domingo, agosto 24, 2008

Os sete anões da Branca de Neve e a Segurança

Porque está muito bem feito, copio este excelente post da "Câmara Corporativa" que aplaudo a mãos ambas:

"Não se conhece nenhum pensamento sobre segurança a Manuela Ferreira Leite (e não está provado que tenha algum pensamento sobre qualquer outra coisa). O que lhe vale é que está rodeada de gente com conhecimentos profundos sobre a matéria. As ilustres personalidades que se prontificaram a livrar-nos da onda de insegurança, e que por sorte pertencem à comissão política do PSD, são estas (por ordem decrescente de estatura):
• Paulo Mota Pinto — Preparou uma carreira política à sombra do Tribunal Constitucional, para o qual entrou com a extraordinária idade de cerca de 30 anos (sem curriculum anterior) para corrigir as sentenças de juízes dos tribunais comuns;
• Marques Guedes — Político de que se ignora profissão e obra, salvo a proposta para que a Assembleia da República criasse o Dia Nacional do Cão, o que mostra que é uma pessoa sensível;
• Castro Almeida — Ignaro ex-secretário de Estado de Ferreira Leite no Ministério da Educação, cuja obra foi dar asas à “geração rasca”, que, durante meses a fio, andou em alegres manifestações permanentes pelas ruas das principais cidades do país;
• Sofia Galvão — Perita no sector imobiliário, associada de uma grande sociedade de advogados e reconhecida blogger;
• Rui Rio — Autarca que parece concordar com as políticas do Ministério da Administração Interna, visto que terá assinado com esse ministério um contrato de segurança para a cidade do Porto;
• Aguiar-Branco — Corredor de automóveis com vastos pergaminhos e advogado da burguesia portuense, cujas enormes capacidades políticas ficaram patenteadas num Prós & Contras sobre o referendo ao aborto, no qual não foi capaz de expor, durante mais de três horas de debate, um único argumento em defesa do “Não”;
• Paulo Rangel — Advogado ligado a um grande escritório, que retoma habitualmente as funções de deputado nas vésperas das férias parlamentares (assim privando o seu substituto das remunerações devidas durante a silly season), com uma voz de falsete que dá um tom artístico a qualquer discurso sobre segurança.
Em tempo — Vários destas personalidades pertenceram ao Governo de Santana Lopes (Aguiar-Branco, Sofia Galvão e Paulo Rangel) ou à sua comissão política (Rui Rio). Para além de se poder fazer uma avaliação da capacidade política destas personalidades através deste dado curricular, é relevante analisar o seu carácter e a sua lealdade, tendo em conta o rápido bandeamento para a inimiga mais jurada do seu antigo chefe."

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