Um aviso sério aos que se substituiram ao colonialismo e ampliaram mil vezes a acumulação de tudo, em seu nome e no das suas famílias.
E é escusado virem agora uns "bem intencionados" explicarem-nos que o problema devem ser as multi-nacionais que tentaram produzir bio-combustíveis.
E quem é que impediu o desenvolvimento da agricultura? Durante mais de 30 anos?
Quem foi que não formou técnicos agrícolas?
Quem é que transformou numa anedota a Escola Agrícola do Chimoio?
Quem é que destruiu sistematicamente todas as produções? Café, Chá , carne, ovos, galinhas, amendoim, cajú, gado, arroz, amendoim, ? Tudo em nome da independência e da não dependência de técnicos, ou por estarem contra a propriedade privada dos solos?
Quem encerrou a fábrica de vidro? A do tomate? Quem abandonou a cana-de-açúcar? O Cisal? A suinicultura?
Porque encerraram as fábricas de óleo?
Quem permitiu e fomentou a destruição dos mangais? A desflorestação em nome da agricultura tradicional? Porque encerraram a fábrica de sabão do Monapo? E a do óleo alimentar?
O que é que fizeram à Angónia?
O Vale das Donas, em Tete, já foi irrigada? Quando for, e com a energia e a água que ali passam, podem exportar comida de todo o tipo para todos os países vizinhos...
Têm é que se organizar, dar incentivos, abrir escolas, entregar terras, controlar os salários, fomentar o comércio dos produtos dos camponeses, garantir preços justos, abrir escolas e centros de saúde e sair do ar-condicionado dos condomínios fechados e guardados ...o que parece não ser prioritário!
"Durante as manifestações de ontem em Maputo, os manifestantes gritaram "o povo no poder", uma frase emblemática, que é também um "rap" de um conhecido cantor moçambicano, Azagaia. Em declarações citadas pela Lusa, o cantor mostrou-se cauteloso: "É difícil avaliar até que ponto poderei ter influenciado as pessoas, mas uma coisa é certa: tanto eu como Azagaia, e se calhar o fenómeno social Azagaia, e também a imprensa nacional, tudo isto combinado, faz com as pessoas se sintam mais libertas para dizer o que pensam, o que acham". Ouça o “rap” que está a incendiar Maputo."
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