quarta-feira, dezembro 14, 2005

Um debate político não é uma aula


Alguém terá que dizer ao Cavaco Silva que não basta repetir banalidades estatísticas, fora de um contexto, para passar por bom governante ou por bom economista. Coisas que já sabemos ele não é!
O Jerónimo de Sousa estava mal vestido, mal sentado e a referir-se a medo ao Cavaco. Umas vezes como professor Cavaco. Outras como Sr. Dr. Cavaco. Gaguejou de mais. Mas sempre com uma reverência que não lhe conhecia.
Talvez por ter sido mal aconselhado em termos económicos, como transpareceu.
Não devia ter aceite aquele rosário de benfeitorias sem lembrar que por exemplo por cada emprego ganho no tempo de Cavaco, se perderam dois e saiu ainda um emigrante de Portugal para dar lugar a um imigrante...
A esquerda assim está a dar o flanco quando seria fácil desfazer aquele pedante !
Tinha que o combater na arena política e dizer-lhe na cara que ele não vai tratar da economia do País nem do investimento. O homem está a enganar simplesmente os incautos que julgam possível milagres económicos em esforço, sem horas extras e sem trabalho.

1 comentário:

A. Cabral disse...

Esta reverencia devida aos "Professores" e' legado do tempo da "outra senhora," Professor era o Salazar, que se acabe com isto! O Cavaco mais uma vez se vai safando as costas deste preconceito nacional de curvar a espinha face aos mais ocos simbolos de autoridade intelectual (pense-se no outro professor que professa na TV). So' por o homem ter um doutoramento nao o faz nem inteligente nem conhecedor, alias nao faltam evidencias a provar o contrario. O homem e' desprovido de arte de orador ou de comentador, e' um tronco!

(Embora nao seja essa a melhor estrategia, e' de duvidar do valor academico do "Professor", o dito e' especialista de financas publicas que e' uma area de estudo que nao pede muito mais que conhecimento da contabilidade do estado. O paradoxo e' que o Anibal so' vale academicamente por ter sido primeiro ministro, e fez-se primeiro ministro por ser especialista academico.)