O G20 reunido na Coreia, decidiu entre outras coisas que um sistema de protecção e de seguro contra falências futuras de sistemas bancários, era pouco importante...
Contra qualquer taxa sobre transacções ou um sistema de "resgates por antecipação", estiveram o Canadá, o Brasil, a Índia, a Austrália e o Japão.
Quanto à consolidação orçamental então o desencontro foi enorme...:
americanos, franceses e o Banco Central Europeu defendem a Europa que dizem, fez o que tinha a fazer mas avisam que as doses exageradas de remédios podem matar o doente..., aumentando o risco de recessão. Mas os alemães e os asiáticos - ao que parece apoiados pela maioria no G20, confessou, desapontada, a ministra francesa da Economia, Christine Lagarde - insistem que a consolidação orçamental é a prioridade número um. O Brasil e a China teriam mesmo expressado sérias dúvidas sobre a gestão do problema na Europa...
Só me pergunto é como, e em que prazo, estes países ricos pretendem cuidar dos seus défices e das suas dívidas soberanas...
Os pobres, esses, vão ter de se despachar, isso já sei!
Estas posições tão divergentes e tão soberbas, e de um nacionalismo curto de vistas, lembram-me os que aqui em Portugal clamam por medidas radicais e por mais estrangulamentos à economia...
E não sou o único: Paul Krugman também se pergunta como é que a "completa loucura" pode ser apresentada como "prudência"
E acrescenta: The deficit hawks have taken over the G20:
“Those countries with serious fiscal challenges need to accelerate the pace of consolidation,” it added. “We welcome the recent announcements by some countries to reduce their deficits in 2010 and strengthen their fiscal frameworks and institutions”.
These words were in marked contrast to the G20’s previous communiqué from late April, which called for fiscal support to “be maintained until the recovery is firmly driven by the private sector and becomes more entrenched”.
Todavia, aqui em Portugal não passa um dia sem que um desses esclarecidos não venha fazer uma provocação ao Governo para mais uma volta na tarraxa, uns para a frente, outros para trás, todos a caminho do desastre.
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