Aproveito o mote do Pacheco Pereira – grande ideólogo da direita – que atravessa uma fase cinematográfica e espera da sétima arte a resposta à famosa dúvida “Que fazer?”
Mas, basta ir lendo a imprensa escrita e evitar cochilar às horas dos noticiários.
Está lá quase tudo o que lhe interessa: Todos os apoios de que goza este Governo de maioria. Querem ver?
- A Associação Nacional dos Sargentos já manifestou a sua completa concordância contra as medidas do Governo
- Os militares no activo, na reserva e na reforma saúdam o acordo que lhes permite contrariar liminarmente as propostas do Governo para o seu sector.
- A GNR e a Polícia deram já conhecer a sua intenção de unanimemente estarem organizados para se opor às medidas do Governo.
- Os professores depois de alguns momentos de hesitação, felizmente ultrapassados, estão reunidos à volta de posições opostas às do governo no que diz respeito ao cumprimento do horário laboral! Não queriam lá ver a Ministra mandou que estivessem presentes nas escolas e dessem apoio aos alunos carenciados, no decurso de 35h semanais? Isto não são as galeras!
- Os Sindicatos de professores já andaram hoje nas escolas a impor que as aulas de substituição (quando os outros faltam ), sejam consideradas horas extraordinárias e pagas em conformidade.
- Também hoje a FNE se colocou ao lado da FENPROF na defesa do incumprimento do que estava determinado quanto à presença dos professores nas escolas, para além das 22h de trabalho semanal lectivo. Uma exploração!
- Alguém ouviu uma só palavra de apoio ou de estímulo às medidas capazes de contrariar a vergonha que é a reprovação de 15% no 2ºano de escolaridade ou o abandono escolar de 45% até ao 9º ano?
- Felizmente os magistrados estão de greve marcada caso o Governo não ceda às suas reivindicações corporativas. E exigem de volta as antigas férias judiciais de 3 meses!
- A função pública está determinada em contrariar as medidas referentes a reformas e de progressão automática de carreiras.
- A Associação Nacional de Farmácias apoia claramente qualquer coisa que impeça este Governo de levar por diante a mais tímida das reformas do sector.
- Os professores do 1ºciclo do Básico mostraram disponibilidade para se oporem ferozmente à alteração da idade de reforma aos 52 anos. É verdade 52 aninhos! Profissão de alto desgaste, sim senhor! Tal como os bombeiros, homens do lixo, mineiros, pilotos de caça e astronautas.
- E então que dizer dos aplausos que vieram do lado dos enfermeiros ao acordo a que chegaram de, por todos os meios, contrariar as reformas do seu sector. Outra profissão de alto desgaste dado o facto de terem TODOS vários empregos.
- Que dizer então do entusiasmo suscitado pela reacção contra as medidas de encerramento de escolas com poucos alunos? Aqui mesmo em Lisboa temos uma, a Marquês de Pombal, onde os mais de 100 professores são obrigados a dar aulas a menos de 200 alunos.
Isto é o País mínimo. Reduzido! a infinitamente pequeno. É a realidade a copiar o cinema. Como ensina o Pacheco Pereira.
Cá por mim fico feliz. A capacidade da minha prancha é inversamente proporcional ao tamanho dos personagens a afogar!
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