Um Presidente duma República laica que ora pisca o olho à igreja, ora se compromete em maquinações golpistas, é de um tipo raro.
Um Presidente que pede desculpa por deixar passar uma Lei contra a qual não pode estar mais contra, é um Presidente intermitente. Ora usa os seus podereses, ora se esquece deles.
É um vaga-lume.
E anda convencido que pode cumprir as obrigações inerentes ao cargo que ocupa, de forma irresponsavelmente intermitente: Fazer de objector de consciência sobre as suas próprias responsabilidades, e não cumprir o normal funcionamento da sua instituição, é ridículo e perigoso.
As desculpas para a sua ausência nas cerimónias protocolares do funeral de Saramago constituem um atentado à cultura nacional e ao lugar que ocupa na hierarquia do Estado.
O Chefe do Estado não pode ser objector de consciência. Ou então não passa dum censor desempregado!
1 comentário:
Certeiro como frecha lançada de Besta medieva.
Abraço,
JA
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