A par da maior ofensiva contra o Estado Social, e a estabilidade política, protagonizada pela jovem direcção do PSD, aí está a Igreja Católica em bico dos pés a atacar a política, os políticos e afinal, o regime em que vivemos.
Exigem agora que os ordenados dos políticos ( definição ainda por fazer...) sejam reduzidos de 20% e que esse valor seja para a assitência aos pobres.
Isto é, a ICAR propõe-se receber essa verba para ser ela a fazer as esmolas e a caridade...ao mesmo tempo que ataca a política como actividade repulsiva, e os políticos como seres apenas tolerados.
É preciso que se entenda que nada disto aconteceu quando era a direita que estava no poder e nem preciso falar na defesa dos pobres e dos oprimidos no tempo de Franco, de Salazar, de Mussolini, de Duvalier, de Fulgêncio Baptista, ou de Hitler...
Que dizer da justiça social e da pobreza nos latifúndios do Alentejo, nas minas de Aljustrel ou na exploração colonial? Nos campos de algodão de Cassanje? Nas minas do Moatize? Nos campos de concentração de S. Nicolau e no Tarrafal?
O mesmo aliás se passou com o regime do apartheid ou com a impunidade dos crimes de Israel...
Tudo isto deve ser entendido à luz das políticas sociais e legislativas do PS que vai avançar com a redução das deduções fiscais em sede de IRD e nas rúbricas da Saúde e de Educação.
Sendo a ICAR a que mais benficia com a propriedade de IPSS, de colégios e de universidades privadas, vai sentir a concorrência directa da oferta social destes serviços e pela redução dos seus rendimentos.
Não seria oportuno que a ICAR se visse obrigada a expôr as suas contas bancárias, os seus rendimentos livres de impostos e as suas propriedades em Portugal?
E, já agora gostaríamos de conhecer o valor das transferências que fez nos últimos 10 anos para os cofres do Vaticano...
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