Parece que a ideia de uma maior justiça na distribuição da riqueza está finalmente em franca peregrinação.
Ontem, foi Jorge Sampaio que juntou a sua voz a uma causa em que há muito tempo me tenho empenhado, com o desprezo a que tantos e tão bons pensadores me têm votado:
"Durante um debate sobre pobreza realizado na Fundação Mário Soares, em Lisboa, Jorge Sampaio, antigo Presidente da República, criticou o fosso salarial que existe em algumas empresas portuguesas.
Sem referir nomes, Jorge Sampaio mostrou-se incomodado com o valor de prémios aos gestores de empresas, com os quais um funcionário só poderia sonhar em alcançar ao fim de um século.
«Deve ser difícil ao trabalhador de uma grande empresa pensar que deu o seu contributo honesto para o produto final anual e ao mesmo tempo ter a noção que houve alguém premiado a um montante tal que ele levaria 96 anos da sua vida a ambicionar lá chegar», afirmou.
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