Neste País, onde as 300.000 pequenas e médias empresas são dirigidas, em mais de 90% dos casos, por pessoas que não têm mais do que o 8º ano..., e que na maioria nunca pagaram qualquer imposto...
Num País onde já há mais de 10% de desempregados e mais de 40.000 crianças negligenciadas e institucionalizadas,
Onde, nos próximos anos mais de metade dos desempregados vão continuar a não encontrar o que fazer e o número daquelas crianças a aumentar...
Aqui onde o investimento privado tem que ser necessáriamente limitado, inconsequente e apenas focado na prestação de pequenos serviços e de produtos de fraco valor acrescentado,
País este onde o défite das contas públicas é já superior a 8%,
Onde a "pirâmide" etária há muito abandonou a forma cilíndrica e já é de novo uma pirâmide, mas invertida...,
Cujo ordenamento do território e qualidade dos solos, há séculos, se encontram de costas voltadas para a realidade mas que importa mais de 85% do que consome...,
Neste extraordinário País quais são as prioridades?
Quais os principais assuntos que preocupam os portugueses, e os seus representantes na nova AR?
Será a Avaliação dos Professores e o seu estatuto de carreira?
Pode a AR passar semanas a "moer sem grão" esta história sobre os professores, que por acaso são a classe de empregados que mais cresceu nos últimos dois anos e que vai obter mais 30 ou 40.000 empregos nos próximos três anos? (extensão do ensino obrigatório!)
E esta AR, paga a peso de ouro pelos contribuites, atreve-se a passar o tempo a destruir as leis ali aprovadas pela maioria anterior? Sem outra visão que não seja a retaliação política e a busca da ingovernabilidade?
O principal será mesmo a intrigalhada pseudo- jurídica a tentar enrodilhar os passos ao Governo? Impedir que exerça a governação para que foi eleito?
Poderemos admitir que um justicialismo de sarjeta imponha a inversão do ónus da prova, cavalgue impunemente o crime da violação do segredo de justiça, ou promova julgamentos sumários na praça pública e nas páginas de pasquins?
Ou devemos submeter a referendo o casamento entre pessoas ?( não me esqueci de mais nada!)
Ou se há pessoas que podem adoptar crianças abandonadas e haverá outras, com iguais qualificações, mas que devem ser impedidas de o fazerem?
Serão estas as grandes prioridades para o País?
Ou estamos todos a permitir ou a colaborar para ocultar o principal?
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