domingo, abril 11, 2010

Apoteose, Apocalipse ou Pôr do Sol em Carcavelos?

Da eucaliptização de um partido político
A crónica destes tempos vai constituir, ela mesma, um motivo de análise sobre a desertificação a que se dedicou o PSD, de Congresso em Congresso, de grupelho em grupelho, sempre em downgrading ideológico acelerado.
Chegados a Carcavelos sem saber porquê e ao que iam, aqueles delegados arriscam-se a produzir, como dizia o poeta, " a marca do fabricante: Um zero!"
Um zero político à moda da América do Sul, a transbordar de populismo e de sabedoria ultramontana, mas que prima pela completa indigência de ideias.
E é tal a míngua de propostas que o único efeito que conseguiram foi o da centrifugação dos "protagonistas do costume", os quais, envergonhados com o espectáculo, se retiraram de cena.
Podemos achar que Pacheco Pereira é um chato, que Manuela Ferreira Leite só sabe de contabilidade caseira, que Marcelo Rebelo de Sousa nunca dizia o que pensava, Marques Mendes tinha o foco político num justicialismo literato, Santana Lopes fazia o número do juiz em causa própria..., João Jardim trocava votos por calções de banho, Rui Rio pedia que o agarrassem senão..., Macário Correia sempre tinha uma ideia sobre as regiões! Todavia...
Onde pára o pensamento político sobre o PSD? Cadê?
Qual o contributo que deram nestes dias para a nossa economia? Para o nosso posicionamento na globalização?
Como pensam combater o desemprego?
Como nos vamos relacionar com a UE? Com os PALOPS?
Cavaco Silva deve estar de cabelos em pé, como os ramos de um eucalipto, comprometido e envergonhado com as variadas juras de subserviência, únicas "ideias" encontradas nas areias da praia de Carcavelos!

2 comentários:

Graza disse...

A Direita não sabe viver sem homens providenciais.

Carta a Garcia disse...

Caro MFerrer,

Excelente.Fiz link.Obrigado.
OC