"O putedo é um grupo de acólitos de Lynch fora do tempo mas que marcha em passo concertado. O putedo lincha, embora queira deixar no ar a ideia de que apenas putifica (e putificar é uma palavra putificante, ou seja, bastante parecida com purificante - do ponto de vista do crescente putedo que se guindou a analista do léxico e das coisas todas).
Repugna-me muito o que tenho lido e escutado - de Mena Mónica e Barreto, de Pilatos e Caifás, de Caius Detritus (leia-se Mário Crespo) e Manuel das Iscas, de José Moura Guedes e Eleutério Caquinha - sobre José Sócrates. Não assistia a um linchamento tão concertado, tão prolongado, tão "encomendado", desde 1988, quando me mostraram na televisão e nas revistas a agonia dos dois polícias ingleses putificados às mãos dos católicos em carpideira ânsia de putificação de Belfast. Já não via o putedo a exercer a sua putificação de maneira tão despudorada e tenaz, portanto, há muitos anos.
De maneira que informo (marimbando-me perfeitamente para o putedo) que emprestaria o meu carro a José Sócrates, se ele mo pedisse. E mais não informo porque o acto de informar se tem vindo a transformar, duma maneira cada vez mais desassombrada, num acto de puta. E eu, puta, não sou. Embora saiba que se fosse seria bastante cara: é que mesmo assim tenho procura; de algum putedo."
(Ler tudo aqui)
Sem comentários:
Enviar um comentário