçado e o segredo de justiça não passe de prerrogativa de alguns: Os do seu partido!
Para Sócrates a receita que defende é simples: Tribunal popular e, se possível, conduzido na tv e sem contraditório!


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