Certamente por distracção, o MFerrer abandonou um diálogo no anti tretas sobre o estatuto do aluno. Certamente por coincidência, abandonou-o quando foi confrontado com uma simples pergunta. Assim, coloco aqui o meu comentário ao qual não respondeu. Espero que não se tenha afogado entretanto e que consiga responder à questão que está na parte final do meu comentário. Cumprimentos.
O MFerrer debita as trivialidades de uma cartilha que compara os pobres a maus alunos e os ricos a bons alunos. É um discurso ideológico do pobrezinho que costuma ser feito por quem não conhece a realidade. Possivelmente o MFerrer nunca deu aulas, e por isso debita teorias às quais só faltam os violinos por trás. Posso dizer-lhe que já dei aulas em meios tão complicados que cheguei a assistir à entrada da PSP na escola para vir buscar um aluno meu acusado de agressão. E que já dei aulas a muitos alunos oriundos de instituições sociais, a alunos que viviam com a mãe em local incerto porque tinham sido alvo de violência doméstica e estavam “guardados” por instituições que os procuravam esconder do agressor. Por isso não me venha falar do que não sabe. A desresponsabilização deste estatuto do aluno é criminosa. Tive muitos alunos com uma vida dramática mas que eram bons alunos: esforçavam-se, cumpriam, tinham gosto em aprender. E tive muitos alunos filhos de pais da classe média e alta que se estavam nas tintas para a escola. O seu discuros maniqueísta é como todos os maniqueísmos de uma pobreza atroz. Ao contrário de si, não acho que um jovem cresça solidamente sem regras, com base no discurso do coitadinho. A escola pública tem o dever de dar a oportunidade a todos, não tem o dever de garantir o sucesso de todos. É que o MFerrer ainda não percebeu que existe uma coisa chamada liberdade: cada um é livre de aproveitar ou não o que a escola lhe oferece. O MFerrer acha que um aluno que passa os dias no café ou a namorar com a vizinha da esquina e se balda às aulas deve ter mais direitos que um aluno aplicado (épocas especiais de testes, faltas equiparadas às de um outro que esteve doente…). Eu acho que não deve. Acho que deve ser responsabilizado e deve aprender que tudo na vida tem um preço. As nossas escolhas serão tanto melhores quanto mas responsáveis forem e a responsabilidade aprende-se no dia a dia. Está no direito de defender um sistema de ensino em que se desresponsabilizam os erros. Não vai é poder exigir que estes jovens que crescem neste facilitismo depois venham a ser cidadãos responsáveis. O que plantamos hoje, colhemos amanhã. E a desresponsabilização que promovemos nos jovens de hoje levará à desresponsabilização dos adultos de amanhã. Ou acha que por um qualquer milagre um jovem que se habituou a fazer o que quer e quando quer, depois vai comprar à farmácia uns comprimidos que o tornam num cidadão respeitador e responsável? Termino com uma simples pergunta: para o MFerrer - caso tenha filhos - a falta de um filho seu às aulas por doença seria igual a uma falta em que o rapaz foi dar umas voltas ao Centro Comercial? Ou para os seus filhos este estatuto já não serviria?
