Tá mal!
Lá vai ele ter de chamar a Judite outra vez e arrepelar-se em público!
Lá vai ele ter de chamar a Judite outra vez e arrepelar-se em público!
Na sexta-feira passada, um fundo norte-americano, o Liberty Acquisition, adquiriu a maioria do capital da Prisa e, em consequência, da TVI.
O país político vive há muitos meses, anos mesmo, nas nuvens, perdido nos labirintos das inutilidades em que se concentra, distanciando-se cada vez mais do país real (aquele que numa sondagem, hoje divulgada, da Universidade Católica, dá 41% de intenções de voto no Partido Socialista). Há meses que o país político concentra a sua atenção num negócio entre empresas privadas, como se o destino dos portugueses daí dependesse: a compra pela PT de 35% do capital da TVI à Prisa. O Parlamento esgota-se em Comissões de Ética e em Comissões de Inquérito à procura do "pecado original". Até Presidente da República, na entrevista de ontem, disse, com ar cândido: "numa sociedade democrática a compra de uma televisão não pode deixar de ser transparente. Não só não pode acontecer sem o conhecimento do governo, como sem o conhecimento da opinião pública. Deve ser uma operação muito transparente". Enquanto o país político se entretém, na sexta-feira passada, um fundo norte-americano, o Liberty Acquisition, adquiriu a maioria do capital da Prisa e, em consequência, da TVI. Para tal, não foi necessário o "conhecimento do governo", nem o "conhecimento da opinião pública". As regras de mercado não se compadecem com a hipocrisia política reinante.
O país político vive há muitos meses, anos mesmo, nas nuvens, perdido nos labirintos das inutilidades em que se concentra, distanciando-se cada vez mais do país real (aquele que numa sondagem, hoje divulgada, da Universidade Católica, dá 41% de intenções de voto no Partido Socialista). Há meses que o país político concentra a sua atenção num negócio entre empresas privadas, como se o destino dos portugueses daí dependesse: a compra pela PT de 35% do capital da TVI à Prisa. O Parlamento esgota-se em Comissões de Ética e em Comissões de Inquérito à procura do "pecado original". Até Presidente da República, na entrevista de ontem, disse, com ar cândido: "numa sociedade democrática a compra de uma televisão não pode deixar de ser transparente. Não só não pode acontecer sem o conhecimento do governo, como sem o conhecimento da opinião pública. Deve ser uma operação muito transparente". Enquanto o país político se entretém, na sexta-feira passada, um fundo norte-americano, o Liberty Acquisition, adquiriu a maioria do capital da Prisa e, em consequência, da TVI. Para tal, não foi necessário o "conhecimento do governo", nem o "conhecimento da opinião pública". As regras de mercado não se compadecem com a hipocrisia política reinante.
In Expresso:
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