Ele é a Polónia com a sua estreita "ligação umbilical" à direita militarista americana, ele é o Reino Unido, com a sua ponte económica e política com os Americanos, a Hungria mais a Eslováquia e os seus "milagres económicos", a Irlanda que fazia correr os copistas de serviço a saber como eram tão prósperos e independentes, ele é a Islãndia e a sua orgulhosa falência a pedir , imagine-se à Rússia, de joelhos, que a financiasse..., ele é a nacionalização dos bancos nos países onde o neo-liberalismo e o capitalismo mais selvagem ditavam regras. A flat-rate, lembram-se dos seus arautos? Agora disfarçados em apoiantes das PME? Do consumo desenfreado das famílias?
Para nos envergonhar atiravam-nos com crescimentos de 6, 7 e 8% ao ano!
Como se o fraco crescimento da economia decorra mais do governo em funções do que do parque económico e industrial efectivamente instalado!
Como se a alteração de uma economia de bens semi-manufacturados e destinados às colónias, pudesse ser transformada em algo competitivo e moderno sem passar por muitas dores?!!!
E nós, coitados, a braços com a democracia, com os sindicatos, com a oposição que o destino nos deu, tínhamos que nos resignar.
Eles não! Era só soberba e arrotos a postas de bacalhau.
E agora?
Querem entrar no Euro? Querem regulação? Querem nacionalizar os campeões do liberalismo?
E a direita em Portugal ainda clama pelas Flat-rates? Pelo Estado guarda-nocturno?
Ainda exige que o Estado seja mínimo e que se deixe a Oferta e a Procura funcionar em roda livre?
Esta direita irresponsável e as corporações que a sustentam, se estivessemos num país com menos analfabetos, seriam lançados da nossa prancha de saltos, em menos de um suspiro.
Assim, vamos ter de continuar a ouvir os disparates sobre a economia que se dizem por aí.
Desde o BE ao PSD.
Parece que alguém organizou um concurso da asneira!
Pelo sim e pelo não, vou mandar pôr mais cebo na prancha. Não vá haver uma urgência!
1 comentário:
Certamente por distracção, o MFerrer abandonou um diálogo no anti tretas sobre o estatuto do aluno. Certamente por coincidência, abandonou-o quando foi confrontado com uma simples pergunta. Assim, coloco aqui o meu comentário ao qual não respondeu. Espero que não se tenha afogado entretanto e que consiga responder à questão que está na parte final do meu comentário. Cumprimentos.
O MFerrer debita as trivialidades de uma cartilha que compara os pobres a maus alunos e os ricos a bons alunos. É um discurso ideológico do pobrezinho que costuma ser feito por quem não conhece a realidade. Possivelmente o MFerrer nunca deu aulas, e por isso debita teorias às quais só faltam os violinos por trás. Posso dizer-lhe que já dei aulas em meios tão complicados que cheguei a assistir à entrada da PSP na escola para vir buscar um aluno meu acusado de agressão. E que já dei aulas a muitos alunos oriundos de instituições sociais, a alunos que viviam com a mãe em local incerto porque tinham sido alvo de violência doméstica e estavam “guardados” por instituições que os procuravam esconder do agressor. Por isso não me venha falar do que não sabe. A desresponsabilização deste estatuto do aluno é criminosa. Tive muitos alunos com uma vida dramática mas que eram bons alunos: esforçavam-se, cumpriam, tinham gosto em aprender. E tive muitos alunos filhos de pais da classe média e alta que se estavam nas tintas para a escola. O seu discuros maniqueísta é como todos os maniqueísmos de uma pobreza atroz. Ao contrário de si, não acho que um jovem cresça solidamente sem regras, com base no discurso do coitadinho. A escola pública tem o dever de dar a oportunidade a todos, não tem o dever de garantir o sucesso de todos. É que o MFerrer ainda não percebeu que existe uma coisa chamada liberdade: cada um é livre de aproveitar ou não o que a escola lhe oferece. O MFerrer acha que um aluno que passa os dias no café ou a namorar com a vizinha da esquina e se balda às aulas deve ter mais direitos que um aluno aplicado (épocas especiais de testes, faltas equiparadas às de um outro que esteve doente…). Eu acho que não deve. Acho que deve ser responsabilizado e deve aprender que tudo na vida tem um preço. As nossas escolhas serão tanto melhores quanto mas responsáveis forem e a responsabilidade aprende-se no dia a dia.
Está no direito de defender um sistema de ensino em que se desresponsabilizam os erros. Não vai é poder exigir que estes jovens que crescem neste facilitismo depois venham a ser cidadãos responsáveis. O que plantamos hoje, colhemos amanhã. E a desresponsabilização que promovemos nos jovens de hoje levará à desresponsabilização dos adultos de amanhã. Ou acha que por um qualquer milagre um jovem que se habituou a fazer o que quer e quando quer, depois vai comprar à farmácia uns comprimidos que o tornam num cidadão respeitador e responsável?
Termino com uma simples pergunta: para o MFerrer - caso tenha filhos - a falta de um filho seu às aulas por doença seria igual a uma falta em que o rapaz foi dar umas voltas ao Centro Comercial? Ou para os seus filhos este estatuto já não serviria?
Enviar um comentário