Olhe Almocreve eu já lhe respondi antecipadamente às suas perguntas de retórica, noutro blog. O Anti-Tretas. Está lá a minha opinião sobre este assunto. Vá ler. Não tenho nenhum alvará para lhe dar explicações. Aliás a forma intempestiva e disparatada como deixa comentários por outros blogs impedem qq tipo de continuação de um diálogo sobre este ou outro assunto. Não estou interessado na sua opinião. Passe bem. MFerrer
Meu caro MFerrer mas que forma tão pouco subtil de fugir à pergunta. Então o MFerrer que até tem um blog onde dá as suas opiniões sobre tudo e mais alguma coisa, não tem depois a coragem de responder a uma pergunta tão simples quanto a que eu lhe coloquei? Julgava-o com um bocadinho mais de coerência. Isto porque se o MFerrer acha que tem o direito de dizer disparates sobre o que não conhece (e, manifestamente, não conhece o novo estatuto do aluno) ao menos tenha a humildade de reconhecer que andou a papaguear aquilo que ouviu dizer ou lhe mandaram dizer. Mas eu sou uma pessoa persistente por isso lanço-lhe aqui, de novo, o desafio. Já sei que o MFerrer, como escreveu, não quer saber para nada das minhas opiniões. Mas eu gosto de conhecer as suas. Por isso cá vai: para o MFerrer, partindo do pressuposto que tem (ou teve) filhos em idade escolar, é igual que um filho seu falte às aulas porque esteve doente ou porque foi para o café da esquina e se baldou? Não me vai dizer que a pergunta é complicada demais para si. Basta responder com um sim ou com um não. Agora pode arranjar mil desculpas para fugir à pergunta. A verdade é que a sua ausência de resposta apenas mostrará o medo de ir dar uma resposta que contraria todo o seu discurso de apoio a um documento simplesmente vergonhoso e que mais não é do que um instrumento para conseguir o sucesso administrativo a todo o custo. Vamos aguardar para ver se, tendo o MFerrer opiniões sempre tão contundentes sobre tantos assuntos, mais não é afinal que um bluff enorme incapaz de responder a esta simples pergunta! Uma muito boa noite.
Só um último reparo: o meu caro MFerrer afirma que já respondeu no anti-tretas. Seria bom que, se não tem a coragem de responder, ao menos não fosse mentiroso. Coloquei-lhe esta pergunta no dia 21 de Outubro no blog do anti-tretas. O Mferrer não respondeu, apesar de ter por lá andado a comentar outros posts e outros comentários. No dia 23 de Outubro deixei-lhe lá um outro comentário relembrando que ainda não me tinha respondido. Mais uma vez, silêncio absoluto da sua parte. Como vê, o MFerrer é mentiroso. Para além de cobarde. Desculpe a dureza dos termos, mas os adjectivos servem para isso mesmo: quem diz o que não é verdade é mentiroso; quem se mete numa discussão sobre um tema e foge à primeira pergunta incómoda é cobarde. Agora sim, uma boa noite.
4 comentários:
Certamente por distracção, o MFerrer abandonou um diálogo no anti tretas sobre o estatuto do aluno. Certamente por coincidência, abandonou-o quando foi confrontado com uma simples pergunta. Assim, coloco aqui o meu comentário ao qual não respondeu. Espero que não se tenha afogado entretanto e que consiga responder à questão que está na parte final do meu comentário. Cumprimentos.
O MFerrer debita as trivialidades de uma cartilha que compara os pobres a maus alunos e os ricos a bons alunos. É um discurso ideológico do pobrezinho que costuma ser feito por quem não conhece a realidade. Possivelmente o MFerrer nunca deu aulas, e por isso debita teorias às quais só faltam os violinos por trás. Posso dizer-lhe que já dei aulas em meios tão complicados que cheguei a assistir à entrada da PSP na escola para vir buscar um aluno meu acusado de agressão. E que já dei aulas a muitos alunos oriundos de instituições sociais, a alunos que viviam com a mãe em local incerto porque tinham sido alvo de violência doméstica e estavam “guardados” por instituições que os procuravam esconder do agressor. Por isso não me venha falar do que não sabe. A desresponsabilização deste estatuto do aluno é criminosa. Tive muitos alunos com uma vida dramática mas que eram bons alunos: esforçavam-se, cumpriam, tinham gosto em aprender. E tive muitos alunos filhos de pais da classe média e alta que se estavam nas tintas para a escola. O seu discuros maniqueísta é como todos os maniqueísmos de uma pobreza atroz. Ao contrário de si, não acho que um jovem cresça solidamente sem regras, com base no discurso do coitadinho. A escola pública tem o dever de dar a oportunidade a todos, não tem o dever de garantir o sucesso de todos. É que o MFerrer ainda não percebeu que existe uma coisa chamada liberdade: cada um é livre de aproveitar ou não o que a escola lhe oferece. O MFerrer acha que um aluno que passa os dias no café ou a namorar com a vizinha da esquina e se balda às aulas deve ter mais direitos que um aluno aplicado (épocas especiais de testes, faltas equiparadas às de um outro que esteve doente…). Eu acho que não deve. Acho que deve ser responsabilizado e deve aprender que tudo na vida tem um preço. As nossas escolhas serão tanto melhores quanto mas responsáveis forem e a responsabilidade aprende-se no dia a dia.
