Somos os que mais apostamos na Lotaria e no Euromilhões.
Somos os que mais esperam do Estado. E da Europa.
Desde Alcácer Quibir que esperamos que alguém venha, por nós, salvar-nos.
Quando, falidos, trocámos tranquilamente a Liberdade por uns meros vintens, nada nos importou que o colonialismo português se cobrisse de vergonha e amealhasse o ouro que os magaíças moçambicanos arrancavam nas minas do Apartheid. Às toneladas! Anos a fio!
Trocámos Liberdade por uma espécie de fascismo-colonialista e bençãos de falsos beatos.
Há muito que preferimos soluções fáceis a trabalho árduo.
Os falsos atestados médicos" fazem triste companhia a outras artimanhas para enganar o fisco, os tribunais e a Segurança Social.
Aliás a própria legislação penal está cada vez mais leve a penalizar as golpadas, o inside trading, a manipulação bolsista e bancária.
Os que não querem trabalhar, manifestam-se e dão muitas entrevistas.
Os estrangeiros que se destacam, são apresentados como se fossem tocados por Midas: Os anos do seu trabalho e sacrifício são, ou fruto do acaso, ou são pura e simplesmente desvalorizados.
Digamos que ELES têm jeito para tudo e que nós temos para coisa nenhuma!
Se Governo despeja milhões nas Escolas e exige avaliações ao ensino, é a ditadura, e o ataque, já nem sei a quê...
Estudar não é preciso. O que é preciso é dar empregos aos professores...
Resta-nos a Sorte. O Acaso. E Fátima: esperamos muito de Fátima!.
Os exemplos dos vigaristas que têm êxito, e tempo de antena que lhes é dedicado, são a prova do que digo e o necessário estímulo para que o povoléu se convença que o que pode trazer ouro é mais a esperteza e o nacional-desenrascanço, do que o estudo ou o trabalho árduos.
Na nossa imprensa e tv a notícia é sempre o insólito do português que apesar de semi-analfabeto, teve muito êxito, lá na estranja.
Não admira pois que os nossos "atletas" olímpicos tenham um desempenho medíocre:
A Senhora de Fátima detesta o Olimpo!
Amen.
Sem comentários:
Enviar um comentário