Uma cidadã foge à justiça há quase três anos.
Regressa ontem no meio do circo mediático proporcionado pela chamada comunicação social.
Finalmente é detida ainda a bordo do avião, no Aeroporto de Lisboa, e presente a um juiz que do alto do seu critério considera não haver qualquer motivo para outra medida de coação, salvo a mínima, o TIR.
Pelo menos um dos canais montou e levou a cabo a mais descarada lavagem de imagem e de campanha política gratuita, jamais vista em Portugal.
O juiz lixivou a lei e o entendimento que dela faz a população; branqueou tudo o que ela fez e disse sobre a justiça em Portugal: Tratou como um cidadão cumpridor e obediente aos tribunais quem acabava de se orgulhar de ter deixado Portugal, em fuga, para evitar ser presa preventivamente às ordens de um Tribunal da Relação!
Coisa pouca, e de somenos importância!
A C. social e o juiz trataram com a maior benevolência quem, a partir do Brasil, nestes quase três anos, se multiplicou em declarações cada vez mais insultuosas e comprometedoras sobre o andamento da justiça em Portugal, a idoineidade dos magistrados e de todos os demais que com ela colaboram.
Detalhes! Peanuts!
Desrespeito aos Tribunais? O que é isso?
Obstrução à justiça e ao bom andamento processual? Foi só durante dois anos e nove meses!
Deu acolhimento às teses dos que, sempre disseram à boca cheia, que os tribunais e os juizes são manipuláveis ao sabor das vontades do poder político.
Não , nada disto é motivo de notícia. De caixa noticiosa. Não senhor!
O que o Público fez foi colocar na 1º página a toda a largura, que a tal senhora tinha contactado previamente o cúpula do PS antes de regressar.
É muita lama num só título! E sobre uma data de pessoas, indescriminadamente.
Das duas uma, ou o Público concorda com o juiz que mandou FF para casa, em paz, e é conivente com os seus inúmeros crimes, ou o Público envolve este juiz numa campanha de descrédito da justiça e de manipulação da justiça por parte do poder executivo.
O Público que escolha!
A lama que atirou para o ventilador vai acabar por cair e por elevar o nível da porcaria em que apostou vir a enterrar-se!
Claro que perante esta extraordinária oportunidade de marcar um ponto a seu favor e de aumentar a confusão - pois é disso que se alimentam os cobardes - a própria FF fez hoje um desmentido à "notícia" do Público.
Mentiroso já sabíamos que era. Estúpido, julgávamos que nunca se descobriria!
5 comentários:
É isso. E já se sabe quem a avisou que ia ser detida preventivamente ?
"A juíza Ana Gabriela Freitas não deu como adquirido que Fátima Felgueiras fugiu, em Março de 2003, para o Brasil. Para a magistrada, que ontem decidiu libertar a candidata, o mandado de prisão preventiva emitido pelo Tribunal da Relação de Guimarães não foi executado porque a ex-autarca "encontrava-se ausente, alegadamente, para o Brasil". Mais à frente no despacho, a que o DN teve acesso, Ana Gabriela Freitas afirma que a candidata estava numa situação de "aparente fuga à Justiça".
No DN, transcrito do blogg "Bicho Carpinteiro".
Este "ausente, alegadamente, para o Brasil" é a coroa de ridículo! Abaixo a linguagem delicodoce e politicamente correcta que escarnece da realidade que nos entra pelos olhos adentro.
O Povo de Felgueiras é que dirá, quem quiz fugir ou ficar.
O Povo sempre teve razão.
Intelectuais esta o país farto
(ao anonymous anterior): e por certo também dirá, caso faça Felgueiras ganhar, que mais vale fugir do que ficar...em Portugal.
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