Ou como é que se pode ir a jogo sem ter uma equipa?
Ou as consequências dos passos maiores do que a perna?
Ou ainda, como é que foi possível tanta loucura com tão pouca população?
A chave para os problemas do desenvoplvimento sempre foi e continua a ser o factor humano, as etapas do conhecimento, a cuidada preparação, a população em idade produtiva, o consumo e o mercado.
A tudo isto encolhemos os ombros, atravessando séculos, numa cegueira a que apenas adicionámos a necessária dose de intolerância religiosa, muita ignorância, completa impreparação de geração em geração, tudo em nome duma tal fé e dum tal destino civilizador, numa escala incomportável. Aliás, sem limites!
Resumindo: Tretas e fugas em frente.
Agora compete-nos colar os cacos, fazer acordos sem conteúdo ou consequências, assinar tratados com muita cooperação no papel, devolver em perdões de dívidas aquilo que já há muito devia ter sido contabilizado, sem complexos das acções coloniais de que não houve sobreviventes, felizmente!
E assistir de bancada ao novo jogo, com as novas estrelas em campo.
Mesmo que elas brilhem pouco mas compensem em número e ambição o que lhes falta de escrúpulos ou lhes sobeja na protecção dos seus próprios interesses:
http://current.com/items/89565630/chinatown_africa.htm
Ali não há chatices, nem pode haver.
Trata-se de negócio puro e simples.
Por acaso sobre os destroços do que foi a face menos má do colonialismo português. A sua única tentativa de desenvolvimento.
Ali não se discutem passados nem heranças. Horários de trabalho, instalações sanitárias e níveis de escolaridade!
Quem se lembraria de ir para lá discutir como se deve escrever "pacto" ," óptimo", e "bacalhau à Braz"?
Ou qual a equivalência dos cursos universitários?
Um engenheiro chinês ou malaio, é mesmo engenheiro e chinês e malaio!
Ou para que nos serviriam as matérias primas se já não temos indústria, nem a que fabricava produtos para pretos?
Nem marinha mercante? Ou frota de pesca?
Ou vamos continuar a discutir quem paga as bolsas de estudo?
E o ouro continua no BdP, sem utilização para além dos tais perdões de dívidas que corresponderam a coisa nenhuma?
Os novos "sócios" querem lá saber dos leprosos do leste de Angola! O negócio deles são hospitais chave-na-mão onde a incorporação nacional angolana está ao nível da areia do rio e da água do céu. O resto, todo o resto, vem da longínqua metrópole a que agora se chama com propriedade "a nação cooperante e financiadora".
O plano que não existia depois de 1415, é o mesmo que continua a servir-nos de roteiro para todos os oportunismos e aventuras sem rumo, e com objectivos muito para além das nossas reais capacidades humanas...
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