terça-feira, agosto 12, 2008

A Geórgia e a campanha de intoxicação

O que é que terá passado pela cabeça do presidente da Geórgia que queria empurrar a Rússia e a NATO para um conflito militar?
Que raio é que andaram a fazer e a conspirar os agentes da CIA no terreno, para permitir que ele se lançasse numa aventura militar contra a Ossétia do Sul? Que mandasse bombardear a capital da Ossétia? Que atacasse as tropas de manutenção da Paz?
Sabendo que a população não lhes pode perdoar os crimes ali cometidos há uns anitos contra a população civil? Tal e qual os sérvios na Crácia e na Bósnia?
Quem é que lhes prometeu impunidade? E agora a UE e a Nato vão apoiar os aventureiros e sanguinários, ou vão julgá-los em Haia?
A única coisa positiva foi o Bush que desta vez parece ter percebido a enormidade da situação e aquilo que exigiu já estava garantido: Que os russos não iam invadir a Geórgia ou que não iam tirar o Sakashvilli do poleiro onde os americanos o colocaram. Agora que o aturem!
Os americanos estão a usar no Cáucaso a política que tinham para a América do Sul aqui há uns 30 anos: Tinham um baralho de ditadores de serviço, prontos a serem substituidos em caso de "necessidade".
Tal qual lhes aconteceu na América Latina, é o que lhes vai acontecer, da Geórgia ao Pakistão, do Uzbequistão à A. Saudita, do Kosovo à Croácia. É esperar para ver.
Entretanto os países ficam reduzidos a se transformarem em Sudões, em Somálias, em Eritreias...
Mas, entretanto, a imprensa da direita e nomeadamente a portuguesa, falada, vista e escrita, desdobra-se em propalar boatos e em servir de porta-vozes das centrais de desinformção a soldo dos criminosos do Kosovo, do Uzbequistão e da Eriteria. Como se todos fôssemos estúpidos e não percebêssemos as guerras pelo controlo do petróleo que estraçalham países, povos e culturas.

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