quarta-feira, dezembro 30, 2009

Da natureza do Imperialismo. De todos os tempos. E da próxima aventura militar dos EUA.Agora vai ser o Yemen, bem nosso conhecido doutros carnavais...

E para terminar o devir do ano, porque não recorrer à memória e deixarmo-nos de rodriginhos sobre a história do imperialismo?:
"Restava ainda aos portugueses o desafio de destruir o poder árabe no Oceano Índico e, deste modo, fazer gorar as rotas comerciais com Veneza. Embora Afonso de Albuquerque nunca tenha concretizado as suas ambições declaradas - desviar o rio Nilo do Egipto e capturar o túmulo do Profeta Maomé, em Meca-" páginas 158 e seguintes em "A primeira Aldeia Global - Como Portugal Mudou o Mundo" de Martin Page/ Ed. Casa das Letras
" Francisco de Almeida, o primeiro vice-rei, partiu de Lisboa com uma frota de 22 navios. Cerca de 1500 dos 2500 homens a bordo eram soldados fortemente armados e bem protegidos por armaduras. Muitos outros tinham a tarefa de operar os canhões de carregar pela culatra. Encaminharam-se para o entreposto árabe de Kilwa, na costa oriental de África, e metralharam a cidade, durante horas. (..) O emir fugiu com muitos dos seus apoiantes. Os portugueses permaneceram e construiram um forte a partir dos escombros das casas e de outros edifícios que tinham destruído no bombardeamento. A velocidade com que trabalharam foi espantosa. Concluiram a estrutura em 16 dias (...) Instalaram tropa de infantaria no forte e nomearam governador um africano local. Deixaram dois barcos para patrulhar a entrada do porto e afastar os árabes que tentassem aproximar-se."
Já em Mombaça, mais ao norte:
(...) Aqui foram alvejados por canhões que os locais tinham recuperado dos destroços de um navio português abandonado na costa. Os portugueses ripostaram com um bombardeamento impressionante de balas de canhão e archotes acesos, que destruiram a cidade. (...)
Tristão da Cunha foi entretanto enviado de Lisboa com uma larga frota para Socotorá, à entrada do Mar Vermelho onde os portugueses construiram um forte que dominava os estreitos.
Fico por aqui. O resto são atrocidades de todas as qualidades, muito aventureirismo, e uma dose ilimitada de loucura.
Mas, entretanto:
Membros da Al-Qaeda podem chegar aos 300 no Iémen

"Várias centenas de membros da Al-Qaeda são susceptíveis de operar no Iémen e de planear ataques comparáveis à recente tentativa de atentado contra um avião comercial norte-americano, considerou o ministro dos negócios estrangeiros iemenita Abu Bakr Al-Qirbi "


E os americanos já desenvolvem no Yemen uma guerra secreta que ameaça tornar-se na próxima Somália/Afeganistão com os aventureirismos que já conhecemos e apenas fruto de um militarismo que nem o comércio das especiarias justificaria...
Com o Obama ou sem ele, os destinos do imperialismo são inelutáveis!
Esta vai ser a nova frente de combate contra os árabes, leia-se iranianos...

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