Tal como nos interrogatórios dos anos da peste, aos polícias "bons" estava reservado o papel de quebrar a resistência dos prisioneiros, por via da encenação e da promessa subliminar de vantagens na cooperação com os algozes.
Esse foi o descarado papel que Aguiar Branco veio representar na AR-Comemorações do 25/04.
As várias citações de grandes teóricos do marxismo, de Zeca Afonso ou de Sérgio Godinho, só podem ser compreendidas como a usurpação do papel do "bom" polícia.
Como canto da sereia, a ver se nos enganam com uma revisão constucional que arrume de vez com qualquer vestígio do espírito de Abril, já vi melhor e com mais pudor.
Mas utilizar a casa da democracia e a data do 25/04, para preparar o funeral de ambos, é que me pareceu um certo exagero. Mesmo para um alto dirigente da direita.
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