Esqueçam os assaltos!
Rasguem a Constituição!
Trust me!
A "proposta de Lei" que Bush/Paulson atira para cima da mesa do Congresso Americano não é mais do que um Golpe de Estado Palaciano.
Ao estilo de outros atentados, aquela exige poderes que suspendem os Tribunais, a Constituição e só é comparável ao que Bush conseguiu para si na pretensa "war on terror".
Diz o artº 8º da referida proposta de Lei e que os autores exigem seja rapidamente aprovada e posta em prática:
"Decisions by the Secretary pursuant to the authority of this Act are non-reviewable and committed to agency discretion, and may not be reviewed by any court of law or any administrative agency."
Traduzo, com alguma liberdade, para que fique descodificado:
"As decisões tomadas pelo Secretário (Paulson), de posse da autoridade que esta Lei lhe autorga, não são susceptíveis de revisão ou de recurso e estão sujeitas ao poder descricionário deste Deparatment/Agência, e não poderão também ser revistas por qualquer Tribunal ou por qualquer outro Departamento / Agência Administrativa"
Trata-se da formalização da abdicação dos poderes do Congresso, do Senado e do congelamento da própria Constituição Americana em toda a sua dimensão.
É portanto uma Lei anticonstitucional, visto não estar sujeita nem a à própria Constituição.
Aliás, suspende-a e arruma-a num cantinho da História.
E é assim:
1-Se as decisões de Paulson são sérias, boas e justas, se respeitam a Lei e a Constituição, se pretendem levar diante dos tribunais os responsáveis pelos crimes financeiros, se visam o bem comum e a justiça, porque raios devem estar acima da Lei? E fora do escrutínio dos media e dos Tribunais ?
2- Se tudo não passa de mais uma série de golpes por debaixo da mesa para salvar algumas das peles já chamuscadas, e se apenas têm em vista enfeitar a crise económica e financeira, então os EUA devem precaver-se contra estes vendedores de banha da cobra que os ameaçam de perder a liberdade e o dinheiro, duma assentada!
Num caso ou noutro os EUA vão por um péssimo caminho.
E receio que o Mundo vá pagar esta factura, por gerações, como já pagámos as aventuras da "war on terror"!
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