quarta-feira, fevereiro 17, 2010

Paul Krugman: Primeiro o Constâncio, depois a Grécia

Blast From My Past
So Vitor Constancio is going to be the next vice president of the ECB. Hey, I know that guy!

Back in 1976 there was a small mission of MIT grad students working at the Bank of Portugal; I’ve said a bit about that here and here. Constancio was one of the people we worked with.

I have no insight into his current views, although the word is that he’s an inflation dove — which of course is a position I approve of. But it’s good to see him doing so well, all these many years later.

A euroconfusão:
‘Muito antes do advento do euro, os economistas alertaram para o facto de a Europa não estar preparada para uma moeda única¹. Mas os alertas foram ignorados e a crise chegou.

E agora? O desmantelamento do euro é quase inimaginável, quanto mais não fosse por questões práticas.

Como diz Barry Eichengreen, de Berkeley, qualquer tentativa de repor moedas nacionais desencadearia "a mãe de todas as crises financeiras". Assim, a única saída é a fuga em frente: para fazer que o euro funcione, a Europa precisa de avançar ainda mais para a união política, para que os países europeus comecem a funcionar mais como os estados dos EUA.

No entanto, isso não vai acontecer num futuro próximo. Aquilo a que, com toda a probabilidade, vamos assistir nos próximos anos é a um processo doloroso de "ir andando", fazendo o melhor possível: resgates financeiros acompanhados de exigências de austeridade selvagem, tendo por pano de fundo um desemprego em massa, situação perpetuada pela penosa deflação já referida.

É um quadro feio. Contudo, é importante perceber a natureza da falha fatal da Europa. Não há dúvida de que alguns governos foram irresponsáveis, mas o problema fundamental foi a arrogância, a postura altaneira de que a Europa poderia fazer funcionar uma moeda única apesar das fortes razões para se acreditar que não estava preparada para tanto."

Nota 1 - É uma chatice estes impreparados não atenderem às opiniões do Nuno Melo, do Louçã, do José Manuel Fernandes, do Pacheco,... e de mais uns que agora não me ocorrem!

Sem comentários: