Segundo informa o i, "A Estradas de Portugal - EP, SA pagou ao Patriarcado de Lisboa uma indemnização de mais de um milhão de euros (€1 116 600) pela expropriação de uma faixa de terreno na Buraca, com mil e duzentos metros quadrados. Um valor que excede em muito o preço do metro quadrado na Avenida da Liberdade (3 mil euros) ou mesmo nos parisienses Champs Elysées (sete mil euros)."
E diz mais:
"O direito canónico vale mais do que o direito português."
Na verdade, o considerando K do acordo com o Patriarcado diz o seguinte: "As partes expressamente reconhecem que o presente acordo é celebrado em função da natureza religiosa do expropriado e tomando em consideração que o mesmo se rege pelo Direito Canónico, o qual é susceptível de condicionar o regime geral das expropriações previsto no Código da Expropriações, aprovado pela Lei n.o 168/99 de 18 de Setembro." Afirmação que as partes do contrato aceitaram como boa mas que o ordenamento jurídico português não sufraga nem admite em parte alguma."
Os assaltos aos bens públicos estão na ordem do dia.
O regresso aos tempos dos forais cumpre-se assim em toda a sua dimensão religiosa e anti-nacional.
Em ano de visita do Papa envolvido em pleno escândalo internacional de pedofilia, diante da intenção da direita de reforçar os meios de intervenção social da mesma Igreja, na Educação e na Saúde, os contribuintes portugueses têm razões para se sentirem assaltados.
Pelos vistos, na soberana indiferença pelas Leis do País!
Sem comentários:
Enviar um comentário