Sinto-me fascinado por pertencer à mais poderosa Imprensa do mundo. Nas televisões e jornais portugueses pode faltar tudo, reportagens, bom gosto, palavras coerentes, compaixão, ironia, tudo, até gente, mas não falta quem valha milhões. E não falo de patrões de Imprensa, falo de jornalistas. Desses, que em todo o mundo se compram com salários medianos, por cá têm legitimamente (ou, ouvindo-os, assim parece) o rei na barriga. Então não é que temos uma pivot televisiva por causa da qual um governo empurrou a PT para comprar a TVI por 150 milhões de euros?! 150 milhões parece-vos muito? Amigos, ainda estamos em peanuts, que é como a CNN diz amendoins quando fala da compra da Saab. O Toyota dos jornalistas portugueses acaba de dizer numa comissão parlamentar que o seu patrão perdeu um negócio de 10,7 mil milhões por causa dele. A última vez que uma administração me chamou à pedra por dinheiro tinha eu bebido Coca-Colas a mais do bar do quarto de hotel. Calculo o pó que Belmiro deve ter ao meu camarada José Manuel Fernandes. Mas o interessante é que a mais poderosa Imprensa do mundo quando vai ao Parlamento diz: "Eu sofri pressões e isso é normal" ou "eu sofri pressões e isso não é normal"... Achismos como os do reformado apanhado pelo microfone de um repórter de rua
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