Tenho seguido com a maior surpresa os vídeos que os serviços de propaganda americanos têm mostrado das suas operações nas ruas de povoações no Iraque e no Afeganistão e sempre as considerei verdadeiras peças de propaganda, tais eram os erros operacionais que mostravam.
Ou era um monte de militares atrás de um muro, ou uma dúzia à volta de uma viatura, ou quatro e cinco a rebentarem uma porta de uma casa, ou a concentrarem-se à volta de um pequeno objectivo, após uma primeira explosão.
Seria possível que o exército mais bem treinado do mundo, os senhores infalíveis de táticas sem igual, ainda cometessem erros capitais? Verdadeiros suicídios, às cegas?
É que ,naquelas circunstâncias apresentadas, qualquer criança armada de um pequeno engenho, liquidava uma secção de "experimentados guerreiros yankies".
Parece que infelizmente para eles, tudo se confirma e que o palavreado acerca do melhor exército não passa de um discurso pré-funerário capaz de enganar distraídos mas incapaz de convencer qualquer grupo de "insurgentes" de que os americanos não se transformaram em soft- targets!
Um verdadeiro pesadelo em termos de guerrilha urbana e uma caricatura de acções de cerco e aniquilação.
O baixo nível de preparação evidenciado, a relação entre o número total de homens no terreno e os operacionais, a dispersão do território, a inadapatação de muitas das armas às condições de terreno e de clima, o peso da máquina de reabastecimento e de logística em geral, o seu transporte por estrada e autoestrada, ampliam as dificuldades para um exército de ocupação que se vê fustigado por uma guerrilha com motivações político-religiosas.
Um verdadeiro barril de pólvora e um inferno que não vejo como pode conduzir a outra coisa que não seja uma retirada vergonhosa.
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