domingo, março 13, 2011

Contradições,3, agora por Eduardo Pitta

"Não vale a pena tapar o sol com a peneira. O discurso inapropriado e excessivo (adjectivos de Jorge Miranda) da investidura presidencial; o novo pacote de medidas de austeridade anunciado anteontem em Bruxelas; as manifestações que ontem, de Norte a Sul do país, juntaram dezenas de milhares de pessoas indignadas com o agravamento das condições de vida; a lengalenga mole de Passos Coelho, que, como outro Pedro, será obrigado a engolir cada nega (e vão três); a conflitualidade latente no eixo Belém/São Bento; a inação da economia; as indecisões da UE; a corrosão do euro; o galope desenfreado a caminho de um estado contíguo à bancarrota, etc., sem esquecer a paralização dos camionistas que começa daqui a pouco mais de doze horas, tornam a situação insustentável.

Já o disse aqui: o primeiro-ministro devia solicitar à Assembleia da República a aprovação de um voto de confiança. De preferência, amanhã. Se, como tudo indica, esse voto for rejeitado, o Presidente da República tem a obrigação de convocar eleições no prazo mais curto possível. O PSD não está preparado? Paciência! Passos Coelho não tem força para decidir entre clãs rivais? Problema dele. O país não pode ficar à espera que o PSD estabeleça o meridiano entre Gaia e a Lapa, i.e., Marco António vs Eduardo Catroga. Dava jeito a Cavaco que o PSD manelista-mendista tivesse tempo de correr com o homem de Massamá? Tudo isso é óbvio mas o país não tem tempo. Nenhum de nós tem tempo. A margem de manobra de Passos Coelho extinguiu-se. Proferir inanidades em Viana não serve para nada. Ou tem tomates para apresentar imediatamente uma moção de censura ao governo, ou passa a bola a outro".


Apenas não concordo com a apresentação da moção de confiança:
Este é um governo minoritário que se deve abster de movimentos quixotescos e em favor da irresponsabilidade dos que votam contra tudo.
Que evitaram todas as reformas.
Que se concubinaram com os magistrados e juizes.
Que tremem diante da hipótese de terem de ser eles a trabalhar no duro, em todos os terrenos, para salvar a economia de casino que aqui se instalou.
Que impuseram a desclassificação dos professores titulares o que custou mais de 80M de Euros /ano
Que ameaçam acabar de vez com muitas das prestações sociais, como complementos de reformas mínimas ou a imaginativa emissão de cheques ensino para a solidificação de escolas de 1ª para os filhos de algo e de 3ª para os filhos da mãe!
Sócrates tem que ser derrubado pelo voto dos portugueses e não pelos que dizem representá-los! E como!

1 comentário:

Anónimo disse...

EXCELENTE...
ABRAÇO