domingo, abril 04, 2010

Alerta nuclear ou o bando dos 33

Incluo-me nos que foram apanhados de surpresa pela revelação da promoção da guerra nuclear que está subjacente ao "pensamento" destes engenheiros, professores, doutores, que, sem qualquer rebuço, colaboram na apresentação de propostas de ataques nucleares para resolução de problemas políticos ( ou de quais quer outros, digo eu!).
Acrescento apenas que, se é esta gente que tem acesso directo ao P.R., e que é com eles que toma chá a biscoitos enquanto ruminam a vitrificação de cidades e de povos inteiros, estamos conversados!

(In Ladrões de Bicicletas)

Num comentário a este post de Henrique Pereira dos Santos, escreve o Engº Jorge Pacheco de Oliveira, um dos autores e redactores do tal manifesto dos 33:

«queria elogiar a sua sagacidade ao descobrir a energia nuclear num Manifesto em que o termo “nuclear” não aparece uma única vez. Estou a ironizar, é óbvio, mas se estivesse no seu lugar teria tido a mesma clarividência. Qual a alternativa à política energética do pseudo engenheiro que empata o cargo de Primeiro Ministro, senão a opção nuclear? (…) Aliás, devo dizer-lhe que, pela minha parte, eu teria explicitado a proposta do nuclear no Manifesto. Votei vencido, mas enfim, em Portugal é difícil reunir um grupo capaz de afrontar o politicamente correcto de peito feito».
Se dúvidas houvesse quanto às intenções do dito manifesto, já estamos esclarecidos. Mas atenção, que isto não é só uma guerra de engenheiros a ver quem é que quer ser califa no lugar do califa. Há uns anos atrás, defendia o supracitado Engenheiro:

«Aquilo que critico à Administração norte-americana na invasão do Iraque é o facto de não ter utilizado uma força muito mais destruidora para aniquilar todas as veleidades do inimigo. Quando se vai para uma guerra não se pode deixar o inimigo em condições de retaliar e de matar os nossos soldados da forma inglória a que se assiste no Iraque. Se eram necessárias armas nucleares tácticas, pois que fossem utilizadas.»

E o malandro do Amadinejad, também deve estar a pedi-las, hein?!!!... Temos aqui, portanto, um elixir mágico à base de urânio enriquecido para a resolução dos grandes conflitos internacionais (não custa nada, é só carregar no botãozinho) e, melhor ainda, para o problema nacional da competitividade. E palpita-me que o código de procedimentos vem escrito na nossa 2º língua oficial. É ver quem mata mais barato! Quais tabus, qual quê?!

Atente-se na lista dos 33 patriotas:

ALEXANDRE RELVAS - Empresário
ALEXANDRE PATRÍCIO GOUVEIA - Economista e gestor
ÂNGELO ESTEVES - Engenheiro
ANTÓNIO BORGES - Economista e Prof. ISCTE
ANTÓNIO CARDOSO E CUNHA - Engenheiro
AUGUSTO BARROSO - Prof. UNL e Presidente da Sociedade Portuguesa de Física
BRUNO BOBONE - Empresário e Presidente da ACL
CARLOS ALEGRIA - Engenheiro e Prof. IST
CLEMENTE PEDRO NUNES - Engenheiro e Prof. IST
DEMÉTRIO ALVES - Engenheiro
FERNANDO MENDES DOS SANTOS - Gestor
FERNANDO SANTO - Engenheiro
FRANCISCO VAN ZELLER - Engenheiro
HENRIQUE NETO - Empresário
HORÁCIO PIRIQUITO - Empresário e Jornalista
JAIME DA COSTA OLIVEIRA - Físico e Investigador- coordenador
JAIME RIBEIRO - Engenheiro
JOÃO DUQUE - Prof. e Presidente do ISEG
JOÃO SALGUEIRO - Economista e Prof. UNL
JORGE PACHECO DE OLIVEIRA - Engenheiro
JOSÉ LUIS PINTO DE SÁ - Engenheiro e Prof. IST
LUIS CAMPOS E CUNHA - Economista e Prof. UNL
LUIS MALHEIRO DA SILVA - Engenheiro
LUIS MIRA AMARAL - Engenheiro e Prof. IST
LUIS VALENTE DE OLIVEIRA - Engenheiro e Prof. FEP
MANUEL AVELINO DE JESUS - Prof. e Presidente do ISG
MANUEL LANCASTRE - Engenheiro
MIGUEL CADILHE - Economista
MIGUEL HORTA E COSTA - Gestor
NUNO FERNANDES TOMÁS - Gestor
PEDRO SAMPAIO NUNES - Engenheiro
PEDRO FERRAZ DA COSTA - Empresário
SÉRGIO FERREIRA - Economista e Prof. ISEG
Publicada por Francisco Oneto em 3.4.10

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