domingo, fevereiro 07, 2010

Dos Direitos, das Liberdades e das Garantias explicadas às criancinhas

As premissas para que se verifiquem aquelas condições, para a vivência em Democracia, são como? São o quê?
Vou tentar dar o meu contributo:
Dos Direitos
Pois a questão parece-me simples. O povo tem o Direito a votar e a eleger um Governo. Uma vez o Governo eleito pelos votos "sim", os que não foram eleitos, pelos votos "não", devem organizar-se por forma a exercerem os seu Direitos a inviabilizarem o exercício da governação pelos eleitos pelo voto "sim". Claro?
Das Liberdades
Ora, se a cada Direito corresponde um Dever, então qual o Dever dos eleitos pelos votos "sim", pela simples razão de estarem a tentar governar? Simples, muito simples. O Dever deles é o de nunca interferirem, por palavras, por pensamentos ou por obras com o "natural Direito" dos que não foram eleitos ( lembram-se dos dos votos"não"?. Esses mesmos!)
Uma vez aqui chegados, que ideia é essa de os governantes, eleitos com os votos "sim" de se lembrarem de interferir com o Direito dos donos dos votos "não", à propagação das suas verdades? Ou com o seu exclusivo direito à difusão permanente e obstinada dos seus "valores" e da sua ideologia"? Quaisquer que sejam?
Que ideia é essa de os detentores dos voros "sim" de levantarem o dedo a interromper a emissão contínua dos argumentos e propostas dos que perderam as eleições?
Em que argumento se estribam para se julgarem com direito a um tempo de antena?
Daí as Garantias, que devem ser mesmo garantidas por todos os meios, financeiros, judiciais, bolsistas, sob a capa de exclusivos, de monopólios, e outros, no sentido da mais ampla difusão de todas as ideias que se oponham àquilo que os tais eleitores escolheram com os votos "sim".
Isto é, se a tal oposição for dona de toda a imprensa, se tiver os seus acólitos em todos os jornais, se os seus comentadores forem exclusivos, mesmo nos horários mais nobres, se nas Universidades, nas Igrejas e nos Sindicatos, sem esquecer nos tribunais e nas polícias, tudo, mas tudinho, for da cor dos votos "não", estamos em democracia e gozamos da maior Liberdade, de todos os Direitos, e sobre Garantias estamos falados.
Mas, atenção, se os eleitos pelos tais votos "sim" se lembrarem de, sei lá!, "e se a gente tivesse também uma televisão?", " giro era a malta poder um dia escrever o que pensamos num semanário!", ou até mesmo " fazemos um forum"?
Isso não é possível. Lamento mas não está previsto! É aliás contra ao estado de Direito, como expliquei acima. O que está previsto é os canais de tv serem propriedade dos fundadores dos partidos que perderam as eleições...ou o que deve acontecer é o topo da arquitectura constitucional poder, sem problemas, conjurar e montar inventonas contra os tais do Governo!
O que não pode ser de outra maneira é os jornais diários serem propriedade dos merceeiros ricos e dos banqueiros que alternam as suas actividades entre os pareceres económico-financeiros, os desfalques bancários, as aulas nas Universidades e a feitura das Leis, e as Rádios e TVs estarem atafulhadas de promotores dos votos "não" e serem arautos permanentes e esforçados contra os votos "sim,"
Perceberam? Isto é a democracia, porra!

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