Está no direito de defender um sistema de ensino em que se desresponsabilizam os erros. Não vai é poder exigir que estes jovens que crescem neste facilitismo depois venham a ser cidadãos responsáveis. O que plantamos hoje, colhemos amanhã. E a desresponsabilização que promovemos nos jovens de hoje levará à desresponsabilização dos adultos de amanhã. Ou acha que por um qualquer milagre um jovem que se habituou a fazer o que quer e quando quer, depois vai comprar à farmácia uns comprimidos que o tornam num cidadão respeitador e responsável?
Termino com uma simples pergunta: para o MFerrer - caso tenha filhos - a falta de um filho seu às aulas por doença seria igual a uma falta em que o rapaz foi dar umas voltas ao Centro Comercial? Ou para os seus filhos este estatuto já não serviria?
Olhe Almocreve eu já lhe respondi antecipadamente às suas perguntas de retórica, noutro blog. O Anti-Tretas. Está lá a minha opinião sobre este assunto. Vá ler.
Não tenho nenhum alvará para lhe dar explicações. Aliás a forma intempestiva e disparatada como deixa comentários por outros blogs impedem qq tipo de continuação de um diálogo sobre este ou outro assunto.
Não estou interessado na sua opinião.
Passe bem.
MFerrer
Meu caro MFerrer mas que forma tão pouco subtil de fugir à pergunta. Então o MFerrer que até tem um blog onde dá as suas opiniões sobre tudo e mais alguma coisa, não tem depois a coragem de responder a uma pergunta tão simples quanto a que eu lhe coloquei? Julgava-o com um bocadinho mais de coerência. Isto porque se o MFerrer acha que tem o direito de dizer disparates sobre o que não conhece (e, manifestamente, não conhece o novo estatuto do aluno) ao menos tenha a humildade de reconhecer que andou a papaguear aquilo que ouviu dizer ou lhe mandaram dizer.
Mas eu sou uma pessoa persistente por isso lanço-lhe aqui, de novo, o desafio. Já sei que o MFerrer, como escreveu, não quer saber para nada das minhas opiniões. Mas eu gosto de conhecer as suas. Por isso cá vai: para o MFerrer, partindo do pressuposto que tem (ou teve) filhos em idade escolar, é igual que um filho seu falte às aulas porque esteve doente ou porque foi para o café da esquina e se baldou?
Não me vai dizer que a pergunta é complicada demais para si. Basta responder com um sim ou com um não.
Agora pode arranjar mil desculpas para fugir à pergunta. A verdade é que a sua ausência de resposta apenas mostrará o medo de ir dar uma resposta que contraria todo o seu discurso de apoio a um documento simplesmente vergonhoso e que mais não é do que um instrumento para conseguir o sucesso administrativo a todo o custo.
Vamos aguardar para ver se, tendo o MFerrer opiniões sempre tão contundentes sobre tantos assuntos, mais não é afinal que um bluff enorme incapaz de responder a esta simples pergunta!
Uma muito boa noite.
Só um último reparo: o meu caro MFerrer afirma que já respondeu no anti-tretas. Seria bom que, se não tem a coragem de responder, ao menos não fosse mentiroso. Coloquei-lhe esta pergunta no dia 21 de Outubro no blog do anti-tretas. O Mferrer não respondeu, apesar de ter por lá andado a comentar outros posts e outros comentários. No dia 23 de Outubro deixei-lhe lá um outro comentário relembrando que ainda não me tinha respondido. Mais uma vez, silêncio absoluto da sua parte. Como vê, o MFerrer é mentiroso. Para além de cobarde. Desculpe a dureza dos termos, mas os adjectivos servem para isso mesmo: quem diz o que não é verdade é mentiroso; quem se mete numa discussão sobre um tema e foge à primeira pergunta incómoda é cobarde.
Agora sim, uma boa noite.
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