"Socialistas acusam Cavaco de ter criado governo de iniciativa presidencial
por Luís Claro, Publicado em 03 de Agosto de 2011 / Dirigentes do PS falam em deriva constitucional para definir a relação entre Belém e São Bento
Cavaco Silva nunca escondeu o que é, e quais os seus propósitos. Qualquer pessoa minimamente atenta e que exercite o seu raciocínio sem ir pelas fast-foods mentais que nos são diariamente servidas ás horas das refeições informativas, sabe que quem governa realmente é ele. E esse sempre foi o seu objectivo. Já não vou recuar aos tempos em que o Prof. foi o PM. Não é necessário. Basta retroceder alguns meses, digamos, à pré-campanha das últimas presidenciais :) Um exemplo pouco utilizado, para desenjoar daqueles que todos já connhecemos :)
Em Dezembro de 2010, Cavaco recusou comentar as declarações de José Sócrates, sobre os que exploram a questão da pobreza para benefício político, justificando que «não é analista político». Relembro que Cavaco tinha afirmado que os portugueses têm de se sentir «envergonhados» por existirem em Portugal pessoas com fome, um «flagelo» que se tem propagado pelos mais desfavorecidos de forma «envergonhada e silenciosa».
Quem não se lembra do seu discurso a 9 de Março deste ano (logo no meu dia de aniversário!) ?
O Presidente da República considerou que a «sociedade portuguesa não pode continuar adormecida perante os desafios que o futuro lhe coloca», sendo necessário um «sobressalto cívico que faça despertar os portugueses».
O Presidente da República considerou ainda ser necessário uma «política humana orientada para as pessoas concretas para famílias inteiras que enfrentam privações absolutamente inadmissíveis num país europeu do séc. XXI».
Cavaco Silva referiu ainda que Portugal está «submetido a uma tenaz económica e financeira», com o «Orçamento a apertar do lado da procura e o crédito a apertar do lado da oferta».
«Precisamos de um combate firme às desigualdades e à pobreza que corroem a nossa unidade como povo. Há limites para os sacrifícios que se podem exigir ao comum dos cidadãos», sublinhou.
O chefe de Estado referiu-se ainda ao papel absolutamente «nuclear da família» e frisou que os «jovens não podem ver o seu futuro adiado» devido às opções erradas que são tomadas no presente.
Hoje, volvidos poucos meses, após o instigar de uma crise politica que sabia ser fatal para o anterior governo, Cavaco Silva é um homem diferente, rejuvenecido, activo, e cujas preocupações sociais passaram a segundo plano...
Hoje, Cavaco é manifestamente um comentador (muito mais que isso...) politico activo a avaliar por todas as mais que muitas intervenções que tem tido sobre a situação politica e as medidas tomadas pelo Governo e o flagelo que tanto o preocupava é justificado pela necessidade de sacrifcios que já não são demais, mas sim essenciais, para todos juntos - uns muito mais que outros - ajudarmos o Governo de PPC a governar Portugal.
Hoje, Cavaco Silva assume-se como poder politico democraticamente eleito, e exerce um poder que não lhe foi conferido, mas que estava subentendido e ele desejava desde o primeiro passo dado rumo à sua reeleição deste ano. Não. Não tenho qualquer dúvida de quem realmente manda em Portugal...e quais os interesses económicos que o sustentam e que ele alimenta."
Recebido de Cristina Paulo, que faz o favor de ser minha Amiga!
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