Ou a teoria dos andaimes
Andam por aí uns pseudo professores mais uns "activos tóxicos" a enxamear cxs de comentários e mesmo alguns blogs, de cabecinhas perdidas, e ideias desertas, no pânico da não repetência na Escola Pública.
Por diversas vezes lhes tenho feito ver( disparate meu!, sei!) que a Educação Pública, aquela que os Contribuintes pagam, tem que ter resultados e que os resultados têm que ser a transmissão de conhecimentos, e a aquisição de competências.
Os Contribuintes exigem que o Estado lhes devolva em serviços o que pagam do seu estipêndio.
A questão da Escola Pública só pode discutir-se no âmbito dos Direitos e dos Deveres de cidadania: O Estado tem o Dever de ensinar, e as famílias têm o Direito de romper o círculo vicioso do analfabetismo, da exclusão, e da pobreza. Os alunos têm portanto o Direito a aprender. Custe o que custar!
Está na Constituição , na Declaração universal dos Direitos do Homem e no das Crianças!
É só ler!
A interligação entre rendimento possível, e a formação profissional, já foi descoberta há séculos.
Desde a Grécia que os filhos dos cidadãos iam para as escolas, e os filhos dos escravos, esses, iam ser isso mesmo, escravos!
Esta questão que parecia ser simples e de fácil digestão é altamente indigesta para alguns.
Recusam a Escola que inclua. Exigem a escola punitiva e eliminatória.
Desejam manter um Estado que marginalize, que segregue e que faça de polícia.
Nunca os vejo pedirem mais trabalho aos professores e mais exigência às Escolas. Pois que de Exigência se trata! Como é que se lhes pode explicar isto?
Têm uma visão exterior aos problemas. Sabem que eles existem, mas recusam-se a tratá-los.
Convivem com a miséria da mesma forma que exigem a ignorância.
Serão talvez os mesmos que acham que o Salário Mínimo de 450 ou de 500 Euros é um exagero!
Porque será?
São os que preferem a repressão, as prisões e a polícia nas Escolas.
Serão todos estúpidos?
Não conseguem ver qual é o problema, e qual a única solução?
Não se trata infelizmente de nada disso.
É só e apenas, uma questão de ponto de vista de classe. É aliás o seu instino de classe que lhes impõe o nevoeiro:
Os pobres e os desvalidos da sorte, devem continuar a sê-lo. Que isto a aspirar a ler e a escrever ainda está em Portugal, ao nível do origem de classe. Heranças do passado, e muito farisaísmo judaico cristão. Muita resignação e temência aos superiores ...
Os imigrantes, os do campo, os ciganos, devem ter menos direitos, e devem manter-se como força de trabalho desqualificada. Nomeadamente, se forem dos Palops.
Se forem loiros e do centro da Europa, já podem subir na vida.
Os restantes, que subam nos andaimes! Eis pois a teoroia dos andaimes.
In Diário Económico:
"O Conselho Nacional de Educação (órgão consultivo do Ministério da Educação) vai propor o fim dos chumbos no ensino obrigatório (até ao 9º ano).Francisco Teixeira O que parece ser uma medida absolutamente revolucionária ( e, numa primeira leitura, permissiva) pode não o ser. Primeiro porque já foi aplicada, com sucesso, em vários países (entre eles a insuspeita Finlândia que lidera os ’rankings’ internacionais de Educação). Em segundo lugar, porque acaba com a desresponsabilização de todos os intervenientes na Educação - dos pais aos professores, passando pelos alunos. O Conselho Nacional de Educação não tem poder vinculativo, logo, tudo depende do Governo. Vai ou não Maria de Lurdes Rodrigues seguir o conselho do “seu” Conselho? É, precisamente aqui, que reside o busílis da questão. Não em relação à medida que pode ajudar a acabar, finalmente, com os excluídos do ensino apenas porque a família ou as condições financeiras não ajudam a colocar o ‘focus’ na sala de aula. Mas, acima de tudo, porque o país poderá não estar preparado para a revolução. Por melhor intencionada que ela seja"
Pois que seja breve a adopção desta medida, e vamos à luta, com os desvarios dos que querem manter a Escola Pública a reproduzir valores classistas e racistas.
Pois que é disso que se trata.
Os professores que mudem de métodos, que responsabilizem a sociedade, que apoiem os seus alunos mais fracos, de menos recursos, que exijam mais aos pais e que não façam a triste figura de se humilhar e de se demitir por falta de autoridade!
Ou então que vão dar aulas para o Privado onde a democracia está de férias. Sine diae!
2 comentários:
O MFerrer ao mesmo tempo que berra por mais trabalho aos professores e mais exigência às Escolas, defende menos trabalho e menos exigência aos alunos. Explicar esta contradição é algo que não consegue fazer. Veja-se como tem metido o rabinho entre as pernas de há uns dias a esta parte e tem assobiado para o lado a ver se as perguntinhas incómodas que lhe coloquei são esquecidas!
MFerrer para que consiga ter alguma credibilidade no que diz, tenha lá a coragem de assumir as suas próprias opiniões. Senão ninguém o leva a sério! Anda para aí a apregoar o direito dos alunos a so irem às aulas quando lhes apetece e depois vem falar de exigência?
Os alunos têm o direito a aprender, diz de forma convicta. Pois têm. O direito e o dever de aprender. Os meus impostos não são para ser gastos com criancinhas que vão á escola para bater nos colegas, curtir com o/a(s) namorado/a(s) do momento e fazer uns grafittis nas paredes. Incomoda-me que sejam gastos nisso, e que o Estado fomente estes comportamentos. A si não. Deve ser dos que acham que um castigo a um aluno que tem um comportamento incorrecto traumatiza a criança ou o adolescente para toda a vida.
Mas enfim, continue lá a mostrar a sua total incoerência e continue lá a esconder-se para não responder às perguntas que lhe são feitas. Às vezes, o silêncio é a melhor resposta. No seu caso o seu silêncio é isso mesmo: a resposta evidente da ausência de argumentos (e da incapacidade de assumir o que diz e o que defende).
Reparei agora que me retirou da sua lista de blogs "encalhados"! Enquanto não o comentei optou por me enquadrar nessa categoria estranha (gostava de perceber o que são blogs encalhados, deve ser limitação minha não entender a catalogação, reconheço), mas quando o comecei a comentar apagou-me da lista!
Já percebi que é dos que gosta de criticar e catalogar mas sem que os visados tenham conhecimento. É dos que gostam de dizer mal mas nas costas dos outros (assim sempre é mais fácil para si pois não tem de confrontar as suas opiniões com as dos que critica). Quando os visados sabem e começam a desmascarar as suas incongruências retira-os. Fantástico. O próximo passo vai ser a censura de comentários, como faz o seu amigo anti-tretas. Acho que já faltou mais.
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